Panorama do Livro de Jó

Panorama do Livro de Jó

Panorama do Livro de Jó

Prólogo do livro de Jó (1:1-5)

Este nos apresenta Jó, homem ‘inculpe e reto, que teme a Deus e desvia-se do mal’. Jó é feliz, tendo sete filhos e três filhas. É um proprietário de terras rico em sentido material, possuindo numerosos rebanhos e manadas. Tem muitos servos e é “o maior de todos os orientais”. (1:1, 3) Todavia, não é materialista, pois não se fia em seus bens materiais. É também rico em sentido espiritual, rico em boas obras, sempre disposto a ajudar alguém aflito ou angustiado, ou a dar uma vestimenta a alguém necessitado. (29:12-16; 31:19, 20) Todos o respeitam. Jó adora o verdadeiro Deus, Yahweh. Recusa-se a prostrar-se diante do sol, da lua e das estrelas, como fazem as nações pagãs, mas é fiel a Yahweh, mantendo a integridade a seu Deus e desfrutando uma relação íntima com Ele. (29:7, 21-25; 31:26, 27; 29:4) Jó serve qual sacerdote para sua família, oferecendo regularmente sacrifícios queimados, para o caso de terem pecado.

Satanás desafia a Deus (1:6-2:13)

Abre-se de modo maravilhoso a cortina da invisibilidade, de modo que podemos visualizar coisas celestiais. Yahweh é visto presidindo uma assembléia dos filhos de Deus. Satanás também comparece. Yahweh traz à atenção seu fiel servo Jó, mas Satanás desafia a integridade de Jó, acusando Jó de servir a Deus por causa dos benefícios materiais recebidos. Se Deus permitir que Satanás lhe tire tais coisas, Jó se desviará da sua integridade. Yahweh aceita o desafio, com a restrição de que Satanás não toque no próprio Jó.

Muitas calamidades começam a sobrevir ao insuspeitoso Jó. Ataques-surpresa dos sabeus e dos caldeus levam suas grandes riquezas. Uma tempestade mata seus filhos e suas filhas. Esta prova severa fracassa em fazer com que Jó amaldiçoe a Deus ou se desvie dele. Em vez disso, ele diz: “Continue a ser abençoado o nome de Yahweh.” (1:21) Satanás, derrotado e provado mentiroso nesta questão, comparece outra vez perante Yahweh e acusa: “Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela sua alma.” (2:4) Satanás afirma que, se lhe fosse permitido tocar no corpo de Jó, poderia fazer com que Jó amaldiçoasse a Deus na sua face. Com a permissão de fazer tudo menos tirar a vida de Jó, Satanás fere Jó com uma terrível doença. Sua carne fica “revestida de gusanos e de pó encrostado”, e seu corpo e seu hálito tornam-se fedorentos para sua esposa e seus parentes. (7:5; 19:13-20) Como indício de que Jó não violou sua integridade, a esposa insta com ele: “Ainda te aferras à tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre!” Jó a censura e não ‘peca com os seus lábios’. — 2:9, 10.

Satanás suscita então três companheiros, que vêm ‘consolar’ a Jó. São Elifaz, Bildade e Zofar. De longe, não reconhecem a Jó, mas então passam a erguer a voz e a chorar e a lançar pó sobre a cabeça. A seguir, sentam-se diante dele em terra sem falar uma palavra sequer. Após sete dias e sete noites de tal ‘consolo’ silencioso, Jó finalmente rompe o silêncio ao iniciar um longo debate com seus pretensos consoladores. — 2:11.

O debate: primeira fase (3:1-14:22)
Deste ponto em diante, o drama se desenrola em sublime poesia hebraica. Jó amaldiçoa o dia do seu nascimento e se pergunta por que Deus permite que ele continue vivendo.

