Interpretação de Ester 6
Ester 6
VI. Hamã Humilhado Diante de Mordecai. 6:1-14.
Ester 6
Não tendo sono à
noite, o rei mandou que se file lessem as crônicas oficiais, as quais falavam
da lealdade de Mordecai no caso da conspiração contra o rei, atitude que ainda
não fora recompensada. Quando Hamã chegou à corte para pedir a morte de
Mordecai, perguntou-se-lhe que honras se poderiam conceder a um favorito do
rei. Pensando em si menino, ele sugeriu uma elaborada exaltação, só para ter de
ouvir que essas honrarias ele deveria conceder a Mordecai, o judeu. Ao chegar
em casa, sua esposa e amigos o advertiram de que se Mordecai era realmente
judeu, não prevaleceria contra ele; seu destino já estava certamente selado.
1-3. Naquela
noite não pôde o rei dormir. Possivelmente
sentia ansiedade para com o pedido de Ester ou talvez excessos de vinho no
banquete mantivessem o rei Xerxes acordado aquela noite (cons. Dn. 6:18). Mas,
acima de tudo, foi a providência de Deus, pois, se não fosse assim, o rei nunca
teria ouvido falar do feito de Mordecai conforme registrado “no livro das
crônicas” (cons. 2:23).
4-9. Quem está no
pátio? Tendo seus carpinteiros trabalhando toda
a noite a fim de terminar a forca, Hamã chegou cedo à corte naquela manhã para
pedir ao rei a permissão de enforcar Mordecai. Mas antes que pudesse fazer o
seu pedido, o rei o convocou à sala do trono para ajudá-lo a resolver um importante
problema. Ao que parece, o rei queda consultar qualquer homem do governo que
aparecesse, e aconteceu que Hamã foi aquele que estava à disposição naquele
momento! Mais do que a mim (v. 6). Esta é uma ilustração clara do texto:
“A soberba precede a ruína, e altivez do espírito, a queda “ (Pv. 16:18; cons.
11:2; 18:12). Hamã imediatamente começou a fazer uma lista daquelas honrarias
que mais seriam estimadas no Oriente, como se já tivesse muitas vezes meditado
nesta possibilidade e estivesse pronto a dar uma resposta caso o rei lhe
perguntasse algo assim! Vestes reais, de que o rei costuma usar (v. 8).
Não uma simples toga oficial, mas uma vestimenta cara que o rei possuísse e
estivesse usando (cons. I Sm. 18:4). E tenha na cabeça a coroa real. A
coroa devia ser colocada na cabeça do cavalo, pois nas esculturas assírias e
persas os ornamentos são vistos nas cabeças dos cavalos (Keil). Levem-no ..
, pela praça da cidade, e diante dele apregoem (v. 9). Comparem com
honrarias semelhantes concedidas a José no Egito (Gn. 41:42).
10. Faze assim
para com o judeu Mordecai. Sem
dúvida, o rei já tinha descoberto que Mordecai era judeu nas conversas com seus
cortesãos a respeito da boa ação praticada por ele (6:1-3). Mas sendo um
monarca instável e esquecidiço, tinha deixado de ligar este fato com o decreto
que tinha recentemente assinado ordenando a exterminação dos judeus! (cons.
3:11).
13,14.
Os amigos de Hamã que anteriormente agiram como
conselheiros (5:14), agiram agora como sábios (vaticinadores),
prevendo a sua queda. Se Mordecai . . . é da descendência dos judeus, não
prevalecerás contra ele (v. 13). A súbita mudança na sorte de Mordecai
fê-los perceber, com um respeito supersticioso nascido da cuidadosa observação
do cuidado providencial de Deus para com o Seu povo desde o tempo de Ciro, que
a queda de Hamã seria total. Apressadamente levaram a Hamã ao banquete. Com
o espírito abatido, Hamã compareceu ao segundo banquete de Ester como uma
ovelha a caminho do matadouro.