Interpretação de Jonas 2

Interpretação de Jonas 2

Interpretação de Jonas 2

II. Orando. 2:1-10.
A. Jogado Fora. 2:1-4.
1. Jonas . . . orou. Jonas não tinha orado durante a tempestade e os marinheiros clamaram freneticamente aos seus deuses. Agora ele sentia o desespero de sua situação.
2. Clamei. Obviamente a oração não foi escrita enquanto Jonas se encontrava dentro do peixe orando. Ela está toda no tempo passado, indicando o fato de ter sido registrada depois da experiência. Ao SENHOR. Jonas pelo menos sabia a quem devia orar. Os marinheiros tinham os seus próprios e variados deuses mas os abandonaram quando descobriram como o Senhor era poderoso. Jonas, entretanto, sempre conhecera o verdadeiro Deus. Essa era a sua dificuldade. Ele sabia que Deus se preocupa com o homem e mesmo assim tinha fugido dEle. Agora que se encontrava em perigo, foi esse mesmo ar mor divino cheio de compreensão que o levou de volta a Deus. Ele me respondeu. De acordo com a maneira hebréia de pensar, ouvir envolvia responder. Para o homem, ouvir Deus envolvia obedecê-Lo. Para Deus, ouvir o homem envolvia livrá-lo. Do ventre do abismo. O hebraico aqui nada mais indica que o ventre do peixe era uma espécie de sepultura.
3. Pois me lançaste. No V.T. um aspecto típico da súplica é a declaração da causa e a natureza da aflição que provoca a oração. Jonas sabia por que fora punido, e reconhecia a justiça divina para com ele.
4. Tornarei, porventura, a ver. Contudo Jonas viu mais que a justiça; viu também o amor de Deus e esperançoso implorou misericórdia.
B. Levantado. 2:5, 6.
5. As águas me cercaram. A experiência de ser engolido foi tão horrível que Jonas aqui retorna à descrição pitoresca. Ele estava emaranhado no material dentro do peixe.
6. Fundamentos dos montes. Diversas das frases deste versículo são difíceis de traduzir de maneira clara. A palavra fundamentos parece se referir à base das montanhas no fundo do oceano. O bater das ondas do mar sobre a praia sugere a existência de barreiras que evitam que o mar transpasse os limites da terra (cons. Jó 38:4-11). Para sempre. Jonas não via como escapar ao seu problema, embora esperasse em Deus. Contudo fizeste subir da sepultura a minha vida. A salvação é um ato divino diante do impossível, e Jonas, em suas palavras, reconhecia a preocupação de Deus com ele pessoalmente – meu Deus. Sepultura é melhor que corrupção.
C. Pagando Votos. 2:7-9. O livramento de Jonas fez brotar em seu coração o desejo de expressar a gratidão a Deus de alguma forma.
7. Desfalecia a minha alma, eu me lembrei. Quando o profeta já desistira de tudo, voltou-se para o Senhor em busca de ajuda. Este tema é repetido diversas vezes em oração, porque a impossibilidade física de livramento contrastava remotamente com a intervenção divina. Era fonte de constante perplexidade para Jonas. Teu santo templo. Comumente, a oração tinha de ser feita nos átrios do Templo em Jerusalém. Mas Jonas sabia que a presença de Deus não se limitava a qualquer templo terreno e que o Senhor tinha consciência das necessidades dos Seus filhos onde quer que estivessem.
8. Idolatria vã. Um nome descritivo para os ídolos e deuses do paganismo (cons. Sl. 31:6; Dt. 32:21). Neste contexto, idolatria vã não tem o sentido de "superficialidade" mas de "inutilidade". Misericordioso. No contexto a palavra não se refere nem ao ato de salvar alguém, nem ao espírito de amor para com o homem, mas à fonte de salvação – Deus mesmo. Jonas reafirma seu repúdio da idolatria como forma de culto.
9. Com a voz do agradecimento eu te oferecerei sacrifício. Em contraste com os conceitos pagãos, o verdadeiro ato de sacrifício é uma expressão de gratidão para com Deus, e não um esforço de apaziguar Sua ira. Com o sacrifício, fazia-se uma entrega total à vontade de Deus. Nas palavras, o que votei pagarei, o profeta indicava que ele se entregava ao que Deus desejava para ele. Ele tinha certeza de uma coisa : A salvação é um dom de Deus e não uma façanha humana.
D. Salvo. 2:10. A segurança íntima de que Deus salva através de um ato do Seu poder não foi uma imaginação qualquer nem uma idéia abstrata, mas relacionada com um evento verdadeiro. Jonas foi salvo do grande peixe e se achou em terra firme, seguro mas castigado.