Significado de Romanos 7

Romanos 7

Romanos 7 descreve a luta entre a lei de Deus e a natureza pecaminosa do homem. Paulo começa descrevendo o papel da lei em expor o pecado. Ele diz que não saberia o que é pecado se não fosse pela lei. No entanto, ele também diz que o pecado usa a lei para produzir mais pecado em nós. Isso cria um ciclo vicioso em que desejamos fazer o que é certo, mas nos vemos incapazes de fazê-lo por causa do poder do pecado.

Em Romanos 7, Paulo também descreve a luta entre a lei de Deus e a natureza pecaminosa do homem. Ele diz que quer fazer o que é certo, mas acaba fazendo o que é errado. Ele descreve essa luta como uma guerra dentro de si mesmo, com sua mente querendo obedecer à lei de Deus, mas sua carne sendo controlada pelo pecado.

Finalmente, Paulo conclui Romanos 7 descrevendo a vitória que está disponível por meio de Jesus Cristo. Ele diz que, por meio de Jesus Cristo, fomos libertos do poder do pecado e da morte. Ele enfatiza que, embora a luta entre a lei e o pecado continue nesta vida, temos a esperança da vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Em resumo, Romanos 7 descreve a luta entre a lei de Deus e a natureza pecaminosa do homem. Paulo explica que a lei expõe o pecado, mas também cria um ciclo de pecado em nossas vidas. Ele descreve a luta como uma guerra dentro de si mesmo, com sua mente querendo obedecer à lei de Deus, mas sua carne sendo controlada pelo pecado. No entanto, Paulo também enfatiza a vitória que está disponível por meio de Jesus Cristo e encoraja os crentes a encontrar esperança e força Nele. A mensagem de Romanos 7 é uma mensagem de luta, mas também de vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Comentário de Romanos 7

Romanos 7.1-3 Aqui, Paulo retoma a questão apresentada em 6.15: nós continuaremos pecando enquanto estamos debaixo de graça? A resposta do apóstolo é um incisivo não, ilustrado por meio de uma comparação com o matrimônio. O matrimônio é vitalício. Mas se um cônjuge morre, o outro já não está mais impedido pela Lei, está livre para se casar com outra pessoa.

Romanos 7.4 Uma aplicação exata da ilustração seria que a Lei morreu, e agora o cristão é livre para “se casar” com a graça. Paulo está dizendo que os cristãos estão mortos para a Lei e, por isso, estão livres para “se casar” com Deus e dar fruto para Ele. Em uma relação matrimonial há filhos. Da mesma maneira, a intimidade com Cristo gera frutos da justiça posta em prática (Rm 6.22).

Romanos 7.5 Na carne é uma referência ao período anterior à conversão. Neste contexto, os que estão na carne são os não-regenerados, ou aqueles que não nasceram de novo, e os convertidos são os regenerados. Cabe destacar que cristãos e não-cristãos podem viver segundo os desejos da carne, porém apenas os cristãos podem andar em conformidade com o Espírito. Os desejos pecaminosos, despertados pela Lei, operavam no pecador, e essa tendência para o pecado era revelada nos membros do seu corpo, resultando em morte.

Romanos 7.6 Pela conversão, a pessoa morre para a Lei (v. 4). O resultado disso é que agora ela está apta a andar com Deus e servir a Ele em novidade de vida (Rm 6.4). Eles têm uma nova vida no Espírito Santo, não na velhice da letra o velho modo de tentar ganhar a vida eterna por meio da observância da Lei.

Romanos 7.7-12 O pecado e a Lei mantêm as pessoas em escravidão. A Lei é, então, algo mal como o pecado. Os mandamentos específicos da Lei trazem o conhecimento claro do pecado. A tendência que temos para pecar tira proveito desse conhecimento para nos agitarmos e nos rebelarmos, conduzindo-nos assim para pecados ainda maiores. O bom propósito da Lei era tornar conhecido a nós o modo como poderíamos agradar a Deus e receber dele a vida. O pecado torceu esse propósito divino, a ponto de atualmente conduzir apenas para a morte espiritual (v. 10).

Romanos 7.7 A próxima pergunta lógica (Rm 6.1,15) é: É a Lei pecado? De modo nenhum! (Rm 6.2,15). Paulo nega enfaticamente que a Lei seja por si mesma pecado. A partir daqui, o apóstolo utiliza a sua experiência pessoal como uma ilustração. A Lei revela o pecado.

Romanos 7.8 Sem a Lei, estava morto o pecado. A Lei também incita o pecado (v. 7). O pecado pode existir ainda que não exista a Lei (Rm 5.13), embora sem a ela, o pecado permaneça adormecido. Sem os padrões de direito e de justiça, não é possível haver qualquer julgamento em relação ao que é ou não é pecado. Porém, a Lei, com seus mandamentos direcionados contra certos hábitos, pode despertar o desejo de executar essas práticas (v.5).

Romanos 7.9 E eu, nalgum tempo, vivia sem Lei. houve um tempo em que Paulo estava vivo para Deus (Rm 6.8,11,13) e sem qualquer Lei (Rm 4.6; 6.14). Então algum tempo depois da sua conversão, enquanto ele desfrutava da comunhão com Deus, ele foi confrontado pela Lei e morreu. Ou seja, a sua natureza pecaminosa quebrou a sua comunhão com Deus.

