Panorama do Livro de Joel

Panorama do Livro de Joel

Panorama do Livro de Joel

Invasão de insetos desnuda o país; aproxima-se o dia de Yahweh (1:1-2:11). Que terrível visão de calamidade tem Joel! Um ataque devastador da lagarta, do gafanhoto, da larva do gafanhoto e da barata. As videiras e as figueiras ficaram desnudas, e a fome ronda o país. Não há ofertas de cereais nem de bebidas para a casa de Yahweh. Joel adverte aos sacerdotes e aos ministros de Deus que se arrependam. “Ai do dia”, clama ele, “porque está próximo o dia de Yahweh, e ele virá como assolação da parte do Todo-poderoso!” (1:15) Os animais vagueiam em confusão. As chamas chamuscaram os pastos e as árvores, e o ermo ficou ressequido pelo fogo.

Dê-se o alarme! “Tocai a buzina em Sião e dai um grito de guerra no meu santo monte.” (2:1) O dia de Yahweh está perto, um dia de escuridão e de densas trevas. Eis um povo numeroso e poderoso! Transforma em ermo desolado a terra que era semelhante ao Éden. Nada escapa. Correm como cavalos e com estrondo semelhante ao de carros de guerra nos cumes dos montes. Como povo em ordem de batalha, invadem a cidade, subindo nas muralhas e nas casas e entrando pelas janelas. A terra se agita, e os céus tremem. Yahweh está no comando desta numerosa força militar. “O dia de Yahweh é grande e muito atemorizante, e quem poderá resistir nele?” — 2:11.

Voltem a Yahweh; será derramado o espírito (2:12-32). Mas, pode-se fazer algo para conter a invasão. Yahweh aconselha: “Retornai a mim de todo o vosso coração, . . . rasgai os vossos corações e não as vossas vestes; e retornai a Yahweh, vosso Deus.” (2:12, 13) Um toque de buzina convoca o povo para uma assembléia solene. Se retornarem a ele, “Yahweh será zeloso para com a sua terra e se compadecerá de seu povo”. (2:18) Haverá bênçãos e perdão, e o invasor será rechaçado. Em vez de ser tempo de temor, é tempo de ficar jubiloso e alegre, pois haverá frutos, cereais, vinho novo e azeite. Yahweh compensará os anos em que a sua grande força militar de gafanhotos comeu. A sua promessa é: “Certamente comereis, comendo e fartando-vos, e forçosamente louvareis o nome de Yahweh, vosso Deus, que agiu convosco tão maravilhosamente.” (2:26) Saberão que só Yahweh é o seu Deus no meio de Israel.

“E depois terá de acontecer que derramarei meu espírito sobre toda sorte de carne”, diz Yahweh, “e vossos filhos e vossas filhas certamente profetizarão. Quanto aos vossos homens idosos, terão sonhos. Quanto aos vossos jovens, terão visões. E até mesmo sobre os servos e sobre as servas derramarei naqueles dias meu espírito”. Haverá aterrorizantes portentos no sol e na lua antes da vinda do dia de Yahweh. Contudo, alguns sobreviverão. “Terá de acontecer que todo aquele que invocar o nome de Yahweh salvar-se-á.” — 2:28-32.

As nações serão julgadas na “baixada de Jeosafá” (3:1-21). Yahweh trará de volta os cativos de Judá e Jerusalém. As nações serão ajuntadas; Tiro, Sídon e Filístia pagarão caro por terem vituperado e escravizado o povo de Yahweh. Ouça Yahweh desafiar as nações: “Santificai a guerra! Despertai os poderosos! Aproximem-se eles! Subam todos os homens de guerra!” (3:9) Que forjem espadas de suas relhas de arado e subam à baixada de Jeosafá (que significa “Yahweh É Juiz”)! Soa a ordem de Yahweh: “Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. . . . Os tanques de lagar estão realmente transbordando; porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de gente, massas de gente estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia de Yahweh.” (3:13, 14) O sol e a lua escurecem. Yahweh brame de Sião, fazendo tremer céu e terra, mas ele se mostra refúgio e baluarte para seu próprio povo. Terão de saber que ele é Yahweh, seu Deus.

Que fartura paradísica se verá “naquele dia”! (3:18) Os montes gotejarão vinho, os morros manarão leite e os regos correrão com água abundante. Da casa de Yahweh procederá um manancial refrescante. O Egito e Edom, que derramaram sangue inocente em Judá, tornar-se-ão baldios desolados, mas Judá e Jerusalém serão habitadas por tempo indefinido, “e Yahweh estará residindo em Sião”. — 3:21.