Conclusão da Teologia Paulina

a) Deus era a rocha e o fundamento da teologia de Paulo. As frequentes referências a Deus mostram quão fundamental era essa convicção, do mesmo modo que a omissão de Paulo em expor sua fé primordial em qualquer pormenor indica seu caráter de pressuposto.

b) O teísmo era quase universal no mundo antigo e igualmente pressuposto como evidente pela maioria daqueles com os quais Paulo se encontrou. Mas parte do caráter axiomático da fé de Paulo era sua convicção judaica herdada de que Deus é único. E isso sustentou resolutamente diante do politeísmo característico do mundo greco romano.

c) Igualmente pressuposta era a convicção de que esse Deus único era o criador do cosmo e seria o juiz final. A integração entre criação e salvação na teologia de Paulo deriva diretamente do seu modo de entender Deus.

d) Que esse Deus único também era o Deus de Israel é, efetiva mente, a tensão central na teologia de Paulo, o judeu que se considerava chamado para servir como apóstolo dos gentios.

e) A teologia de Deus de Paulo não era especulação absoluta, mas sustentada e formada pela sua própria experiência na conversão, na missão e na oração. E a integração entre rigor intelectual, realização missionária e pastoral, e experiência pessoal, que torna tão persuasivo seu discurso sobre Deus.