Significado de Atos 28

Atos 28

Atos 28 é o capítulo final do Livro de Atos e descreve o fim da viagem de Paulo a Roma. Depois de sobreviver ao naufrágio na ilha de Malta, Paulo e seus companheiros são acolhidos pelo povo local e podem seguir viagem para Roma.

Ao chegar a Roma, Paulo é colocado em prisão domiciliar, mas pode receber visitas e pregar o evangelho. Ele se encontra com os líderes judeus em Roma, explica a eles os motivos de sua prisão e compartilha a mensagem de Jesus Cristo com eles. Embora alguns rejeitem sua mensagem, outros são receptivos e acreditam.

O capítulo termina com Paulo continuando a pregar e ensinar, sem nenhuma indicação do que aconteceu com ele depois disso. No entanto, o livro de Atos termina com um sentimento de esperança e inspiração, à medida que a mensagem do evangelho se espalha por todo o Império Romano.

No geral, Atos 28 fornece uma conclusão adequada para o Livro de Atos, destacando a perseverança e a fidelidade de Paulo e o poder da mensagem do evangelho para transformar vidas e sociedades. O capítulo também serve como um lembrete do trabalho contínuo de espalhar a mensagem de Cristo a todas as nações e da importância de permanecer firme diante da oposição e da adversidade.

Comentário de Atos 28

Atos 28:1 Malta fazia parte da província romana da Cicília e ficava cerca de 100 km ao sul dessa ilha, próxima à ponta da Itália.

Atos 28:2 Bárbaros. Todo aquele que falava outro dialeto, e não o grego, a língua das pessoas ditas civilizadas.

Atos 28:3, 4 A justiça não o deixa viver. Justiça aqui pode ser o nome de uma deusa. Em todo o caso, os malteses acreditavam que havia uma lei moral que regia o universo.

Atos 28:5-8 Enfermo de febres. E bem provável que essa febre fosse algo comum em Malta, Gibraltar e outras ilhas do Mediterrâneo. Um microorganismo foi encontrado no leite das cabras maltesas. A febre geralmente durava quatro meses, mas às vezes podia durar até dois ou três anos.

Atos 28:9-11 Este navio de Alexandria tinha uma insígnia dos filhos de Zeus chamados Castor e Pólux, figuras mitológicas reverenciadas pelos marinheiros como protetores dos mares.

Atos 28:12-15 Alguns cristãos de Roma viajaram cerca de 50 km ao sul, a um lugar chamado Três Vendas, para se encontrarem com Paulo. Outros viajaram cerca de 16 km mais ao sul para encontrá-lo na Praça de Ápio. Três anos antes, em sua carta aos cristãos em Roma, Paulo expressa seu grande desejo de vê-los algum dia (Rm 15.24) Esse dia havia chegado.

Atos 28:16 Já que Paulo não havia sido acusado de um crime violento e não era considerado uma ameaça política, se lhe permitiu morar por sua conta, em prisão domiciliar. Isso significa que ele podia receber seus amigos e ministrar para grupos como os judeus romanos e gentios.

Atos 28:17 Os principais dos judeus. Nessa época, o decreto do imperador Cláudio (At 18.2) havia sido revogado e os judeus puderam voltar a Roma.

Atos 28:18-22 Os líderes judeus não tinham recebido nenhuma carta da Judéia falando sobre Paulo. E bem que provável que Paulo tenha embarcado no primeiro navio para Itália depois que apelou para César. Ou os adversários de Paulo tenham desistido de atacá-lo, pois já tinham fracassado junto a Félix, Festo e Agripa. A terceira razão pode ter sido que os judeus, de volta a Roma há pouco tempo, depois da expulsão de Cláudio, quisessem evitar problemas.

Atos 28:23-25 Alguns criam [...] mas outros não criam. Essas reações contrárias foram testemunhadas por Jesus e por todo evangelista depois dele.

Atos 28:26, 27 De ouvido, ouvireis e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis e de maneira nenhuma percebereis. Essa citação (Is 6.9, 10) foi feita cinco vezes no Antigo Testamento para explicar a rejeição da verdade do evangelho.

Atos 28:28-30 Dois anos inteiros. Durante esse período, Paulo pôde ministrar a todos que vinham à casa que ele alugara. Foi nesses anos também que ele escreveu quatro quartas do Novo Testamento (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom).

Atos 28:31 Pregando o Reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum. Lucas não revela o que foi feito em relação ao caso de Paulo. Ao que parece, nada havia sido decidido ainda quando ele acabou de escrever o livro de Atos. Entretanto, há boas razões para crermos que Paulo foi libertado, já que, até aquele momento, ele havia sido considerado inocente por todos os oficiais romanos.

A tradição diz que Paulo foi à Espanha realmente como ele desejava (Rm 15.24). Em suas cartas da prisão, Paulo expressa seu desejo de ser liberto (Fm 22) e sua confiança de que, de fato, seria (Fp 1.25). As epístolas pastorais de Paulo contêm artigos que não se encaixam no livro de Atos, o que sugere que foram escritos depois. Por exemplo, Tito 1.5 sugere que Paulo pregou na ilha de Creta, algo que não está registrado no livro de Atos. É bem provável que Paulo tenha reassumido suas viagens missionárias por mais dois anos antes de ser preso novamente, julgado, condenado e executado como mártir entre 64-67 d. C.

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