Êxodo 11 — Comentário de Matthew Henry

Êxodo 11 — Comentário de Matthew Henry

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Êxodo 11

Versículos 1-3: As últimas instruções de Deus a Moisés, a respeito de Faraó e dos egípcios; 4-10: O anúncio da morte dos primogênitos.

Vv. 1-3. Uma revelação secreta foi feita a Moisés, enquanto ainda estava na presença de faraó, para que lhe desse a advertência do último juízo espantoso antes de retirar-se. Este foi o último dia de escravidão de Israel; estavam prestes a partir. Os seus senhores, que haviam abusado deles em seu trabalho, os teriam despedido de mãos vazias; porém, Deus preparou uma provisão para que os trabalhadores não perdessem o que lhes era devido por causa de seu trabalho, e ordenou-lhes então que o pedissem naquele momento, antes de sua partida, e foi-lhes dado. Deus curará ao ferido que, em humilde silêncio, encomendou-lhe a sua causa; e, ao final, nenhum daqueles que sofrem com paciência sai perdendo. O Senhor lhes deu graça perante os egípcios, e tornou evidente o quanto os favorecia. Além do mais, mudou o espírito dos egípcios para com eles, e fez com que passassem a desfrutar da compaixão de seus opressores. Aqueles que honram a Deus serão honrados por Ele.

Vv. 4-10. A morte de todos os primogênitos ocorreu de uma só vez. Esta praga fora a primeira a ser anunciada; porém, foi a última a ser executada. Observe como Deus é lento para irar-se. A praga é anunciada e a ocasião é determinada; todos os seus primogênitos dormiriam o sono da morte, não silenciosamente, mas como para despertar as famílias à meia-noite. O príncipe não estava em uma posição tão alta para que não fosse atingido por esta praga, nem os escravos dos moinhos estavam em uma posição demasiadamente baixa para passarem inadvertidos.

Enquanto o anjo da morte matava os egípcios, nem sequer um cão latiria entre os filhos de Israel. Esta é uma antecipação da diferença que haverá no grande dia, entre o povo de Deus e os seus inimigos. se os homens soubessem qual é a diferença que Deus marca, e marcará por toda a eternidade, entre aqueles que o servem e aqueles que não o servem, a religião não lhes pareceria algo indiferente; nem tampouco agiriam quanto a isto com tanta negligência como o fazem.

Quando Moisés entregou a sua mensagem, apesar de ser o homem mais manso da terra, saiu da presença de faraó com grande ira, por causa da obstinação deste.

As Escrituras anunciam a incredulidade de muitos que ouvem o Evangelho, para que não sejam uma surpresa ou uma pedra de tropeço para nós (Rm 10.16). Jamais pensemos o pior em relação ao Evangelho de Cristo, por causa da destacada negligência com que os homens se comportam em relação a ele.

Faraó endureceu seu coração, apesar de ter sido convencido a abdicar de suas severas e altivas exigências para que os israelitas obtivessem a plena liberdade. semelhantemente, o povo de Deus descobrirá que cada luta contra o seu adversário espiritual, enfrentada no poder de Jesus Cristo, cada intento de vencê-lo pelo sangue do cordeiro, e todo o desejo de alcançar uma crescente semelhança e amor ao cordeiro, serão recompensados com a crescente libertação de almas que estavam em poder do inimigo.

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