Significado de Oseias 5

Oseias 5

5.1—6.3 Nesta seção, a condenação de Deus resulta em três coisas: (1) repreensão (Os 5.1-7); (2) retribuição (Os 5.8-15); e (3) arrependimento (Os 6.1-3).

5.1 E provável que Mispa se refira à Mispa de Gileade, localizada em território israelita, a leste do Jordão. O monte Tabor se situava no Reino do Norte, a sudoeste do mar da Galileia. Quanto aos termos laço e rede, os líderes de Israel, especialmente os sacerdotes, haviam promovido a adoração pagã tanto em Mispa como em Tabor, levando, assim, o povo à destruição.

5.2 Os transviados provavelmente eram os líderes e sacerdotes que haviam se rebelado contra a autoridade de Deus ao rejeitar Seus mandamentos. A matança talvez aluda a atos de violência ou a sacrifícios pagãos.

5.3 O povo de Deus não podia esconder que havia se prostituído, pois foi isso que o contaminou. De acordo com a Lei de Moisés, o adultério tornava a pessoa espiritualmente impura (Lv 18.20, 24; Nm 5.20, 27, 28).

5.4 O povo sentia um desejo incontrolável de adorar outros deuses, por isso o uso do termo espírito da prostituição.

5.5 A atitude arrogante de Israel foi autoincriminatória e autodestrutiva. Judá, o Reino do Sul, havia seguido o exemplo moral de Israel e experimentado as mesmas consequências.

5.6, 7 Apesar de Israel ter se rebelado contra Deus, muitos israelitas ainda tentavam manter uma aparente consagração a Ele. Israel aleivosamente se houvera contra o Senhor ao adorar outros deuses e participar de ritos pagãos de fertilidade. Quanto ao termo porções, diz respeito às propriedades do povo, que Deus permitia que animais selvagens e exércitos invasores devorassem (Os 2.12; 11.6).

5.8-15 E provável que esta passagem se refira ao período durante o qual houve a guerra siro-efraimita (2 Rs 16.5-9; Is 7.1-9), quando os esforços de Israel para se tornar independente do domínio sírio falharam.

5.8, 9 Tocar a buzina era o que se fazia em casos de emergência para convocar os guerreiros para a defesa da terra. As cidades mencionadas nestes versículos se localizavam no norte de Jerusalém, dentro ou próximo do território de Benjamim.

O exército inimigo já havia devastado o norte e agora buscava invadir Judá. Com as palavras o que certo está, o Senhor afirmou que o julgamento anunciado seria um decreto inalterável.

5.10, 11 Pedras eram usadas para demarcar fronteiras de propriedades. Um ladrão podia apoderar-se de parte da terra de alguém mudando os limites de lugar. A Lei alertava que tal alteração de limites de propriedade acarretaria julgamento específico de Deus (Dt 19.14; 27.17; Pv 22.28).

5.12 Assim como a traça lentamente destrói tecidos, o Senhor destruiria Israel (Jó 13.28; Is 50.9; 51.8). A podridão se refere à putrefação de ossos e dentes (Pv 12.4; 14.30; Hc 3.16).

5.13 Tanto Israel como Judá buscavam proteção por meio de alianças com a Assíria. Os assírios cruéis, por sua vez, tinham interesse em explorar o povo de Deus política e economicamente. E provável que o rei Jarebe fosse Tiglate-Pileser III, com quem Israel e Judá se aliaram (2 Rs 15.19, 20; 16.7-9).

5.14, 15 Atacando como um leão feroz e invencível, Deus dispersaria Seu povo por causa de sua traição. Mas o propósito da disciplina do Senhor era levar os israelitas a, angustiados, buscar Sua face. O verbo hebraico traduzido como me buscarão sugere profundo desejo (Jó 24.5; Sl 63.1).

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