Significado de Miqueias 3

Miqueias 3

Miqueias 3 continua a abordar os pecados dos líderes e governantes de Israel e Judá, bem como as consequências das suas ações. Aqui está um resumo de Miqueias 3:

1. Condenação de Líderes e Profetas:
Miqueias começa dirigindo-se aos governantes, líderes e profetas de Israel. Ele os acusa de serem corruptos e injustos. São retratados como aqueles que desprezam a justiça, pervertem a equidade e se envolvem em comportamentos de exploração para ganho pessoal.

2. Falsos Profetas:
Miqueias critica especificamente os profetas que enganam o povo com falsas visões e adivinhações. Eles afirmam falar em nome de Deus, mas o fazem para seu próprio benefício, desencaminhando o povo com mentiras.

3. Sentença Pronunciada:
O profeta declara que por causa dos pecados dos líderes e dos falsos profetas, o julgamento virá sobre eles. Eles experimentarão escuridão e vergonha, e sua suposta capacidade de buscar orientação de Deus será fútil. Deus esconderá Seu rosto deles.

4. Os Pecados dos Líderes:
Miqueias discorre ainda sobre os pecados dos líderes e governantes, incluindo a sua tendência para aceitar subornos, explorar os pobres e vulneráveis e praticar a crueldade. Estas ações causaram grandes danos e sofrimento entre as pessoas.

5. Uma Promessa de Restauração:
Apesar das trevas e do julgamento prevalecentes, Miquéias sugere um tempo futuro de restauração, quando Deus reunirá Seu remanescente e estabelecerá justiça e retidão. Há esperança de um futuro melhor, mas ela surge depois de um período de ajuste de contas pelos pecados do presente.

Em Miqueias 3, o profeta condena veementemente a liderança corrupta e os falsos profetas em Israel e Judá. Ele sublinha a necessidade de justiça, equidade e retidão na sociedade e alerta para as consequências da exploração e do engano. O capítulo também oferece um vislumbre da possibilidade da restauração e redenção de Deus no futuro.

Neste ciclo de oráculos, o juízo é anunciado (Mq 3.1-12) e promessas de bênção são feitas (4.1-5.15), sendo essas promessas muito mais extensas que as mencionadas na primeira série (Mq 2.12, 13).

Significado

3.1-12 Estes oráculos de julgamento têm três partes: (1) os príncipes do povo de Deus deveriam conhecer a justiça (v. 1-4); (2) os falsos profetas estavam equivocados quando falavam de paz (v. 4-7); e (3) Sião seria lavrado como um campo (v. 8-12).

3.1 Não é a vós que pertence saber o direito. A ideia aqui é que não se poderia esperar justiça de líderes pagãos em um lugar distante. Mas esperava-se que os príncipes do povo de Deus enfatizassem a justiça. A justiça é um dos conceitos fundamentais da Lei (Dt 10.18; 32.4; 33.21). Perverter a justiça era contundentemente proibido por Deus (Dt 16.19; 24-17). Contudo, era exatamente isso que os líderes de Judá estavam fazendo. Eles usavam sua autoridade para destruir a justiça, em vez de estabelecê-la entre o povo.

3.2, 3 Miqueias usou uma imagem de canibalismo para descrever as ações horrendas dos líderes contra o povo. Era como se os líderes estivessem comendo a carne de cima dos ossos do povo.

3.4 Não os ouvirá. A maldade do povo era tão grande que o arrependimento no último instante não seria suficiente (Jr 11.11).

3.5-7 Este oráculo de julgamento foi apresentado contra os falsos profetas que declaravam paz, levando o povo a estar despreparado para a tribulação. Esses profetas não tinham a verdadeira visão profética (profecia), nem contavam com a ajuda das artes proibidas da adivinhação. Por fim, eles não tinham nada a dizer, pois não haveria resposta de Deus.

3.8-10 Cheio do poder do Espírito do SENHOR (ARA). A o contrário dos falsos profetas que foram silenciados (v. 5-7), Miqueias recebeu poder divino (1 Co 2.13; 2 Pe 1.21). Juízo e força (ARA). Podem ser reformulados como poderosa justiça, contrastando com os líderes ineficientes de Israel (v. 1).

3.11 Suborno... interesse... dinheiro (ARA). Os líderes e profetas ímpios de Israel trabalhavam somente quando podiam ganhar algo com isso. E desnecessário dizer que, se fosse preciso pagar para ter justiça, isso não seria justiça. Não está o SENHOR no meio de nós. Muitas pessoas de Jerusalém acreditavam que não seriam atingidas pelo juízo divino porque o próprio Deus habitava no santo templo existente nessa cidade. A despeito de suas maldades, elas pensavam que, enquanto Deus estivesse em Seu templo, elas estariam seguras — até do juízo divino. Elas se recusavam a acreditar que Deus pudesse deixar Seu templo por causa da pecaminosidade do povo. O livro de Ezequiel descreve uma visão da glória de Deus deixando o templo como um prelúdio ao Seu juízo contra a cidade (Ez 10).

3.12 Este versículo foi citado por Jeremias (Jr 26.18). Embora os falsos profetas e os governantes ímpios acreditassem que nada poderia atingi-los e que o monte Sião era inviolável, o profeta Miqueias anunciou que Sião (Jerusalém) seria lavrado como um campo, indicando a total devastação da cidade.