Estudo sobre Neemias 10
Neemias 10
A aliança é assinada (10.1-39)
Os que assinaram a aliança
são descritos em 9.38 como líderes, levitas e sacerdotes da comunidade
judaica. Nos v. 1-27, os seus nomes são citados após o nome de Neemias,
o governador (v. 1), mas são apresentados em ordem inversa à
classificação em 9.38. Acerca dos nomes alistados até o v. 8, lemos: Esses eram
sacerdotes (v. 8); a partir do v. 9, são alistados os levitas (v.
9); e, a partir do v. 14, os líderes do povo (v. 14). Os líderes
dos judeus não somente confirmaram a aliança com o seu selo, mas o
restante do povo (v. 28) também se associou a esse ato, inclusive todos
os seus filhos e filhas capazes de entender, i.e., os seus filhos
que tinham idade suficiente para decidir participar de forma consciente do
que estava acontecendo.
Quanto ao conteúdo do que
os israelitas estavam agora prometendo, tinha propósito tanto geral quanto
particular. O propósito geral era seguir a Lei de Deus dada por meio
do servo de Deus, Moisés, e a obedecer fielmente a todos os
mandamentos, ordenanças e decretos do Senhor, o nosso Senhor (v. 29).
Mas havia partes específicas da Lei divina que tinham sido negligenciadas ultimamente
e que necessitavam de ênfase especial, e isso é detalhado nos v. 30-39.
Eram as seguintes: (1) que não contraíssem matrimônio com os pagãos
(v. 30); (2) que não participassem do comércio no sábado e em outros
dias sagrados (v. 31); (3) que garantissem o sustento adequado dos
funcionários do templo e a manutenção das suas atividades, fazendo
regularmente suas contribuições estipuladas (v. 32-39), uma decisão que eles
resumiram da seguinte forma:
Não
negligenciaremos o templo de nosso Deus (v. 39). E triste ler no cap. 13 acerca de como estava a situação
quando Neemias voltou a Jerusalém para a sua segunda
administração, depois de ter se apresentado a Artaxerxes na Babilônia
(13.6); ele descobriu falhas em cada um desses pontos. Estavam ocorrendo novamente
casamentos mistos (13.23-28), o sábado estava sendo profanado (13.15-22) e
o pessoal que servia no templo não estava recebendo o seu necessário
sustento (13.10-13).
O método em que os servos e
as atividades do templo deveriam ser sustentados é detalhado nos v. 32-39. Isso
deveria ocorrer
(a) por
meio do tributo anual ao templo (v. 32,33); a origem desse tributo é
descrita em Ex 30.11-16, antes da construção do templo. Na época,
consistia em meio siclo (“seis gramas”); mas agora a taxa anual tinha se
tornado um terço de siclo (quatro gramas). No NT, era uma taxa
anual de meio siclo (Mt 17.24);
(b) por meio da provisão de lenha (v. 34) para queimar
sobre o altar do Senhor, para que assim o fogo do altar estivesse
constantemente aceso (Lv 6.12); (c) por meio da apresentação aos
sacerdotes dos primeiros frutos de tudo que os judeus possuíam (v.
35-37a) e do pagamento aos sacerdotes de cinco siclos (“sessenta gramas de
prata”; Nm 18.16) pelo resgate de cada primogênito; (d) por meio da
entrega dos dízimos (v. 37b-39), como foi ordenado em Lv 27.30-33.
O dízimo (a décima parte) das colheitas da terra deveria ser levado
aos levitas; depois os levitas deveriam levar um décimo dos dízimos ao
templo de Jerusalém para o sustento dos sacerdotes (cf. Nm 18.25-28).Índice: Neemias 1 Neemias 2 Neemias 3 Neemias 4 Neemias 5 Neemias 6 Neemias 7 Neemias 8 Neemias 9 Neemias 10 Neemias 11 Neemias 12 Neemias 13