Em resposta, Elifaz acusa Jó de falta de integridade. Os retos nunca pereceram, afirma. Lembra uma visão noturna em que uma voz lhe disse que Deus não tem fé nos seus servos, especialmente nos que são de mero barro, o pó da terra. Indica que o sofrimento de Jó é uma disciplina da parte do Deus Todo-poderoso.

Jó replica vigorosamente a Elifaz. Lamenta-se como qualquer criatura perseguida e angustiada se lamentaria. A morte seria um alívio. Censura seus companheiros por tramarem contra ele e protesta: “Instruí-me, e eu, da minha parte, ficarei calado; e fazei-me entender que engano cometi.” (6:24) Jó contende pela sua própria justiça perante Deus, “o Observador da humanidade”. — 7:20.

Bildade externa então seu argumento, dando a entender que os filhos de Jó pecaram e que o próprio Jó não é reto, do contrário seria ouvido por Deus. Instrui Jó a olhar para as gerações anteriores e para as coisas esquadrinhadas por seus antepassados como orientação.

Jó replica, sustentando que Deus não é injusto. Tampouco precisa Deus prestar contas ao homem, pois Ele está “fazendo grandes coisas inescrutáveis, e inúmeras coisas maravilhosas”. (9:10) Jó não pode ganhar de Yahweh como seu adversário em juízo. Pode apenas implorar o favor de Deus. Não obstante, há algum proveito em procurar fazer o que é correto? “Ao inculpe, também ao iníquo, ele leva ao seu fim.” (9:22) Não há julgamento justo na terra. Jó teme perder a causa mesmo com Deus. Necessita de um mediador. Pergunta por que está sendo julgado e implora a Deus que se lembre de que ele é feito “de barro”. (10:9) Aprecia as benevolências que Deus lhe demonstrou no passado, mas diz que Deus só ficará mais agastado se ele argumentar, embora esteja certo. Se tão-somente pudesse expirar!

Zofar entra então no debate. Na realidade, ele diz: Somos por acaso crianças para ouvir conversa vã? Você afirma ser realmente puro, mas se Deus tão-somente falasse, revelaria a sua culpa. Pergunta a Jó: “Acaso podes descobrir as coisas profundas de Deus?” (11:7) Aconselha Jó a largar as práticas nocivas, pois advirão bênçãos aos que assim fizerem, ao passo que “falharão os próprios olhos dos iníquos”. — 11:20.

Jó clama com forte sarcasmo: “De fato, vós sois o povo, e a sabedoria morrerá convosco!” (12:2) Ele pode ser objeto de riso, mas não é inferior. Se seus companheiros olhassem para as criações de Deus, até mesmo elas lhes ensinariam algo. Força e sabedoria prática pertencem a Deus, que controla todas as coisas, até “fazendo as nações tornar-se grandes, para as destruir”. (12:23) Jó se deleita em argumentar sua causa com Deus, mas, quanto aos seus três “consoladores” — “vós sois homens que besuntam com falsidade; todos vós sois médicos sem valor algum”. (13:4) Seria sábio da parte deles manter-se calados! Expressa confiança na retidão de sua causa e invoca a Deus para que o ouça. Passa à idéia de que “o homem, nascido de mulher, é de vida curta e está empanturrado de agitação”. (14:1) O homem passa logo, como a flor ou a sombra. Não se pode produzir alguém puro de alguém impuro. Ao orar para que Deus o esconda em secreto no Seol até que Sua ira se recue, Jó pergunta: “Morrendo o varão vigoroso, pode ele viver novamente?” Em resposta, expressa forte esperança: ‘Esperarei até vir a minha substituição.’ — 14:13, 14.

O debate: segunda fase (15:1-21:34)

Ao iniciar o segundo debate, Elifaz zomba do conhecimento de Jó, dizendo que este ‘encheu seu ventre com o vento oriental’. (15:2) Novamente, desacredita a afirmação de Jó de ser íntegro, sustentando que nem o homem mortal, nem os santos nos céus podem reter fé aos olhos de Yahweh. Acusa indiretamente a Jó de procurar mostrar-se superior a Deus e de praticar apostasia, suborno e engano.

