Panorama do Livro de Naum

Panorama do Livro de Naum

Panorama do Livro de Naum

A pronúncia de Yahweh contra Nínive (1:1-15)

“Yahweh é um Deus que exige devoção exclusiva e que toma vingança.” Com estas palavras o profeta estabelece o cenário para a “pronúncia contra Nínive”. (1:1, 2) Embora Yahweh seja vagaroso em irar-se, observe-o agora expressar vingança por meio de vento e tempestade. Os montes tremem, os morros se derretem e a terra se subleva. Quem pode ficar de pé diante do ardor de sua ira? Não obstante, Yahweh é um baluarte para os que se refugiam nele. Mas Nínive está condenada. Será exterminada por uma inundação, e “a aflição não se levantará pela segunda vez”. (1:9) Yahweh apagará o nome dela e o de seus deuses. Ele a enterrará. Em animador contraste, há boas novas para Judá! Quais são elas? Um anunciador de paz os insta a celebrar as suas festividades e pagar os seus votos, pois o inimigo, o “imprestável”, está condenado. “Certamente será decepado na sua inteireza.” — 1:15.

Previsão da destruição de Nínive (2:1-3:19)

Naum lança um desafio escarnecedor a Nínive para que se reforce contra um vindouro dispersador. Yahweh reajuntará os seus, ‘o orgulho de Jacó e de Israel’. Veja o escudo e a roupa carmesim de seus homens de energia vital e os fulgurosos apetrechos de ferro de Seu ‘carro de guerra no dia de sua preparação’! Os carros de guerra ‘andam como doidos’ pelas ruas, correndo como relâmpagos. (2:2-4) Obtemos agora uma visão profética da batalha. Os ninivitas tropeçam e apressam-se a defender a muralha, mas em vão. Os portões do rio se abrem, o palácio se dissolve e as escravas gemem e batem sobre os seus corações. Aos homens que fogem ordena-se que parem, mas, nenhum deles se vira. A cidade é saqueada e devastada. Corações se derretem. Onde está agora esta guarida de leões? O leão encheu sua caverna de presa para seus filhotes, mas Yahweh declara: “Eis que sou contra ti.” (2:13) Sim, Yahweh queimará totalmente a máquina de guerra de Nínive, enviará uma espada para devorar seus leões novos e decepar da terra a sua presa.

“Ai da cidade de derramamento de sangue . . . cheia de impostura e de roubo.” Ouça o estalo do chicote e o sacolejo da roda. Veja o cavalo galopante, o carro saltante, o cavaleiro montado, a chama da espada e o raio da lança — e daí, a pesada massa de cadáveres. “Não há fim de corpos mortos.” (3:1, 3) E por quê? Porque ela enlaçou nações com as suas prostituições e famílias com as suas feitiçarias. Uma segunda vez, Yahweh declara: “Eis que sou contra ti”. (3:5) Nínive será exposta como adúltera e será despojada, seu destino não sendo melhor do que o de Nô-Amom (Tebas), a quem a Assíria levou ao cativeiro. As suas fortalezas são como figos maduros, “que, quando sacudidos, certamente cairão na boca de quem come”. (3:12) Seus guerreiros são como mulheres. Nada pode salvar a Nínive do fogo e da espada. Seus vigilantes fugirão como enxame de gafanhotos num dia ensolarado, e seu povo será espalhado. O rei da Assíria saberá que não há alívio, nem cura para esta catástrofe. Todos os que ouvirem a notícia baterão palmas, pois todos têm sofrido por causa da maldade da Assíria.