Significado de Números 19

Números 19

Números 19 enfoca as instruções referentes à purificação dos israelitas por meio do ritual da Novilha Vermelha. O capítulo enfatiza a importância da limpeza e pureza para os israelitas em suas práticas religiosas e as consequências de serem contaminados.

O capítulo 19 começa apresentando o conceito da Novilha Ruiva, uma vaca completamente vermelha, sem mancha ou defeito. Esta vaca deve ser levada para fora do acampamento, abatida na presença de um sacerdote e depois queimada. Junto com a vaca, madeira de cedro, hissopo e material escarlate devem ser lançados no fogo. As cinzas deste holocausto são então recolhidas e armazenadas fora do acampamento em um local limpo.

Essas cinzas são usadas para fazer uma água de purificação para os israelitas. Sempre que uma pessoa se torna impura ao tocar em um cadáver ou entrar em contato com um cadáver, ela é obrigada a passar por um processo de purificação. Uma pessoa limpa pega algumas das cinzas e as mistura com água corrente em uma vasilha. Então, um ramo de hissopo é mergulhado nessa mistura e aspergido sobre a pessoa impura no terceiro e sétimo dias. Este ritual é repetido para limpar a pessoa de sua contaminação.

O capítulo 19 enfatiza ainda mais a importância desse processo de purificação. Afirma que quem não se purificar após entrar em contato com um cadáver permanecerá impuro e será excluído da comunidade. Este conceito de ser cortado sugere estar separado da comunidade e das bênçãos espirituais associadas a ela.

Além disso, Números 19 destaca a universalidade do processo de purificação. Tanto os israelitas quanto os estrangeiros que vivem entre eles estão sujeitos a essas regras de purificação. O capítulo conclui reiterando as consequências de não se purificar e destaca a importância de manter a pureza como aspecto fundamental da comunidade israelita.

Em resumo, Números 19 fornece instruções detalhadas sobre o ritual de purificação envolvendo a Novilha Vermelha. Enfatiza a importância da limpeza e as consequências da impureza. O ritual envolvendo as cinzas da Novilha Vermelha misturadas com água serve como meio de purificação de indivíduos que tenham entrado em contato com um cadáver. Este capítulo reforça a importância da pureza para a comunidade israelita e se aplica tanto aos israelitas nativos quanto aos estrangeiros entre eles.

Comentário de Números 19

19.1, 2 A expressão este é o estatuto da lei é de certa forma difícil de entender e inesperada. E possível que haja um problema textual com a palavra lei neste versículo. O assunto principal nesta passagem bíblica é o sacrifício da novilha vermelha. A interpretação do texto hebraico mais aceito das palavras que compõem o versículo 2 é: “esta é uma ordenança da novilha” (trocando hapara por hatora, um possível erro do copista). A novilha vermelha deveria ser sacrificada em um ritual especial fora do acampamento. Geralmente, o animal sacrificado era macho; esta era fêmea. A menção à cor também não era comum. A cor não foi especificada para nenhum outro animal a ser sacrificado.

19.3 A nomeação de Eleazar e Itamar foi uma consequência lógica do teste de verdadeiro sacerdócio da família de Arão no capítulo 17-Antes de seu pai morrer, Eleazar teve de iniciar suas atividades na proeminente função de sacerdote perante a congregação, a fim de garantir uma transição de liderança sacerdotal tranquila. Comumente, os animais eram sacrificados em cima ou perto do altar. Neste caso, o animal seria morto fora do acampamento.

19.4-8 A queima total do animal era algo incomum, principalmente se este fosse carbonizado longe do altar. Itens simbólicos associados com a limpeza — madeira de cedro, hissopo e lã vermelha — eram então lançados ao fogo. Queimava-se tudo até virar cinza. Celebrar este ritual fazia com que o sacerdote e aqueles que o ajudaram ficassem impuros, tendo estes de tomar um banho e lavar suas roupas após o holocausto.

19.9, 10 As cinzas da novilha eram usadas em rituais sacrificais. Colocavam-se os resíduos na água e usava-se a mistura resultante em certos ritos de purificação. Aqui esse tipo de expiação é um símbolo visível do trabalho interior de Deus na purificação completa de uma pessoa ou de um objeto do pecado.

19.11-13 As cinzas e a água tinham um sentido especial para aquele que tocava um cadáver humano. Novamente, a aspersão da água da purificação representava mais do que a limpeza física; significava uma submissão à purificação espiritual. Provavelmente, o contato com um corpo morto estava sujeito a esta forte sanção no antigo Israel devido ao que a morte representava: o resultado final de uma ofensa. A morte entrou no mundo por causa do pecado (Rm 5.12). A cessação da vida, então, é um terrível lembrete dos efeitos do pecado. Tocar em um corpo morto era fazer com que uma pessoa se tornasse cerimonialmente impura no que concerne à participação no ritual de adoração a Deus.

19.14-19 Várias formas de morte e de impureza são listadas nestes versículos. Este trecho bíblico pode ter sido a resposta para as questões práticas feitas pelas pessoas. Por exemplo, se um homem morresse em uma tenda, os israelitas certamente precisariam saber o que fazer e qual era a extensão de sua impureza, e o que aconteceria se o indivíduo tocasse o cadáver de um homem no campo ou na sepultura.

19.20-22 Aquele que não se purificava rejeitava a graça de Deus e, consequentemente, ficava sujeito à Sua ira. Estas questões eram tão sérias que aquele que aspergia a água da purificação em outrem também ficava impuro. Não se estabeleceram tais rituais para que a vida das pessoas ficasse mais difícil. Eles foram instituídos para instruir, graciosamente, os israelitas acerca da natureza da verdadeira santidade.

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