Êxodo 8 — Comentário de Matthew Henry
4 min read
Êxodo 8 — Comentário de Matthew Henry
Mais estudos: Introdução ao livro de Êxodo; Esboço do livro de Êxodo; Estudo do livro de Êxodo; Teologia do livro de Êxodo; Panorama do livro de Êxodo; Significado do livro de Êxodo; Estudo devocional do livro de Êxodo; Comentário do livro de Êxodo; Autoria do livro de Êxodo; Escopo e Propósito do livro de Êxodo
Índice: Êxodo 1 Êxodo 2 Êxodo 3 Êxodo 4 Êxodo 5 Êxodo 6 Êxodo 7 Êxodo 8 Êxodo 9 Êxodo 10 Êxodo 11 Êxodo 12 Êxodo 13 Êxodo 14 Êxodo 15 Êxodo 16 Êxodo 17 Êxodo 18 Êxodo 19 Êxodo 20 Êxodo 21 Êxodo 22 Êxodo 23 Êxodo 24 Êxodo 25 Êxodo 26 Êxodo 27 Êxodo 28 Êxodo 29 Êxodo 30 Êxodo 31 Êxodo 32 Êxodo 33 Êxodo 34 Êxodo 35 Êxodo 36 Êxodo 37 Êxodo 38 Êxodo 39 Êxodo 40
Êxodo 8
Versículos 1-15: A praga das rãs; 16-19: A praga dos piolhos; 20 32: A praga das moscas.
Vv. 1-15. Faraó sofre a praga das rãs; a enorme quantidade delas torna-se em uma praga irritante para os egípcios. Deus poderia ter infestado o Egito com leões, ursos, lobos ou aves de rapina; porém, Ele escolheu estes animais desprezíveis. Quando lhe apraz, Deus é capaz de atacar pessoas com as partes menores de sua criação. Deste modo, Deus humilhou faraó. Não podiam comer, beber ou dormir tranquilos; onde quer que estivessem, eram incomodados pelas rãs. A maldição de Deus sobre um homem o perseguirá onde quer que vá, e pesará sobre este em tudo o que fizer.
Faraó cedeu sob esta praga. Ele prometeu que deixaria o povo ir. Qualquer pessoa que desafiar a Deus e a oração, cedo ou tarde terá de compreender que precisa deles. Porém, quando faraó viu que havia alívio, endureceu o seu coração novamente. Enquanto o coração não for renovado pela graça de Deus, continuarão os pensamentos provocados pela aflição; as convicções se desgastam, e as promessas formuladas são esquecidas. Enquanto o estado do ar não se mudar, o que se descongela ao sol voltará a congelar-se na sombra.
Vv. 16-19. Os piolhos foram feitos do pó da terra; de qualquer parte da criação, Deus pode estabelecer um meio para corrigir os que se rebelam contra Ele. Até mesmo o pó da terra lhe obedece. Os piolhos foram infames para os egípcios, cujos sacerdotes viram-se obrigados a trabalhar muito para que nenhum destes insetos fosse encontrado neles. Todas as pragas que foram infligidas aos egípcios referiam-se aos seus crimes nacionais, ou foram agravadas particularmente por seus costumes. Os magos procuraram imitá-las mas não foram capazes de fazê-lo. Foram forçados a confessar: Este é o dedo de Deus! Os controles e as restrições que nos são impostas devem vir necessariamente do poder divino. cedo ou tarde, Deus ainda forçará os seus inimigos a reconhecer o seu poder. Apesar disto, faraó se comportava de uma maneira ainda mais obstinada.
Vv. 20-32. Faraó ia ao rio todos os dias bem cedo, por causa de suas falsas devoções; e quanto a nós, dormiremos ainda mais, ou permaneceremos adormecidos, enquanto uma obra para o Senhor precisa ser feita?
Os egípcios e os hebreus seriam distinguidos durante a praga das moscas. O Senhor conhece aqueles que são seus e, tanto neste mundo, como no porvir, fará com que seja evidente que os separou para si.
Faraó, contra a sua vontade, fez um trato com Moisés e Arão. Contenta-se que apresentem sacrifícios ao seu Deus, contanto que o façam na terra do Egito. Porém, seria diante de Deus uma abominação se oferecessem sacrifícios egípcios; e também seria uma abominação para os egípcios se eles oferecessem a Deus objetos de adoração dos egípcios, a saber, os seus bezerros ou bois. Os que oferecem um sacrifício aceitável a Deus devem apartar-se dos ímpios e profanos, e também do mundo. Israel não podia celebrar uma festa a Jeová em meio aos fornos para cozer tijolos, ou entre as panelas de carne do Egito. Deveriam fazer os sacrifícios como Deus manda, e não de outra maneira. Apesar de serem escravos de faraó, contudo, eram obrigados a obedecer aos mandamentos de Deus. Faraó consente que se dirijam ao deserto, contanto que não sigam para muito longe, a fim de que pudesse trazê-los de volta. Assim, pois, alguns pecadores, em um ímpeto de convicção, apartam-se de seus pecados, ainda que não se distanciem muito, para que, quando passar o medo, possam voltar novamente a eles.
Moisés prometeu eliminar a praga, com a condição de que faraó não torne a estabelecer acordos enganosos. Não vos enganeis; não é possível escarnecer de Deus. se pensamos que podemos enganar a Deus com um arrependimento fingido e uma falsa entrega a Ele, colocamos um engano fatal sobre a nossa alma.
Faraó tornou a endurecer-se. A luxúria que governa os homens rompe os laços mais firmes, faz com que sejam presunçosos e não cumpram a sua palavra. Muitos parecem sinceros, mas podem reservar algum pecado secreto e muito amado. Não têm a vontade de considerar-se como possíveis condenados à miséria eterna. Refrear-se-ão quanto a outros pecados; fazem muito, dão muito, e até mesmo castigam-se muito. Às vezes, deixarão o pecado, como se permitissem que o seu pecado os deixasse por algum tempo; porém, não se decidem a bani-lo por completo para seguir a Cristo e levar a sua cruz. Ao invés disto, arriscam tudo. sentem pesar, mas distanciam-se de Cristo decididos a conservar o mundo presente, e esperam por um futuro em que possam alcançar a salvação sem sacrifícios tão caros; porém, finalmente, o pobre pecador é arrastado por sua impiedade, e fica sem esperanças para lamentar pela sua conduta néscia.