Estudo sobre Levítico 18

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Levítico 18

As leis de castidade (18.1-30)
Uma parte considerável do capítulo (v. 6-18) trata das regras de relações sexuais dentro das famílias ampliadas que eram características da sociedade israelita primitiva. v. 3. O Egito e Canaã são mencionados, porém o primeiro de forma incomum nesse contexto. A licenciosidade é muitas vezes denunciada no AT; a menção do Egito é especialmente adequada nos v. 6-18 à luz da prática comum dos faraós de casar dentro dos “limites proibidos”, v. 5. viverá-, cf. Ex 20.12/Dt 30.15-20; Ef 6.2,3. Foi exatamente em virtude do tipo de irregularidades que estão para ser descritas que os cananeus estavam sob o juízo divino (cf. v. 24-28; Gn 15.16). v. 8. a mulher do seu pai pode refletir uma situação de poligamia, como também um caso de novo casamento por parte de um viúvo. v. 9. Cf. Dt 27.22; 2Sm 13.11,12. tenha ela nascido na mesma casa ou em outro lugar é uma expressão incomum que pode abarcar descendentes legítimos e ilegítimos. O v. 11 trata de meias-irmãs, enquanto o v. 9 trata de irmãs em geral. O casamento de Abraão com Sara (cf. Gn 20.12) não teria sido permitido de acordo com esses padrões posteriores. O v. 16 não está em conflito com a instituição do levirato (cf. Gn 38.7-11; Dt 25.5-10; Mt 22.23-28), visto que ele deve se aplicar enquanto o irmão está vivo. v. 18. Novamente, e por definição, a proibição se aplicava ao tempo de vida da mulher. O casamento de Jacó com Lia e Raquel seria uma contravenção dessa lei se tivesse existido naquele tempo (cf. Gn 29.30). O termo Cesposa) rival (ISm 1.6) sinaliza a infelicidade doméstica que deve ter acompanhado a poligamia; essa infelicidade foi institucionalizada no uso do termo. Os v. 19-23 tratam principalmente das relações e dos atos contrários às leis da natureza, v. 21. Cf. 20.1-5. para serem sacrificados', possivelmente ao passá-los pelo fogo como sacrifício a Moloque, Deus dos amonitas (lRs 11.7; v. 2Rs 16.3; 21.6; Jr 7.31 etc.). Não há menção de fogo (nota de rodapé na NVI) no texto hebraico (cf. NTLH: “Nenhum pai deverá entregar o filho ou a filha para servir o deus Moloque”), mas v. 2Rs 23.10 (e corrija Snaith [NCentB] nesse ponto). Talvez a prática envolvesse algum tipo de perversão sexual; de outra forma, é difícil explicar o presente contexto da proibição. Moloque tem as consoantes da raiz semítica para “rei” e as vogais da palavra hebraica para “vergonha”. No AT, há vários exemplos de desaprovação por parte dos escribas expressa na vocalização do texto hebraico originariamente não vocalizado (e.g., o nome Astarote). v. 24ss. Se os israelitas são culpados dos mesmos pecados que arruinaram a civilização cananeia, que se lembrem do que aconteceu a seus predecessores para que a história não se repita (cf. Rm 11.21).

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