Jó retruca que seus companheiros são ‘consoladores funestos, com palavras ventosas’. (16:2, 3) Se estivessem no seu lugar, ele não os insultaria. Deseja muito ser justificado, e olha para Yahweh, que tem seu registro e decidirá sua causa. Jó não encontra sabedoria nos seus companheiros. Tiram-lhe toda a esperança. O “consolo” deles é como dizer que a noite é dia. A única esperança é ‘descer ao Seol’. — 17:15, 16.

A discussão fica acalorada. Bildade está agora ressentido, pois acha que Jó comparou seus amigos a animais sem entendimento. Pergunta a Jó: ‘Será abandonada a terra por tua causa?’ (18:4) Adverte que Jó cairá num terrível laço, como exemplo para outros. Jó não terá descendência que viva após ele.

Jó responde: “Até quando ficareis irritando a minha alma e esmigalhando-me com palavras?” (19:2) Perdeu a família e os amigos, a esposa e os de sua casa se afastaram dele, e ele próprio escapou só ‘com a pele dos seus dentes’. (19:20) Confia no aparecimento de um redentor para resolver a questão em seu favor, para que finalmente ‘observe a Deus’. — 19:25, 26.

Zofar, igual a Bildade, fica ressentido por ter de ouvir a “exortação insultante” de Jó. (20:3) Repete que os pecados de Jó lhe trouxeram retribuição. Os iníquos sempre recebem o castigo de Deus, e não têm descanso, diz Zofar, mesmo enquanto gozam de prosperidade.

Jó replica com um argumento fulminante: Se Deus sempre castiga assim os iníquos, por que é que os iníquos continuam vivendo, envelhecem, e se tornam superiores em riquezas? Passam seus dias desfrutando a vida. Quantas vezes lhes sobrevém a calamidade? Mostra que o rico e o pobre morrem da mesma forma. De fato, o iníquo com freqüência morre “despreocupado e tranqüilo”, ao passo que o justo talvez morra “com alma amargurada”. — 21:23, 25.

O debate: terceira fase (22:1-25:6)

Elifaz volta a atacar ferozmente, zombando da afirmação de Jó de ser inculpe diante do Todo-poderoso. Levanta calúnia mentirosa contra Jó, declarando que este é mau, explorou os pobres, negou pão ao faminto e maltratou viúvas e órfãos de pai. Elifaz diz que a vida particular de Jó não é tão pura como afirma e que isso explica a situação calamitosa de Jó. Mas, “se retornares ao Todo-poderoso”, entoa Elifaz, “ele te ouvirá”. — 22:23, 27.

Jó, em resposta, refuta a ultrajante acusação de Elifaz dizendo que deseja uma audiência perante Deus, o qual está ciente do seu proceder justo. Há aqueles que oprimem os órfãos de pai, as viúvas e os pobres, e que cometem homicídio, roubo e adultério. Talvez pareçam prosperar por algum tempo, mas receberão sua recompensa. Serão reduzidos a nada. “Por conseguinte, quem me fará de mentiroso?”, desafia Jó. — 24:25.

Bildade redargúi brevemente a isto, sustentando seu argumento de que nenhum homem pode ser puro perante Deus. Zofar deixa de participar nesta terceira fase. Não tem nada a dizer.

O argumento concludente de Jó (26:1- 31:40)

Numa dissertação final, Jó silencia completamente seus companheiros. (32:12, 15, 16) Com grande sarcasmo, diz: “Oh! de quanta ajuda foste àquele que não tem poder! . . . Quanto aconselhaste aquele que não tem sabedoria!” (26:2, 3) Nada, porém, nem mesmo o Seol, pode encobrir algo da vista de Deus. Jó descreve a sabedoria de Deus no espaço sideral, na terra, nas nuvens, no mar e no vento — os quais o homem tem visto. Estes são apenas as beiradas dos caminhos do Todo-poderoso. Mal chegam a ser um sussurro da grandeza do Todo-poderoso.

