Estudo sobre Jó 35

Estudo sobre Jó 35




Estudo sobre Jó 35.1
Eliú refuta a segunda queixa de Jó (Jó 35.1-16)
Jó argumentara que a justiça não traz qualquer vantagem ao homem que a pratica não lhe traz mais vantagens que ao pecador consumado (cf. Jó 21.15; Jó 34.9). Certo especialista traduz assim os vers. 2 e 3: “Achas que tens por direito dizeres, chamando-lhe “A minha justa causa contra Deus”: De que te serve? E, que me aproveita não ter pecado?”. Eliú replica que nem a virtude nem o vício podem trazer qualquer vantagem ao Deus transcendente (5-7). São os outros homens e não Deus que têm razão para se preocupar com a conduta humana (8). Veja-se o erro da argumentação de Eliú em 7.20n., 22.3n.

Estudo sobre Jó 35.9
Eliú passa, então, a refutar certas considerações que poderiam parecer apoiar a afirmação de Jó segundo a qual uma conduta reta não traz qualquer vantagem. Há o problema da oração que não é atendida (9,12). É o caso de “pedis e não recebeis porque pedis mal” ( Tg 4.3). É a oração a que falta uma nota de profunda e autêntica religiosidade. É a oração marcada pela vaidade (13). É um grito de dor que não ergue o homem acima dos animais irracionais (11). O divino mestre tem reservado para o homem maiores e mais sublimes altitudes de fé (10; cf. Jó 36.22).
O pensamento de Deus como Mestre, conduzindo o homem através de um penoso e áspero labirinto de dor para uma experiência mais profunda de Si próprio, estabelece uma importante distinção entre Eliú e os amigos de Jó. Para estes, Deus é mais caracteristicamente o Soberano ou o Juiz. Os vers. 14 -16 não acentuam apenas a falta de uma nota de profunda religiosidade no clamor de Jó; acusam-no de pura irreligiosidade. A tradução oferece problemas. Certo comentador interpreta assim o vers. 14: “Sim, quando dizes que não o vês, a causa está perante Ele; por isso espera nEle” (14). Para o vers. 15 adote-se a seguinte versão: “mas agora, porque a Sua ira ainda não se exerce, dizes que Ele não considera grandemente a arrogância”. Ao pôr em dúvida a realidade da justiça do domínio de Deus, a qual recompensa o santo e castiga o pecador, Jó acumula palavras sem ciência (16).

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