Interpretação de Gênesis 7
Gênesis 7
Gênesis 7 contém o relato do Grande Dilúvio, uma das histórias mais conhecidas da Bíblia. O capítulo concentra-se principalmente nos preparativos para o dilúvio, no próprio dilúvio e nas suas consequências. Aqui estão alguns temas-chave e interpretações de Gênesis 7:
1. Julgamento Divino: Gênesis 7 descreve o Grande Dilúvio como um ato de julgamento divino. Deus, vendo a maldade da humanidade, decide limpar a terra da sua corrupção e violência. O Dilúvio serve como um aviso sobre as consequências do pecado e da desobediência humana. Ilustra o conceito bíblico da justiça de Deus e Seu papel como legislador moral.
2. Remanescente Justo: Noé e sua família são apresentados como o remanescente justo escolhido por Deus para ser salvo das águas do dilúvio. Este tema sublinha a ideia de que mesmo em tempos de julgamento, Deus fornece um meio de salvação para os fiéis. É um precursor do conceito bíblico de Deus preservando um remanescente justo ao longo da história.
3. A Arca: A construção e o uso da arca são fundamentais para a narrativa. Noé, seguindo as instruções de Deus, constrói uma arca com dimensões específicas, que se torna o meio de salvação para ele, sua família e representantes de todos os animais da terra. A arca é frequentemente vista como um símbolo da provisão, graça e proteção de Deus para aqueles que são obedientes e fiéis.
4. Simbolismo da Água: A água em Gênesis 7 carrega um simbolismo destrutivo e purificador. Representa o julgamento de Deus e a purificação de um mundo pecaminoso. As enchentes são vistas como uma forma de lavar a corrupção e o mal que se apoderaram da humanidade. Após o Dilúvio, a água também está associada à renovação e ao novo começo.
5. A Duração do Dilúvio: Gênesis 7 fornece detalhes específicos sobre a duração do dilúvio, com a chuva caindo durante 40 dias e 40 noites e as águas prevalecendo sobre a terra durante 150 dias. O número 40 é significativo no simbolismo bíblico, muitas vezes representando um período de teste ou preparação.
6. Dilúvio Universal ou Local: As interpretações de Gênesis 7 variam quanto ao fato de o Dilúvio ter sido um evento global ou localizado. Alguns vêem-no como uma catástrofe global que cobriu toda a terra, enquanto outros vêem-no como um evento regional que afetou apenas uma área geográfica específica conhecida pelos autores bíblicos. Este debate tem implicações teológicas e científicas.
7. Aliança com Noé: Depois que as águas do dilúvio baixarem e Noé e sua família deixarem a arca, Deus estabelece uma aliança com Noé, prometendo nunca mais destruir toda a carne por um dilúvio e fornecendo o arco-íris como um sinal desta aliança. Esta aliança enfatiza o compromisso de Deus com a Sua criação e o Seu desejo de um relacionamento contínuo com a humanidade.
As interpretações de Gênesis 7 podem variar entre diferentes tradições religiosas e indivíduos. Alguns o veem como um relato histórico, enquanto outros o veem de forma simbólica ou alegórica. Independentemente da interpretação, Gênesis 7 continua sendo uma narrativa significativa na Bíblia, transmitindo temas de julgamento divino, salvação, obediência e da aliança duradoura entre Deus e a humanidade.
Interpretação
7:1 Entre na arca. O início da palavra final de Deus a Noé antes do dilúvio. A primeira palavra de Deus a Noé após o dilúvio começa de forma semelhante: “Sai da arca” (8:16). justo. Ver nota em 6:8–9. Mais tarde, Noé ficou conhecido como um “pregador da justiça” (2Pe 2:5) que alertou seus contemporâneos sobre o julgamento vindouro e exemplificou a fé autêntica (Heb 11:7).7:2 sete pares de cada tipo de animal limpo.... um par de cada espécie de animal imundo. Os animais “impuros” só teriam que se reproduzir após o dilúvio, mas os animais “limpos” seriam necessários também para os holocaustos que Noé sacrificaria (8:20) e para alimentação (9:3).