Convencido de sua inocência, declara: “Até eu expirar não removerei de mim a minha integridade!” (27:5) Não, Jó não fez nada para merecer o que lhe sobreveio. Contrário às acusações deles, Deus recompensará a integridade, cuidando de que as coisas armazenadas pelos iníquos na sua prosperidade sejam herdadas pelos justos.

O homem sabe donde vêm os tesouros da terra (prata, ouro, cobre), “mas a própria sabedoria — donde vem”? (28:20) Ele a tem procurado entre os viventes; vasculhou o mar; não pode ser comprada com ouro ou prata. Deus é aquele que entende a sabedoria. Ele enxerga até as extremidades da terra e dos céus, proporciona o vento e as águas, e controla a chuva e a nuvem de temporal. Jó conclui: “Eis o temor de Yahweh — isso é sabedoria, e desviar-se do mal é compreensão.” — 28:28.

O angustiado Jó apresenta, a seguir, a história de sua vida. Deseja ser restabelecido à sua anterior posição achegada com Deus, quando era respeitado até mesmo pelos líderes da cidade. Socorria os afligidos e servia de olhos para os cegos. Seu conselho era bom, e as pessoas esperavam suas palavras. Mas, agora, em vez de ter uma posição honrosa, é escarnecido até mesmo pelos mais jovens, cujos pais nem eram dignos de estar com os cães do seu rebanho. Cospem nele e se lhe opõem. Agora, na sua maior aflição, não lhe dão descanso.

Jó descreve a si mesmo como homem dedicado, e pede para ser julgado por Yahweh. “Ele me pesará em balança exata, e Deus chegará a saber a minha integridade.” (31:6) Jó defende suas ações no passado. Não foi adúltero, nem tramou contra outros. Não negligenciou a ajuda aos necessitados. Embora fosse rico, não confiava nas riquezas materiais. Não adorou o sol, a lua e as estrelas, pois “isto também seria um erro a receber a atenção dos magistrados, pois eu teria renegado o verdadeiro Deus de cima”. (31:28) Jó convida seu adversário em juízo a levantar acusações contra o registro verídico da sua vida.

Eliú fala (32:1-37:24)

Nesse ínterim, Eliú, descendente de Buz, filho de Naor, e, por conseguinte, parente distante de Abraão, estava escutando o debate. Esperou porque achava que os de mais idade teriam maior conhecimento. Entretanto, não é a idade, mas o espírito de Deus que dá entendimento. A ira de Eliú se acende contra Jó, por este “declarar justa a sua própria alma em vez de a Deus”, mas fica ainda mais irado com os três companheiros de Jó, por sua deplorável falta de sabedoria ao pronunciarem Deus iníquo. Eliú fica “cheio de palavras”, e o espírito de Deus o compele a dar vazão a elas, mas sem parcialidade e sem ‘dar títulos ao homem terreno’. — Jó 32:2, 3, 18-22; Gên. 22:20, 21.

Eliú fala com sinceridade, reconhecendo a Deus como seu Criador. Salienta que Jó tem estado mais preocupado com sua própria vindicação do que com a de Deus. Não era necessário Deus responder a todas as palavras de Jó, como se precisasse justificar suas ações, não obstante, Jó havia contendido com Deus. Entretanto, ao passo que a alma de Jó se aproxima da morte, Deus o favorece com um mensageiro, dizendo: “Isenta-o de descer à cova! Achei um resgate! Torne-se a sua carne mais fresca do que na infância; volte ele aos dias do seu vigor juvenil.” (Jó 33:24, 25) Os justos serão restabelecidos!

