Estudo sobre Jó 37

A NEVE E O GELO (Jó 37.6-10). Eliú descreve os paralisantes efeitos dos rigores do inverno sobre o trabalho do homem e sobre os animais (7-8). Para a segunda parte do vers. 7 adote-se a tradução: “para que todos os homens que ele fez o saibam”. A inevitabilidade de que, para o homem, se revestem os rigores do tempo, destina-se a recordar-lhe, eternamente, a sua posição de criatura e não de Criador. Do sul (9). Lit. “da sua câmara”. Do norte (9) é “dos que dispersam”; talvez os ventos do norte que dispersam as nuvens e trazem a geada.

Estudo sobre Jó 37.11
AS NUVENS (Jó 37.11-13). Estas movem-se de acordo com as instruções divinas em ministérios de disciplina ou beneficência que visam ao homem ou à terra. As maravilhas da criação testificam do Deus que as realiza e o peso do seu testemunho aplica-se ao caso de Jó (14). Deveria fazê-lo abandonar o caminho da rebelião que os seus pés se apressaram a trilhar; devia fazer dele um reverente ouvinte da Palavra do Senhor transmitida através de tão impressionante testemunho do Seu poder. Só um é perfeito no conhecimento (16) dos caminhos do Senhor na natureza. O homem deve confessar a imperfeição dos seus conhecimentos perante os fenômenos da natureza (15-18).

Estudo sobre Jó 37.19
A compreensão humana do procedimento do Senhor para com o homem é igualmente condicionada pelas limitações da mente humana. Em primeiro lugar, essas limitações impossibilitam o homem de se dirigir a Deus como convém (19); cf. Rm 8.26. Pelas suas vãs palavras o homem corre o risco de ser destruído (20). Em segundo lugar, o homem não pode aparecer com confiança perante um Deus cuja majestade o cega por completo. A luz que resplandece num céu limpo de nuvens deslumbra o homem (21; veja-se a seguinte tradução do vers. 21: “ora, os homens não podem fixar a luz quando ela resplandece nos céus depois de o vento passar e os limpar”, isto é, os limpar de nuvens). Quanto mais não os deslumbrará a majestade divina! O esplendor do ouro (22). É uma referência à luz que brilha em todo o seu esplendor num céu limpo de nuvens, as nuvens varridas pelo vento do norte. Significativo comentário a estes versículos é o hino já citado no comentário ao capítulo 25. Em terceiro lugar, estas limitações significam que o homem não pode compreender Deus com perfeição. Note-se esta bela e emocionante tradução do vers. 23: “O Todo -Poderoso transcende a nossa mente. Supremo em poder e rico em justiça, jamais viola o direito”. Dadas todas estas limitações humanas, o homem deve confiar, não na sua inteligência, significado da expressão sábios no coração (24), mas em Deus, com reverência e temor.