7:4 quarenta dias e quarenta noites. Um período de tempo que muitas vezes caracteriza um período crítico na história da redenção (v. 12; Dt 9:11; Mt 4:1–11).
7:7 entrou na arca para escapar das águas. Noé e sua família foram salvos, mas a vida normal continuou para todos os outros até que fosse tarde demais (Mt 24:37–39).
7:13 Noé e seus filhos... junto com sua esposa e as esposas de seus três filhos. “Apenas algumas pessoas, oito ao todo” (1Pe 3:20; ver 2Pe 2:5), sobreviveram ao dilúvio.
7:14 animal selvagem... pecuária... criatura que se move ao longo do solo... pássaro. Quatro das cinco categorias de vida animada mencionadas em 1:21-25. A quinta categoria — criaturas marinhas — poderia permanecer viva fora da arca.
7:16 Deus havia ordenado a Noé... o SENHOR o trancou. “Deus” deu a ordem, mas em seu papel de “SENHOR” redentor (ver notas em 2:4; Êx 6:6) ele fechou a porta da arca atrás de Noé e sua família. Nenhum dos dois nomes divinos é mencionado no restante do cap. 7, quando toda a fúria do dilúvio foi lançada sobre a humanidade pecadora.
7:20 cobriu as montanhas a uma profundidade de mais de quinze côvados. Veja a nota de texto da NVI. A arca tinha 45 pés de altura (6:15; veja a nota do texto da NVI lá), então a água era profunda o suficiente para evitar que ela encalhasse.
7:22 fôlego de vida. O dom de Deus na criação (1:30; 2:7) foi tirado por causa do pecado.
Notas Adicionais:
7:11a,b Romperam-se (beiqa') todas as fontes do grande abismo. Enormes reservatórios de água estavam armazenados sob a terra. Esta enorme quantidade de água foi chamada de tehôm, "o grande abismo" (cons. Gn. 1:2). Estas águas subterrâneas confinadas ali pelo poder criativo no segundo dia da criação, foram desencadeadas com volume e violência além da descrição. Não foi uma enchente comum, mas uma gigantesca maré que subitamente assombrou a população estarrecida. Beiqa' indica uma convulsão terrestre que destruiu toda barreira restritiva que existia. Foi um tumultuoso desprender-se de indescritível destruição. O homem não pode imaginar a fúria e o poder destruidor da erupção, nem o horror da exibição do poder de Deus para destruir os seres pecadores, A completa corrupção do homem era muito pior do que qualquer um de nós pode imaginar. A destruição foi necessária.
7:11c,12. As comportas dos céus se abriram (peitah), Além da terrível sublevação que vinha de baixo, os povos da terra testemunharam a abertura das comportas dos gigantescos reservatórios de águas acima da terra. Todas as águas que estavam acumuladas explodiram em torrentes. Resistente e continuamente, durante quarenta dias e quarenta noites, as gigantescas nuvens derramara água sobre a terra. O efeito do dilúvio sobre os homens, mulheres, crianças, animais e plantas, e sobre a superfície da terra não pode ser completamente imaginado.
7:16-18. E o Senhor fechou a porta após ele... Predominaram as águas. No meio da violenta tempestade e das torrentes que tudo cobriram, Jeová, o Deus da aliança, estendeu o braço da misericórdia e fechou a porta da arca para guardar o seu povo em segurança. Mas Ele derramou torrentes de água para destruir completamente os pecadores sobre a terra. Os inquilinos da casa flutuante podiam viajar sobre as águas com senso de segurança e proteção, pois confiavam em Deus. A mão divina que fizera transbordar o abismo e abrira as janelas do céu para derramar destruição, também demonstrou a amorosa preocupação de Deus por aqueles que seriam o núcleo de Seu novo começo.
Enquanto os escolhidos de Deus se aninhavam em segurança na arca, as águas continuaram a subir e cobrir toda a terra. O verbo geibar indica poderio, sujeição e poder que prevalece. Sem cessar as águas foram assumindo o controle e continuaram dominando até que as mais altas montanhas ficaram completamente submersas. Novamente, a majestade, grandeza e propósito competidor do Todo-poderoso mostrou-se cada vez mais aparente. O propósito divino estava se realizando sobre toda a terra. A vontade de Deus se realizava.
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