Eliú convoca os sábios a ouvir. Censura a Jó por dizer que não há proveito em manter a integridade: “Longe está do verdadeiro Deus agir iniquamente, e do Todo-poderoso agir injustamente! Pois é segundo a atuação do homem terreno que ele o recompensará.” (34:10, 11) Ele pode remover o fôlego de vida, e toda carne expirará. Deus julga sem parcialidade. Jó tem destacado demais sua própria justiça. Tem sido precipitado, não deliberadamente, mas “sem conhecimento”; e Deus tem sido longânime com ele. (34:35) Há mais coisas que precisam ser ditas para a vindicação de Deus. Deus não tirará seus olhos dos justos, mas os repreenderá. “Não preservará vivo a alguém iníquo, mas dará o julgamento dos atribulados.” (36:6) Visto que Deus é o Instrutor supremo, Jó devia magnificar Sua atividade.

Numa atmosfera de inspirar temor, de uma tempestade em formação, Eliú fala das grandes coisas feitas por Deus e de Seu controle sobre as forças naturais. A Jó ele diz: “Fica parado e mostra-te atento às obras maravilhosas de Deus.” (37:14) Considere o esplendor dourado de Deus e a dignidade dele, que inspira temor, muito além do escrutínio humano. “Ele é sublime em poder, e não depreciará o juízo e a abundância da justiça.” Sim, Yahweh considerará aqueles que o temem, não os que são “sábios no seu próprio coração”. — 37:23, 24.

Yahweh responde a Jó (38:1-42:6)

Jó havia pedido que Deus falasse com ele. Agora Yahweh responde majestosamente de dentro do vendaval. Propõe a Jó uma série de perguntas que são em si mesmas uma lição objetiva da pequenez do homem e da grandeza de Deus. “Onde vieste a estar quando fundei a terra? . . . Quem lançou a sua pedra angular, quando as estrelas da manhã juntas gritavam de júbilo e todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso?” (38:4, 6, 7) Isso foi muito antes do tempo de Jó! Suscitam-se perguntas, uma após a outra, e Jó não consegue responder a elas, ao passo que Yahweh aponta para o mar da terra, sua vestimenta de nuvens, a alva, os portões da morte, e a luz e a escuridão. “Acaso o sabes porque nasceste naquele tempo, e porque os teus dias são muitos em número?” (38:21) E que dizer dos depósitos de neve e de saraiva, o temporal e a chuva e as gotas de orvalho, o gelo e a geada, as poderosas constelações celestes, os relâmpagos e as camadas de nuvens, os animais e as aves?

Jó admite humildemente: “Eis que me tornei de pouca importância. Que te replicarei? Pus a minha mão sobre a boca.” (40:4) Yahweh ordena Jó a enfrentar a questão. Propõe mais uma série de perguntas desafiadoras que exaltam Sua dignidade, superioridade e força, conforme evidenciadas em suas criações naturais. Até mesmo o beemote e o leviatã são muito mais poderosos do que Jó! Completamente humilhado, Jó admite que seu ponto de vista era errado, e que falou sem conhecimento. Vendo agora a Deus, não por ouvir falar dele, mas com entendimento, retrata-se e arrepende-se “em pó e cinzas”. — 42:6.

O julgamento e a bênção de Yahweh (42:7-17)

A seguir, Yahweh acusa Elifaz e seus dois companheiros de não terem falado coisas verídicas sobre Ele. Precisam providenciar sacrifícios e é preciso que Jó ore por eles. Depois disso, Yahweh reverte a condição cativa de Jó, abençoando-o com o dobro do que tinha. Seus irmãos, suas irmãs e seus anteriores amigos retornam a ele com presentes, e ele é abençoado com o dobro do que possuía antes em matéria de ovelhas, camelos, gado e jumentas. Tem novamente dez filhos, sendo suas três filhas as mais belas mulheres de todo o país. Sua vida é milagrosamente prolongada em 140 anos, de modo que chega a ver quatro gerações da sua descendência. Morre “velho e saciado de dias”. — 42:17.