Interpretação de Gênesis 49

Gênesis 49

Gênesis 49 contém as bênçãos e profecias de Jacó sobre seus doze filhos, os patriarcas das doze tribos de Israel. Estas bênçãos e profecias fornecem uma visão sobre o futuro das tribos e o seu papel na história de Israel. Aqui está uma interpretação de Gênesis 49:

1. As palavras finais de Jacó: Gênesis 49 começa com Jacó, também conhecido como Israel, reunindo seus filhos para entregar suas palavras finais e bênçãos sobre eles. As bênçãos e profecias de Jacó têm grande significado porque moldam o destino das doze tribos de Israel.

2. Rúben: Jacó começa com Rúben, seu primogênito, mas sua bênção é temperada com uma repreensão. Jacó reconhece a posição inicial de força de Reuben, mas o repreende por seu comportamento impulsivo, principalmente por contaminar a cama de seu pai. Como resultado, a herança de Rúben é diminuída, simbolizando as consequências de suas ações.

3. Simeão e Levi: Jacó repreende Simeão e Levi pelas suas ações violentas e impulsivas, particularmente pelo seu papel no massacre dos Siquemitas. Ele prevê que eles serão espalhados entre as outras tribos e não receberão uma porção distinta de terra.

4. Judá: A bênção de Jacó para Judá é uma das mais significativas neste capítulo. Ele prediz que Judá será governante e líder entre seus irmãos, e que o cetro não se afastará de Judá, indicando que reis virão da tribo de Judá. Esta profecia aponta para o futuro reinado de David e do Messias, Jesus Cristo, que é descrito como o Leão da Tribo de Judá no Novo Testamento.

5. Zebulom e Issacar: Jacó abençoa Zebulom e Issacar, prevendo seus papéis no comércio e como trabalhadores. Estas bênçãos refletem as características e atributos vocacionais destas tribos.

6. Dã: A profecia de Jacó para Dã é enigmática, sugerindo que Dã servirá como juiz para seu povo, mas também será uma serpente à beira da estrada que morde os calcanhares do cavalo. Isto pode ser uma referência a conflitos futuros envolvendo a tribo de Dã.

7. Gade, Aser e Naftali: As bênçãos de Jacó para Gade, Aser e Naftali falam de seus papéis como guerreiros e provedores, enfatizando sua força e as bênçãos de Deus.

8. José: José recebe uma bênção longa e favorável, destacando sua fecundidade e a proteção de Deus. Jacó abençoa os dois filhos de José, Efraim e Manassés, elevando-os à condição de seus próprios filhos e reconhecendo a reversão do direito de primogenitura.

9. Benjamim: A bênção de Jacó para Benjamim fala de sua força e capacidade de conquista, talvez aludindo ao território que Benjamim acabaria por habitar e ao seu significado histórico.

10. Bênçãos e Profecias Futuras: As bênçãos e profecias em Gênesis 49 prenunciam os papéis e características futuras das tribos de Israel. Eles proporcionam um vislumbre da complexa interação dos destinos individuais e coletivos no âmbito da aliança de Deus com Israel.

Em resumo, Gênesis 49 é um capítulo de bênçãos e profecias que moldam o destino das doze tribos de Israel. As palavras de Jacó revelam os pontos fortes, fracos e os papéis futuros de cada tribo, fornecendo uma base para o desenvolvimento histórico da nação de Israel. Estas profecias também apontam para o cumprimento final das promessas da aliança de Deus através do Messias, que viria da tribo de Judá.

Interpretação

49:1, 2. Chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos... e ouvi. Em suas palavras de despedida a seus filhos, Jacó elevou-se à estatura incomum do profeta que fala em linguagem poética de inspiração. Ele convocou cada filho por sua vez, à beira de sua cama, para ouvir suas palavras de bênção, de censura, ou de maldição. Em cada caso ele destacou alguma característica notável do caráter, avaliando o homem e o seu grupo familiar. As palavras de Jacó constituíram uma predição dos futuros acontecimentos com base no conhecimento que o pai tinha do caráter de cada filho. Os homens compreenderam os pronunciamentos solenes de seu pai como predições significativas e determinantes.

49:3, 4 Rúben, o primogênito de Lia, destacava-se entre seus irmãos. Mas ele perdeu seus direitos naturais. Seu lugar de primogênito favorecido foi dado a José. Seus privilégios de sacerdote seriam passados a Levi. Seu direito de ser o chefe das tribos de Israel, isto é, seus direitos reais, seriam de Judá. Assim Rúben, dotado de dignidade, direitos de primogenitura e superioridade natural, perderia o direito a todo e qualquer lugar de poder e influência por causa da instabilidade do seu caráter. Seu indescritível pecado com Bila deu evidência de uma fraqueza moral que significa ruína. Suas paixões incontroladas (impetuoso como a água) foram descritas na expressão hebraica, “água sem repressão jorrando em torrente espumante” (v. 4). Embora capaz de sonhos, planos e boas intenções, não se podia contar com ele para a realização dos mesmo.

