Salmo 99 — Estudo Devocional

Salmo 99 

Deus, o Rei poderoso

O Salmo 99 é um hino que ressalta a santidade e a soberania de Deus. Ele destaca os temas de reverência, obediência e adoração. Aqui estão algumas aplicações de vida baseadas no Salmo 99:

1. Reverência a Deus: Cultive um profundo sentimento de reverência e admiração por Deus. Aproxime-se Dele com humildade e respeito, reconhecendo Sua santidade e majestade.

2. Louvor e Adoração: Emule o chamado do Salmista para adorar e louvar a Deus. Envolva-se regularmente em atos de adoração, incluindo oração, canto e leitura das Escrituras.

3. Reconheça o governo de Deus: Reconheça e aceite o governo de Deus sobre sua vida. Submeta-se à Sua autoridade e confie em Sua sabedoria e orientação.

4. Busque a santidade: Assim como o Salmo enfatiza a santidade de Deus, esforce-se para viver uma vida santa e justa. Procure alinhar suas ações, pensamentos e atitudes com os padrões de santidade de Deus.

5. Ore por perdão: Reconheça a importância de buscar perdão pelos seus pecados. Confesse seus pecados a Deus, confiando em Sua misericórdia e graça para perdão e purificação.

6. Reflita sobre a Fidelidade de Deus: Medite na fidelidade de Deus e nas maneiras como Ele tem se mostrado fiel em sua vida. Use essas reflexões como fonte de encorajamento e confiança na confiabilidade de Deus.

7. Siga os Mandamentos de Deus: O Salmo menciona os estatutos e mandamentos de Deus. Faça com que seja uma prioridade obedecer aos mandamentos de Deus e viver de acordo com Sua Palavra.

8. Defensor da Justiça: Seja um defensor da justiça e da retidão na sua comunidade e sociedade. Defenda aqueles que são oprimidos e trabalhe pela justiça e igualdade.

9. Ore por orientação: Busque a orientação e a sabedoria de Deus em suas decisões e ações. Dependa Dele para orientação e discernimento em todas as áreas da sua vida.

10. Incentive outros a adorar: Incentive outros a se juntarem a você em adoração e louvor. Convide amigos, familiares e vizinhos para os cultos da igreja ou outras reuniões onde possam experimentar a presença de Deus.

11. Liderar pelo Exemplo: Dê um exemplo de fé, reverência e obediência em sua comunidade. Deixe sua vida ser um testemunho do poder transformador de um relacionamento com Deus.

12. Celebre a Misericórdia de Deus: Reconheça e celebre a misericórdia e o perdão de Deus. Compartilhe histórias de Sua misericórdia e graça em sua vida como uma forma de encorajar outros em sua fé.

O Salmo 99 nos chama a viver uma vida de reverência, obediência e adoração. Lembra-nos da importância de reconhecer a santidade e a soberania de Deus, ao mesmo tempo que procuramos a Sua orientação e graça na nossa jornada diária de fé.

Devocional

99.1-9 ele merece profundo respeito. Este é o último da sequência de salmos de Deus-Rei, iniciada no Sl 93 (veja o quadro “Salmos Reais e Messiânicos”, Sl 22). Nosso eu interior organiza-se mediante alguém que lhe é superior. Nosso Deus reúne todos os atributos desejáveis e é a referência maior e de maior poder que podemos ter. Na relação com ele, estruturamo-nos e fortalecemos nosso ser. Nessa interação não sobra espaço para leviandades. Ele é poderoso (v. 2) e santo (vs. 3,5,9), julga (v. 4) e até castiga, sem nunca deixar de ser o “Deus que perdoa” (v. 8).

99.1 O SENHOR Deus é Rei: os povos tremem: Reconhecer este Deus tão poderoso faz os humanos terem uma reação corporal: estremecerem, a partir da constatação da sua grandeza. A terra estremece: Chouraqui diz que Deus provoca uma mutação na terra quando se mostra assentado sobre os querubins. Para os cristãos, isso remete ao Apocalipse, ao dobrar de todo joelho, ao confessar de toda a boca do senhorio de Deus e do seu Filho, que foi morto e reviveu. Inclusive, segundo o próprio Apocalipse, o fim do mundo como o conhecemos será trazido por um colossal terremoto (Ap 16.17-21).

99.2 poderoso em Jerusalém. A missão de Israel era revelar ao mundo que há um só Deus, que a vida pode ser vivida nessa relação e dessa relação com ele. A partir de Jerusalém essa mensagem deveria se espraiar por todo o mundo. Jerusalém: lugar da morte do Filho de Deus, lugar da revelação do amor de Deus e da sua grandeza.

99.3,9 O SENHOR Deus é santo. Todos são convidados a reconhecer a grandeza e santidade de Deus. Toda a grandeza de Deus está expressa na sua santidade. Sendo honestos, reconhecemos que essa qualidade nos falta, pois fica evidente o abismo existente entre nossa condição de pecadores e o caráter santo de Deus. Ele é Santo, totalmente Santo, mas mesmo assim se ocupa conosco, tão pecadores. Em nossa resistência, muitas vezes tentamos amenizar as demandas por santidade e nos justificamos em nossas falhas. A solução consistente encontramos no próprio “Deus que perdoa” (v. 8), solução maravilhosa para nosso impasse existencial, consumada em Jesus Cristo (ver Jo 3.16-17).

99.4 tu amas a justiça. A justiça humana está vinculada à relação com Deus. Tendo a ele como ponto de referência, temendo-o e adorando-o, a justiça humana se torna justa; esta justiça levará em conta o pobre e oprimido, como Deus faz.

99.5 se ajoelhem. Em outras traduções, o convite aparece como: “prostrai-vos ante o escabelo de seus pés” — que na Bíblia se refere à Arca da aliança, ao monte santo em Jerusalém, ou ainda à terra inteira. Assim é realçado ainda mais o contraste: elevar a Deus e humilhar a si mesmo, esta é a coisa mais sensata a fazer (veja 1Pe 5.5-7, nota).

99.6 Moisés e Arão foram sacerdotes de Deus, e Samuel orava a ele. Aqui o salmista nos convida a recordar os “três grandes”, de como clamavam a Deus e ele respondia. Deus nos responde de várias maneiras.

99.7 ele falava aos israelitas. Ao recordar da sua presença no deserto, da sua voz, e da obediência do povo aos mandamentos, lembremos que também em nossos “desertos” podemos contar com a presença de Deus. O deserto várias vezes aparece na Bíblia como lugar de provação e também de encontro com Deus — por vezes de forma diferente do que imaginávamos.

99.8 Tu mostraste que és Deus que perdoa. Chouraqui expressa que o último verbo, traduzido como “castigar”, também pode no hebraico ser interpretado como “limpar os pecados”. Em Deus temos ambas as ações, predominando o perdão, pois sem isso não estaríamos vivos.

99.9 no seu monte Santo. O monte Moriá, lugar do quase sacrifício de Isaque (o filho de Abraão), um precursor do sacrifício de Cristo que seria feito mais tarde. O sacrifício humano foi impedido pelo Anjo do Senhor, mostrando que Deus não quer o culto pagão de sacrifício dos filhos, mas ele mesmo “não poupou seu próprio Filho” — eis o amor desse nosso Deus.