Estudo sobre Ester 8

Estudo sobre Ester 8

Estudo sobre Ester 8





Ester 8
III. OS JUDEUS TRIUNFAM (8.1—9.32)
1) Os judeus recebem permissão para se defender (8.1-17)
a) Mardoqueu é promovido (8.1,2)

v. 1. os bens de Hamã: visto que Hamã fora executado como traidor, seus bens foram confiscados pelo rei, que os entregou a Ester. Os seus “bens” incluíam tudo, toda a sua propriedade e riquezas, v. 2. tirou seu anel-selo: Xerxes agora faz de Mardoqueu o seu novo primeiro-ministro, e Ester lhe dá as propriedades de Hamã.

b) Ester intercede pelo seu povo (8.3-8)
v. 3. chorando aos seus pés: Ester não estava prestando homenagem, mas se prostrou em angústia renovada diante do decreto mortal que ainda pendia sobre ela e o seu povo. A situação ainda é muito séria, como demonstram o seu procedimento e palavras, v. 4. estendeu o cetro de ouro: Xerxes não está perdoando Ester, mas encorajando-a. v. 5. Se for do agrado do rei: Ester faz uso das expressões-padrão da corte para iniciar o seu apelo, mas acrescenta um toque feminino por meio de uma frase dela mesma: se posso contar com o seu favor. Ela faz o apelo mais forte que pode e, ainda assim, não tem certeza das intenções do seu excêntrico marido/rei. revogando as cartas que Hamã [...] escreveu: de forma astuta, Ester põe toda a culpa sobre Hamã, assim deixando de lado, de forma conveniente, a responsabilidade do próprio rei Xerxes. v. 7. Consciente da ansiedade de Ester, o rei alista tudo que fez até então por Ester e pelos judeus para, assim, encorajá-la a crer que ele tem uma atitude positiva em relação a ela, seu pedido e seu povo. v. 8. Escrevam-, o original hebraico traz um “vós” (“vocês”) enfático para iniciar a frase, e a tradução literal seria: “Mas vocês, escrevam vocês mesmos    complementado com como melhor lhes parecer.

c) Um novo decreto é escrito e enviado (8.9-14)
v. 9. vigésimo terceiro dia do terceiro mês, o mês de sivã: há um hiato de dois meses e dez dias entre o decreto de Hamã e o de Mardo-queu. Não é dada nenhuma razão para essa espera, e essa razão não pode ser adivinhada agora. v. 10. cavalos velozes-, os detalhes adicionais apresentados aqui acerca dos cavalos servem para destacar a rapidez e confiabilidade do sistema de comunicação do império, v. 11. direito de se reunirem-, a palavra provavelmente se refere não somente ao dia, mas aos preparativos que eram necessários para que os judeus organizassem uma defesa eficiente, direito [...] de se protegerem-, Mardoqueu resolve o problema gerado pelo fato de que o decreto de Hamã não podia ser revogado acrescentando a ele a cláusula que autoriza os judeus a se defenderem e a destruírem todos que os atacarem. de destruir, matar e aniquilar, observe a semelhança com o decreto de Hamã. Estava assim autorizada a retaliação completa e total. A irrevogabilidade do decreto de Hamã torna necessário que Mardoqueu duplique as suas disposições ao contrário, o que inevitavelmente dá a impressão de um decreto muito severo. Quando veio o dia, destaca-se o fato de que os judeus não saquearam os seus inimigos.

d) Os judeus jubilam (8.15-17)
v. 15. E a cidade de Susã exultava de alegria-, isso certamente incluiu muitos gentios, além dos judeus. Talvez, como a queda de muitos tiranos, a de Hamã também foi muito festejada, v. 17./estas: lit. “um bom dia”. Deve ter sido uma festa religiosa para os judeus.