49:5-7 Simeão e Levi, o segundo e o terceiro filho de Jacó com Lia, eram irmãos na violência. O velho pai não poderia jamais esquecer o cruel massacre dos siquemitas. Naquele dia revelaram seu verdadeiro caráter, pois violentamente atacaram e destruíram homens que eles desarmaram por meio da estratégia e fraude. Naquela ocasião foram censurados por seu pai. Agora, ao lado do seu leito de morte, tiveram de ouvir as cortantes palavras de sua maldição: Dividi-los-ei em Jacó, e os espalharei em Israel (v. 7b). Não teriam território que pudessem chamar de seu, mas seriam dispersos entre as outras tribos. Em Canaã esta maldição foi cumprida: os simeonitas foram engolidos pela tribo de Judá; e os levitas não receberam nenhum território, pois serviram como ministros do santuário e mestres de Israel.

49:8-10 Judá, o quarto filho de Jacó com Lia, recebeu o primeiro inqualificável louvor do velho patriarca. Levava sobre si a esperança de Israel. Não tendo o direito da primogenitura, nem dignidade excepcional, ou poderes espirituais, sobressairia como o poderoso líder de um povo, que entusiasticamente haveria de admirá-lo e louvá-lo. (Judá significa louvor.) Seria temido pelos seus inimigos, pois como um leão os perseguiria sem descanso até que a vitória fosse sua. Então, tendo completado sua missão, retornaria à fortaleza de suas montanhas para descansar na segurança de uma fortaleza que ninguém poderia invadir. Apoderar-se-ia do cetro ou bastão que simbolizaria seu inteiro domínio no papel de guerreiro, rei e juiz. Qualquer nação seria feliz, segura e honrada com Judá como chefe e protetor.

49:11, 12 Paz, abundância e prosperidade prevaleceriam na terra de Judá. As vinhas seriam tão viçosas e as uvas tão abundantes que o cavaleiro conquistador poderia amarrar as rédeas do seu cavalo nos grandes ramos e desfrutar de seus frutos suculentos. O vinho seria tão abundante que os homens poderiam lavar suas roupas nele, se assim o quisessem. Uvas excelentes forneceriam o mais fino sustento. Os olhos de Judá não ficariam vermelhos com excesso de bebida (cintilantes de vinho, v. 12), mas “brilhantes de prosperidade” (NBC) e seus dentes seriam “mais brancos do que o leite” (brancos de leite). Isto é, a terra de Judá seria divinamente abençoada.

A frase, até que venha Siló, foi pronunciada por Jacó no meio do quadro profético referente ao lugar de Judá no plano de Deus. Para nós, o fulgor incomum de sua predição está grandemente realçado pelo fato de que desde os tempos antigos tem sido considerada como mensagem messiânica. O hebraico poderia ser traduzido, até que venha Siló, ou até que venha aquele a quem ele pertence. Em ambas as traduções a referência deve ser, primeiramente, a Judá, mas em última análise o Messias é Aquele que deve vir. Em outras palavras, a soberania jamais se apartará de Judá, até que venha Aquele que tem o direito de reinar.

A predição, até que venha aquele de quem é o direito, foi repetido em Ez. 21:27. Se esta interpretação está correta, então as palavras de Jacó aqui constituem uma das mais antigas profecias messiânicas. O que Jacó podia ver era um quadro claro da herança de Judá. Mas a realização completa dos propósitos divinos não seriam desfrutados até que o governante ideal, o Messias, demonstrasse soberania perfeita. Felizmente, o V.T. apresenta uma linha distinta de profecias – começando com Gn. 3:15 e continuando através dos Salmos e Profetas referentes à vinda do Messias para reinar como Rei dos reis. Jacó viu Judá como o pai da tribo real que exerceria poder e liderança sobre todas as outras. Através de catástrofes e tempos difíceis, Deus providenciaria que o cetro continuasse na tribo de Judá até que viesse o governador ideal, o Messias.

49:13 Zebulom, o sexto filho de Jacó com Lia, seria colocado em um lugar onde seriam possíveis a atividade comercial e a prosperidade. Isto pode significar que a tribo de Zebulom receberia um território ao longo da costa. Ou, pode significar que a prosperidade seria a herança dos descendentes de Zebulom, por causa de sua proximidade com os fenícios que tinham acesso ilimitado às rotas do comércio. Jacó menciona Sidom como fazendo parte deles. É possível também que a predição de Jacó não fosse inteiramente realizada quando da divisão final da terra. No cântico de Débora (Jz. 5) o povo de Zebulom foi sinceramente elogiado por sua valorosa atitude contra Sísera e seu exército.

