Estudo sobre Romanos 1:9-10

Romanos 1:9-10

É preciso que os leitores se tornassem cientes de quanto era forte o desejo que o animava de visitá-los em Roma. Porque Deus, a quem sirvo (sacerdotalmente) em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós em todas as minhas orações. Querendo expor algo que parece não combinar com sua atitude exterior (v. 13), Paulo tem de se reportar ao saber superior de Deus. Tal como fizeram os primeiros apóstolos (At 6.4), Paulo não apenas servia a Deus por meio de suas atividades missionárias, mas também “em meu espírito”. Ao labor exterior incansável correspondiam tempos regulares de oração. Nisso ele se compara a um sacerdote (semelhante em Rm 15.16), que celebra dia e noite no templo os sacrifícios que estão na vez. Era disso que Deus tinha plena ciência sobre Paulo.

É digno de nota que agora, diferentemente das demais introduções das cartas, não acontece uma intercessão em favor da igreja, porém uma prece por si próprio: suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos. A frase espelha de que maneira elementar esse objetivo o move: Uma dependência indagadora (“se me ofereça”) mescla-se com insistência impaciente (“nalgum tempo”). Há muitos anos[1], Paulo era tomado pelo desejo de “visitar-vos”.

Índice:
Romanos 1:9-10

Notas:
[1]Rm 1.13; 15.23; 15.29,32; At 19.21; 23.11