Provérbios 16 — Comentário Devocional

Provérbios 16

Provérbios 16 transmite ensinamentos profundos sobre o papel da soberania de Deus em nossos planos e decisões, enfatizando a importância de confiar a Ele nossos caminhos.

O capítulo destaca que, apesar das nossas intenções, é o Senhor quem dirige os nossos passos, encorajando-nos a reconhecer a Sua orientação e sabedoria. Contrasta a arrogância de confiar apenas na compreensão humana com a sabedoria de buscar a direção do Senhor em todas as coisas.

Os ensinamentos nos chamam a priorizar a integridade, reconhecendo que a retidão e a honestidade honram a Deus e levam ao favor. Provérbios 16 nos orienta a valorizar a humildade acima do orgulho, entendendo que um coração que se submete humildemente à vontade de Deus encontra sabedoria e orientação. Incentiva-nos a entregar os nossos planos ao Senhor, sabendo que os Seus propósitos prevalecem, e a confiar na Sua provisão e orientação, mesmo quando as circunstâncias parecem incertas.

Em última análise, este capítulo aponta-nos para uma vida marcada pela fé, reconhecendo a autoridade soberana de Deus sobre as nossas vidas e escolhendo um caminho de sabedoria que conduz a bênçãos, favor e a um relacionamento mais profundo com o nosso Criador.

Comentário Devocional

16.1 Este versículo nos dá a entender que o resultado final do que planejamos está nas mãos de Deus. Sendo assim, por que concebemos planos? Ao fazermos a vontade de Deus. deve haver uma compatibilidade entre os nossos esforços e a sua dire­ção. Ele quer que usemos nossa mente, busquemos o conselho de outros e façamos planos. Não obstante, os resultados estão sob seu controle. Conceber planos nos ajuda a agir de acordo com a vontade de Deus. Como vivemos para Ele. peçamos sua direção à medida que planejamos e trabalhemos cm nossos projetos confiando nEle.

16.2 As pessoas podem racionalizar qualquer coisa se não ti verem um padrão para julgar entre o certo e o errado. Sempre podemos provar que estamos certos. Antes de colocar qualquer plano em ação. pergunte a si mesmo: 'Este plano está em harmonia com a verdade de Deus? Foi concebido sob as condições reais da vida? Minha atitude é agradável a Deus?”

16.3 Existem muitas formas de não submetermos ao Senhor aquilo que fazemos. Algumas pessoas confiam apenas superficialmente. Dizem que seus projetos são feitos para o Senhor, mas na verdade trabalham para si mesmas. Outros confiam temporariamente a Deus seus interesses, mas reivindicam o controle no momento em que as coisas deixam de fluir da maneira que esperam. Há ainda outros que realizam uma tarefa completa para o Senhor, mas já empenham esforço pessoal e se perguntam por que já têm sucesso. Devemos manter o equilíbrio. Confiar em Deus, porque tudo depende dEle e, ao mesmo tempo, fazer a nossa parte no trabalho. Pense em algo especifico que você está realizando atualmente. Você o confiou ao Senhor?

16.4 Este versículo não indica que Deus criou algumas pessoas para serem ímpias, e sim que Deus usa até as atividades destas pessoas a favor dos propósitos divinos (ver Gn 50.20). Deus ê infinito, mas nós. finitos. Não importa a capacidade de nosso intelecto, nunca poderemos entender Deus completamente. Mas. pela fé. podemos aceitar que Ele é Todo-Poderoso. extremamente amoroso e perfeitamente bom. Podemos crer que Deus já é a causa do mal (Tg 1.13.17) o confiar que não existe falha em seu julgamento. O mal ê uma condição temporária no universo. Um dia Deus o destruirá.

16.5 O orgulho é a voz interior que sussurra: “a minha maneira é melhor. Este resiste à liderança de Deus e acredita que é capaz de viver sem sua ajuda. Sempre que alguém se encontra agindo deste modo ou tratando as outras pessoas com desprezo. está sendo controlado pelo orgulho. Somente quando tal pessoa eliminar o orgulho. Deus poderá ajudá-la a se tornar tudo aquilo que planejou para a sua vida (ver o quadro referente a este assunto no cap 19).

16.7 Queremos que as outras pessoas gostem de nós. Por conta disso, somos capazes de fazer qualquer coisa para ganhar a aprovação delas. Mas Deus disse que devemos concentrar nossos esforços para agradá-lo. Sermos pacificadores normalmente nos torna mais atraentes para aqueles que estão à nossa volta, mesmo para os nossos inimigos. Mas ainda que já seja assim, não sofremos prejuízo, listamos agradando a Deus. o único que é verdadeiramente importante!

16.11 Quer compremos quer vendamos, quer fabriquemos um produto quer prestemos um serviço, sabemos o que é justo e honesto assim como o que é injusto e desonesto. Às vezes nos sentimos pressionados a ser desonestos, a fim de progredir ou aumentar os nossos lucros. Mas se quisermos obedecer a Deus, já existe meio-termo. Deus exige honestidade em todos os negócios. Nenhuma quantia pode justificar a prática de um negó­cio desonesto. A prática da honestidade e da justiça nem sempre é fácil, mas é exigida por Deus. Peça-lhe discernimento e coragem para ser constantemente honesto e justo.

16.18 Os orgulhosos não dão a devida atenção as suas debilidades e não se preocupam em enxergar antecipadamente as suas pedras de tropeço. Pensam que estão acima das debilidades das pessoas comuns. Assim, enganam-se facilmente. Os orgulhosos raramente percebem que a altivez ê seu problema, embora todos à sua volta estejam cientes deste fato. Pergunte a alguém em quem confia se a presunção cegou você quanto aos sinais de advertência. Tal pessoa pode ajudá-lo a evitar uma queda.

16.22 Por séculos as pessoas buscaram a fonte da juventude; uma fonte que supostamente daria vida eterna e vitalidade. Ela nunca foi encontrada. Mas a sabedoria de Deus é uma fonte continua de vida e pode tornar uma pessoa feliz, saudável e viva para sempre. Como? Quando vivemos de acordo com a Palavra de Deus, Ele afasta de nós os efeitos mortais do pecado (ver Tt 3.4-8). e a esperança da vida eterna traz ao nosso presente uma feliz perspectiva. A fonte da juventude era apenas uma quimera, mas a da vida é uma realidade. A escolha é pessoal. Podemos ser iluminados pela sabedoria de Deus ou arrastados pelo peso de nossa tolice.

16.31 Os hebreus acreditavam que a longevidade era sinal da bênção de Deus; as cãs (os cabelos brancos] e a velhice eram bem-vistas. Enquanto os jovens se vangloriam de sua torça, os mais velhos podem regozijar-se de sua experiência e sabedoria prática. As cãs não são um sinal de vergonha que deva ser coberto; são uma coroa de esplendor. Devemos tratar com respeito as pessoas idosas.

16.32 O autocontrole é superior a conquista. O sucesso nos negócios, na escola e na vida familiar pode ser arruinado por urna pessoa que perde o controle de seu temperamento. Assim sendo, o autocontrole é uma grande vitória pessoal. Quando sentir que está prestes a explodir, lembre-se de que o descontrole pode ocasionar a perda daquilo que você mais deseja.

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