Estudo sobre Deuteronômio 13

Estudo sobre Deuteronômio 13

Estudo sobre Deuteronômio 13 


Deuteronômio 13

2) O pecado da idolatria (12.29—13.18)
A adoração a Javé deveria ser diferente da oferecida aos deuses de Canaã (12.29-32). O estímulo à idolatria deveria ser tratado com dureza, não importando se vinha de um profeta (13.6-11) ou de uma comunidade local (13.12-18). v. 30. Embora se possa dizer muito sobre olhar com simpatia e compreensão pata os rituais de outras religiões, o povo de Deus de todas as épocas criou enormes problemas para Sl mesmo e mutilou a sua fé ao incorporar práticas e conceitos estranhos, v. 31. Acerca de sacrifícios de crianças a Moloque, v. Lv 18.21; Jr 7.31 e numerosas referências em 2Reis. Acerca dessa prática em épocas de perigo nacional, cf. 2Rs 3.27. A arqueologia confirma a sua preponderância em Canaã; era fonte de horror para os escritores do AT. v. 32. Cf. 4.2; Ap 22.18,19.
13.1-5. Os sonhos eram considerados meios de revelação (Jr 23.25-32). Mas, mesmo quando eram confirmados por poderes de operar milagres, nenhum oráculo profético deveria ser aceito se resultasse em deslealdade a Javé. Uma resposta posterior à pergunta óbvia acerca da origem do poder de quem operava milagres seria atribuir isso a forças demoníacas; mas aqui o problema é resolvido por meio da referência à soberania exclusiva de Javé, que faz disso um teste (cf. lGo 11.19). A linguagem dos v. 3,4 é típica de Deuteronômio. v. 5. A prescrição da pena capital aqui mostra como é absurdo tratar 5.17 como um argumento simplista contra a pena de morte. A ênfase em purificar a comunidade da infecção corresponde à exigência de Paulo em ICo 5.1-13. Mas há poucas evidências de que a pena de morte tenha sido geralmente aplicada nesse caso e em casos semelhantes (17.12; 19.11-13; 21.18-21; 22.21-24; 24.7), por isso alguns sugerem que a prescrição teve o propósito básico de destacar a gravidade do delito.
v. 6-11. Levando em conta a ênfase bíblica na vida familiar, é surpreendente que a lealdade a Javé tenha prioridade sobre a lealdade à família (cf. Lc 14.26). Mas a solidariedade da família (cf. Js 7) está fundamentada na aliança, v. 9. A responsabilidade de ”jogar a primeira pedra” (v. 17.7) iria desencorajar a acusação infundada e — ao contrário da pena de morte hoje — fazer os “executores” se envolverem pessoalmente na sentença. Cf. Jo 8.7; At 7.58. v. 12-18. A cidade apóstata e infiel deve ser dedicada ao hêrem, como Jericó. Não haverá ganho pessoal algum (v. 17), e a cidade abandonada se tornará um tell (v. 16), uma colina formada pelas ruínas das edificações da cidade. Mas uma investigação judicial tem de ser feita antes (v. 14); as raízes da equidade estão já no AT.

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