Estudo sobre Deuteronômio 20

Estudo sobre Deuteronômio 20

Estudo sobre Deuteronômio 20 

 
 Deuteronômio 20

12) A guerra santa (20.1-20)
Até a época inicial da monarquia, as operações militares sancionadas por Javé eram consideradas uma obrigação religiosa. (O conceito foi renovado em Cunrã; v. o documento intitulado A guerra dos filhos da luz e dos filhos das trevas.) Com base nas evidências de Deuteronômio, Juízes ele 2Samuel, podemos formar um retrato do procedimento, (a) Javé era consultado (ISm 28.5,19,22,23). (b) Os homens de Israel eram reunidos e “consagrados” (ISm 21.5; 2Sm 11.11; Dt 23.9-14). (c) A vitória era conquistada, não por força militar, mas por meio da ação de Javé ao desmoralizar o inimigo (Jz 7; ISm 13.15ss; 14.6,17; Js 10.10; Jz 4.15; ISm 5.11; 7.10). (d) Os despojos eram sujeitos ao kêrem (v. comentário de 2.34,35) e pertenciam a Javé.
v. 1. Os despreparados soldados hebreus de infantaria não eram páreo para os armamentos do Egito (Êx 14.26-28) e de Canaã (Js 11.4; 17.16; Jz 1.19; 4.3). Mais tarde, adquiriram carros (lRs 4.26), mas confiar nesses carros tornou-se proverbialmente igual a perder a confiança em Javé, que, como todos os outros suseranos, estava comprometido a apoiar e proteger os seus vassalos (Is 30.16; 31.1ss; Os 14.3). v. 2. Sacerdotes, profetas e intérpretes de presságios acompanhavam com regularidade os exércitos no mundo antigo. Pensava-se que o seu papel era muito mais do que somente dar apoio psicológico; eles tinham grande influência sobre o resultado final. Aqui o sacerdote representa a presença de Javé (cf. ISm 18.18; 2Sm 11.11). v. 5-7. Três aspectos devem ser destacados acerca dessas dispensas: (a) Provavelmente estão fundamentadas em tabus antigos que consideravam indivíduos prestes a inaugurar alguma coisa ameaçados por poderes demoníacos. (b) Aqui, elas têm significado humanitário, como muitas coisas nesse livro, (c) O nosso Senhor usou exemplos semelhantes (Lc 14.16-24) para mostrar que nenhuma desculpa isenta os seres humanos de servi-lo. Os oficiais devem ter sido líderes tribais na pré-monarquia (1.15). v. 8. Cf. Jz 7.3. É fácil demais desmoralizar e desanimar o povo de Deus. v. 10-14. Esses termos relativamente brandos (especialmente se comparados com a prática contemporânea) devem ser oferecidos somente a inimigos fora da terra prometida (v. 15). v. 16-18. Acerca do hêrem, v. comentário de 2.34,35. v. 19,20. Não há razão para que Moisés não estivesse familiarizado com a guerra de cerco, visto que era praticada no Egito e em Canaã. Mas a proibição nesses versículos — certamente singular e estranha para os manuais de qualquer exército — representa uma sabedoria ecológica que somente agora estamos entendendo. Mas o argumento usado (v. 19c) não visa à prudência, mas reconhece a dignidade do restante da criação em comparação com o homem.
13) Leis diversas (21.1—25.19)
E difícil reconhecer qualquer padrão nessa seção, embora algumas leis sejam agrupadas (e.g., 21.10-21, questões familiares; 23.1-18, a pureza da comunidade).

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