Interpretação de Josué 18

Josué 18 continua a distribuição de terras entre as tribos restantes. Josué instrui os representantes de cada tribo a inspecionar a terra e dividi-la em sete porções. Os levitas são lembrados de que não receberão um território específico, pois sua herança é servir ao Senhor. O capítulo destaca a alocação meticulosa e justa de terra para cada tribo, destacando a importância de seguir as instruções de Deus. Josué 18 enfatiza a unidade e a cooperação necessárias entre as tribos ao se estabelecerem na Terra Prometida e solidificarem sua conexão com os territórios designados a eles por Deus.

Josué 18
1) O Tabernáculo Armado em Silo e as Sortes Lançadas Ali. 18:1-10.

Para estabelecer um santuário comum, os israelitas escolheram o local de uma cidade abandonada do período médio da Idade do Bronze, em Efraim, por causa de sua localização central em relação a todas as tribos (Seilun, 16kms a noroeste de Betel, 17,70 kms ao sul de Siquém). O tabernáculo servia como o núcleo da organização anfictiônica de Israel, antes da nação desejar um reino. A cidade devia ter sido intitulada Silo por Josué, por causa do uso messiânico desse titulo em Gn. 49:10, uma vez que a arca, simbolizando a presença de Deus, devia permanecer ali. Enquanto, de um lado, a escolha de Silo e a consequente assembleia da nação ali tenha necessariamente interrompido o processo da distribuição das porções destinadas às últimas sete tribos, estas, por outro lado, foram indolentes em sair e conquistar o remanescente da terra de Canaã. Josué teve de convocar uma comissão de vinte e um homens para uma expedição de reconhecimento, a fim de delinear a terra em sete partes.

2) Território de Benjamim. 18:11-28.
A mão de Deus está evidente no lançamento da sorte para Benjamim. Este pedaço de terra entre os judaítas e joseítas serviu para duas coisas: cumprimento de Dt. 33:12, ao colocar o local definitivo do templo no território de Benjamim, e garantiu um laço de união a Israel, fazendo de Benjamim o elo de ligação entre os dois grupos tribais mais poderosos e naturalmente rivais. José e Benjamim eram filhos da mesma mãe, e as tribos de Raque( marcharam juntas desde o Sinai (Nm. 10:22-24); enquanto que foi Judá que se ofereceu como refém em lugar de Benjamim (Gn. 43:8, 9; 44:18-34).

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