Romanos 7.10, 11 E o mandamento que era para a vida. Os itens mencionados na Lei apontavam para o caminho da retidão, logo, eles apontavam para a vida. Quando, porém, o pecado passa a reinar em nossa natureza, a Lei se torna para nós apenas juízo e morte. Quando procuramos observar a Lei, nós somos enganados pelo pecado, que mortifica vida espiritual.

Romanos 7.12 A conclusão é que, em sua totalidade, a Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom. Nosso problema com pecado não é decorrente da ausência da Lei divina, e sim, resultado da nossa natureza pecaminosa (v. 8,11,13), que responde à Lei.

Romanos 7.13-25 O versículo 13 retoma o tema tratado no versículo 5: a vida na carne sob o domínio do pecado, que foi explicitado devido às demandas da Lei. Os versículos 14 a 25 pintam um quadro da experiência de um indivíduo. E a descrição de uma pessoa moralmente reta, que procura lidar com as demandas da Lei e com o poder do pecado. Mas ela está usando apenas os seus próprios recursos, sem poder contar com o poder de Cristo e a capacitação do Espírito Santo. Ele quer fazer o que Deus requer, mas não é capaz disso. Os não-cristãos, aqueles que ainda não foram convencidos pelo Espírito Santo, vivem sob essa luta. De igual modo, os cristãos que ainda não estão vivendo uma vida vitoriosa por meio da ação do Espírito passam por lutas semelhantes, embora Deus tenha lhes dado uma certa medida de vitória sobre o pecado (Rm 8.9; 1 Co 3.1-4).

Romanos 7.13 Aqui, Paulo faz outra pergunta retórica (ver Rm 7.7; 6.1,15): Logo, tornou-se-me o bom em morte. De modo nenhum! Certamente essa não é a mesma negação enfática já feita por Paulo (Rm 7.7; 6.2,15). O problema não está na Lei. O problema é o pecado. O pecado usou a Lei, que é inerentemente boa, para produzir o mal, ou seja, a morte. Mas, pela Lei, o pecado é revelado da maneira como verdadeiramente é. Também são reveladas as suas consequências más e trágicas de forma bem clara.

Romanos 7.1 4 Espiritual. A Lei vem de Deus. Em contraste, Paulo afirmou que o seu problema (e de todos os cristãos, conforme 1 Co 3.1-3) é que ele era carnal. Ou seja, sua situação era a mesma de um escravo, ele estava sujeito a render-se à prática do pecado. Embora Paulo fosse um cristão dedicado ao serviço de Deus (v. 25), ele continuava em falta com os padrões morais de Deus.

Romanos 7.15-17 Ser carnal ou estar entregue à prática do pecado, envolve um conflito que causa espanto tanto em Paulo quanto nos outros cristãos. O apóstolo sente que não há como entender a si mesmo. Ele se acha um derrotado, pois não consegue fazer aquilo que ele deseja, mas faz aquilo que ele odeia. Essa situação indica a existência de uma batalha constante entre as duas naturezas no cristão. A primeira natureza [a espiritual] reconhece que a Lei... é boa. A segunda, indica que há algo em nosso interior, chamado pecado, que produz em nós o mal.

Romanos 7.18 O problema é a carne, aquela parte do cristão em que não habita bem algum. A vontade é o desejo de fazer o bem (v. 12,15). Porém, a capacidade para realizar o bem está em falta.

Romanos 7.19 Basicamente uma repetição do versículo 15.

Romanos 7.20 E exatamente a mesma conclusão mencionada no versículo 17.

Romanos 7.21 Paulo confessa que ele é carnal e está vendido sob o pecado (v. 14). Ele declara que seu problema está localizado mais especificamente na sua carne, onde não habita bem algum (v. 18), enquanto o mal (gr. kakón) está presente e operante nele.

Romanos 7.22 O homem interior. Expressão que é análoga a dizer com a mente (v. 23; 2 Co 4.16; Ef 3.16), a capacidade de ter prazer na lei de Deus. Esse prazer faz que os crentes em Cristo queiram se alinhar com a nova natureza que Deus lhes deu.

Romanos 7.23 Lei do pecado que está nos meus membros. E referência à rejeição que a natureza pecaminosa tem a qualquer outra lei que busque seguir a vontade de Deus. A natureza pecaminosa busca nos distanciar de Deus e impedir Sua ação em nós.

Romanos 7.24 Miserável homem. Ou seja, desventurado, infeliz. Assim é o cristão que sempre é derrotado pelo pecado (v. 14,23). Essa derrota acontece sempre que o cristão decide não viver sob o poder do Espírito. Corpo desta morte. Esta é uma expressão figurativa, referente à natureza pecaminosa. Paulo quer ser liberto do pecado que conduz à morte.

Romanos 7.25 Dou graças a Deus. Irrompe de Paulo uma gratidão exultante a Deus pela vitória que ele obteve por intermédio de Jesus Cristo, que liberta os cristãos do corpo da morte, a saber, a carne. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à Lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado. Paulo conclui que o problema não é a Lei; o problema é a carne. A partir deste argumento, Paulo passa à solução a salvação obtida em Jesus Cristo.

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