Interpretação de Amós 4
3 min read
Amós 4
B. A Depravação de Israel. 4:1-13.
Amós acusa as mulheres de serem responsáveis pela
maioria dos males de Israel. Ironicamente o profeta insiste com Israel a continuar
praticando os cultos formais paganizados em seus santuários. Deus já
demonstrara repetidas vezes a Sua desaprovação da conduta de Israel, mas sem
resultados. Conseqüentemente, o castigo era inevitável.
1. Vacas de Basã. Basã, que ficava a leste do Mar da Galiléia, era famosa
por seu trigo e seus pastos, e especialmente por seu gado gordo e luzidio (Dt.
32:14; Sl. 22:12; Ez. 39:18). É uma censura às bem-alimentadas mulheres de
Samaria, que eram parcialmente responsáveis pela injustiça que faziam aos homens
por causa de sua vida luxuosa.
2. Pela sua santidade. A santidade de Deus será vindicada através do castigo
do pecado. É uma expressão do monoteísmo ético de Amós, pois a santidade
descreve o ser essencial de Deus. Com anzóis. Como animais levados por
meio de ganchos ou argolas em suas narinas. As vossas restantes, ou até
os últimos de vós, segundo a RSV. Com fisga dê pesca. Quando os
ganchos se esgotassem por causa do grande número de prisioneiros, estas seriam
usadas para os outros.
3. Brechas. As mulheres serão levadas prisioneiras através das
aberturas feitas pelo inimigo nos muros da cidade. E vos lançareis para
Harmom, um lugar de cativeiro.
4. Transgredi . . . e multiplicai as transgressões. A ironia da declaração tem a intenção de
mostrar que quanto mais os israelitas visitavam os seus santuários, mais se
afastavam de Deus. Mesmo se ofereciam seus sacrifícios anuais (I Sm. 1:3, 7,
21) todas as manhãs e o dízimo do terceiro ano (Dt. 14:28; 26:12) cada três
dias (cons. ASV), seus sacrifícios seriam viciados por sua apostasia.
5. Levedado. O fermento era proibido em Êx. 23:18 e Lv. 7:12. Ofertas
voluntárias referem-se às ofertas espontâneas (Dt. 12:6, 7), que eram a
mais sincera expressão da religião. Porque disso gostais. Ou, com
isso vos agradais (ASV).
6. Dentes limpos. Nada para se comer.
7. Retive . . . fiz chover. Destaca-se o fato de que foi o poder de
Deus que foi revelado nos negócios das nações.
8. Contudo não vos convertestes a mim. Esta frase periódica revela a ternura de
Deus, que procurou, mesmo na severidade do juízo, fazer o Seu povo chegara um
entendimento mais profundo da Sua pessoa.
10. À maneira do Egito. Uma referência à severidade especial e destrutividade
das pragas egípcias.
12. Isso te farei. Amós prediz dramaticamente o castigo final sem que
realmente o descreva. Prepara-te . . . para te encontrares com o teu Deus. Não
é um desafio a que Israel se prepare para enfrentar o castigo, mas um chamado
ao arrependimento (LXX diz: para clamar ao teu Deus). Cada profecia de
juízo é uma exortação ao arrependimento.
13. É ele quem forma. Amós torna a declarar que as forças da natureza são
uma revelação da majestade de Deus.
C.
Uma Lamentação sobre o Pecado e Destino de Israel. 5:1 – 6:14. Amós exorta o
povo a que ouça a Sua lamentação por Israel. O profeta enfatiza a necessidade
do arrependimento e especifica alguns dos pecados dos quais o povo era culpado.
Considerando que sua persistente idolatria estabelecera um padrão de vida, o
castigo na forma do cativeiro era inevitável.