Estudo sobre Deuteronômio 14

Estudo sobre Deuteronômio 14

Estudo sobre Deuteronômio 14 




Deuteronômio 14

A proibição de rituais de luto pagãos (14.1,2)
A religião em geral inclui o culto aos mortos, mas qualquer coisa desse tipo é proibida para o povo de Deus (“filhos de Javé” é uma expressão única, porém cf. Ex 4.22; Os 11.1). A especulação acerca do significado das cerimônias é interessante mas irrelevante; o ponto é que aqui, como no AT em geral, a atenção está concentrada em servir a Javé nesta vida —    uma atitude muito diferente da de muitas religiões. (Mas v. Is 22.12; Jr 16.6; Ez 7.7).
4) Alimentos puros e impuros (14.3-21)
A importância dessas leis dos alimentos (e suas expansões rabínicas) para a vida dos judeus é bem conhecida. E inútil buscar explicações detalhadas acerca da inclusão ou exclusão de certos animais. Podemos até suspeitar de que haja a tentativa de se evitar o totemismo (o corvo [v.14] era sagrado para alguns clãs árabes); leitores modernos identificam implicações de higiene (v. 8); há evidência de que o v. 21b (repetido em Ex 23.19; 34.26) se refere a um ritual cananeu. Mas os hebreus não devem ter procurado as razões  esses eram os costumes e os tabus divinamente sancionados e inalteráveis preparados para o povo, muitos dos quais já eram observados desde tempos muito antigos. Embora na providência divina alguns tivessem valor higiênico, expressavam e destacavam a singularidade do povo da aliança (v. 2). Eles também eram testemunhas da soberania de Deus sobre cada detalhe da vida diária. Nos dois aspectos, eles ensinam uma lição eterna, v. 21. O sangue permaneceria nesse animal (12.23). Se a higiene tivesse sido a consideração principal, a preocupação pelo estrangeiro residente não teria permitido que o animal lhe fosse oferecido.
5)  Os dízimos (14.22-29)

Não é fácil em hipótese alguma conciliar as diversas leis acerca dos dízimos (v. Lv 27.30-33 e Nm 18.21-32; também Dt 26.1, 15). O leitor pode encontrar um resumo dessa questão em Thompson, p. 179-85. O princípio geral é declarado no v. 22 e complementado no v. 23 (que inclui uma referência aos primeiros frutos), cf. 24-26,27-29. Gn 14.20 e 18.22 mostram que o dízimo era um costume antigo; Gn 41.34 (como também referências extrabíblicas) é um lembrete de que os reis usavam esse meio de tributação. Referências importantes do NT são Lc 18.9-14; ICo 16.2; 2Co 9.7. O princípio da contribuição proporcional não está limitado à antiga aliança, v. 23. E difícil imaginar que todo o dízimo fosse usado dessa forma, mesmo que textos como ISm 9.12; 20.29 estejam relacionados a essa prática, v. 24-26. Para essa provisão, real na época em que estava em vista um santuário central, não há paralelos no AT. v. 27-29. A cada terceiro ano, há provisão especial para os levitas. (Mas, perguntamos, o que acontecia com os sacerdotes no santuário central nesse ano? Ou com os levitas e pobres nos outros dois anos? Será que o terceiro ano não era observado simultaneamente?)


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