Ezequiel 21 — Comentário de Matthew Henry

Comentário do Livro de Ezequiel 21
por Matthew Henry


Ezequiel 21

Versículos 1-17: A ruína de Judá sob o símbolo de uma espada afiada; 18-27: A aproximação do rei da Babilônia é descrita; 28-32: A destruição dos amonitas.

Vv. 1-7. Aqui há uma explicação da parábola do último capítulo. Declara-se que o Senhor estava prestes a exterminar Jerusalém e toda a terra, para que todos soubessem de seu decreto contra um povo mau e rebelde. Convém que aqueles que denunciam a espantosa ira de Deus contra os pecadores demonstrem que não desejara o dia lamentável. o exemplo de Cristo nos ensina a lamentarmo-nos por aqueles cuja destruição declaramos.

Vv. 8-17. Não importa quais sejam os instrumentos que Deus use para executar os seus juízos, Ele os fortalecerá conforme o serviço no qual estão empregados. A espada resplandece para terror daqueles contra quem ela é desembainhada. É uma espada para outros, mas uma vara para o povo do Senhor. Deus dita esta sentença de maneira muito séria, e o profeta deve comportar-se de modo sério ao anunciá-la.

Vv. 18-27. Através do Espírito de profecia, Ezequiel prevê a marcha de Nabucodonosor, da Babilônia. Esta marcha seria determinada por Nabucodonosor por meio de adivinhação. o Senhor anularia o governo de Judá até a chegada daquele a quem pertence o direito. Isto parece anunciar as sucessivas quedas da nação judaica até o presente, e os transtornos dos estados e reinos que abriram o caminho para estabelecer o reino do Messias em toda a terra. O Senhor guia secretamente a todos para que adotem os seus sábios desígnios. Em meios às mais tremendas advertências da ira, ainda ouvimos mencionar a misericórdia, e alguma menção daquele pelo qual se mostra misericórdia aos pecadores.

Vv. 28-32. Os adivinhos dos amonitas falaram falsas profecias de vitórias. Nunca recuperariam o seu poder e seriam totalmente esquecidos.

Devemos ser agradecidos por ser empregados como instrumentos de misericórdia; usemos o nosso entendimento para fazer o bem; e nos afastemos dos homens que são hábeis somente para destruir.