49:14, 15 Issacar. O quinto filho de Jacó com Lia, está representado como um forte amante, do descanso e do sossego, como um boi. A palavra hamor, literalmente, jumento, não se refere ao animal selvagem, veloz, fogoso que dá na vista do espectador. Pelo contrário, designa a forte besta de carga que se submete ao jugo mortificante, sem se queixar, a fim de poder ficar livre para deitar-se sossegadamente, com tranquilidade e conforto. Jacó estava predizendo que a Tribo de Issacar se submeteria à invasão dos cananitas que lhe colocaria um jugo. Em vez de lutar, os homens desta tribo submissamente se tornariam escravos dos povos da terra. Prefeririam a vergonha e a escravidão em lugar da ação corajosa.

49:16-18 Dã, o primeiro filho de Bila, seria um forte defensor do seu povo. Advogaria, defenderia e ajudaria na luta pela independência. A tribo seria pequena, mas seria grandemente temida pelos vizinhos que tentariam espezinhá-la. Jacó chamou Dã de serpente junto ao caminho, que causaria terror e infligida ferimentos rápidos e fatais. O hebraico neiheish significa mais do que uma serpente no gramado, um réptil venenoso com presas fatais. Isto é, Dã seria sobremaneira perigoso aos seus inimigos. Mais tarde, membros da tribo de Dã cumpriram estas palavras com exatidão notável. Depois de algum tempo em seu território original, os danitas mudaram-se para o norte e ocuparam o extremo norte de Israel. Este povo nunca se distinguiu por seus predicados espirituais. Em 931 A.C. Jeroboão levantou um bezerro de ouro em Dã, para que a adoração pagã fosse fomentada.

49:19 Gade foi o primeiro filho de Zilpa, a serva de Lia. O velho patriarca reconheceu que o espírito corajoso e guerreiro de Gade seria forte ajuda para o seu povo na vida em Canaã. Jacó predisse que Gade precisaria de toda sua astúcia, coragem e persistência na luta, pois seria continuamente molestado por ataques das tribos do deserto. Bandos de saqueadores fariam pressão contra ele. Jacó fez uso de um jogo de palavras Gade que significa tropa – para indicar a ferocidade e a crueldade dos atacantes do deserto. Ele profetizou que Gade seria vitorioso e seria capaz de expulsar o inimigo. Depois da conquista da Palestina, a tribo de Gade ficou localizada a leste do Jordão.

49:20 Aser, o segundo filho de Zilpa, tem um nome que significa feliz. Jacó o descreveu em um campo fértil, onde o trigo, o vinho e o azeite seriam produzidos em quantidades abundantes. Seria próspero e rico. As guloseimas que produziria seriam próprias da mesa de um rei. (Até os reis de Tiro e Sidom haveriam de querê-las.) A tribo de Aser testemunhou o cumprimento desta profecia patriarcal.

49:21 Naftali, o segundo filho de Bila, demonstraria um notável amor à liberdade; ele era uma gazela solta, disse Jacó. A ilustração descreve um animal selvagem, rápido e gracioso que se deleita com a liberdade das montanhas cobertas de bosques e dos vales abertos. Naftali teria o domínio dos grandes campos de Deus. Prefere palavras formosas é, talvez, uma referência aos discursos eloquentes e úteis que sairiam da boca dos homens desta tribo. Baraque, por causa do seu valor, veio a ser um dos seus vencedores. Em Juí. 5:18 lemos: “Zebulom é povo, que expôs a sua vida à morte, como também Naftali”.

49:22 José, o primeiro filho de Raquel, recebeu os mais altos louvores dentre todos os filhos. Um homem de visão, de sonhos, de força moral e espiritual, ele foi um exemplo do melhor que há nas vidas do V.T. Em seus diversos desempenhos, como filho, irmão, escravo e administrador, ele demonstrou seu caráter superior através de sua imutável lealdade para com o seu Deus. Jacó chamou José de ramo frutífero. O hebraico para contém um jogo de palavras como nome de “Efraim”. A referência é a uma árvore ou videira que cresce vigorosamente, com a ideia de vitalidade ou juventude. Como resultado de ter sido plantada junto a uma fonte rumorejante, continuaria a crescer e dar fruto. Numa terra seca, a água fazia diferença entre a esterilidade e a fertilidade. A humildade garantia a fertilidade. Uma árvore assim fortalecida podia lançar seus ramos e suas gavinhas sobre o muro, partilhando com o mundo da abundância de seus frutos.

49:23 Como resultado desta excepcional prosperidade, José podia esperar inveja amarga e hostilidade. Os flecheiros estariam ocupados em furiosos ataques. Isto foi verdade no começo da vida de José, quando seus irmãos, animados pela inveja, procuraram destruí-lo. Muitos anos mais tarde, na terra de Canaã, as tribos de Efraim e Manassés encontrariam oposição e perseguição. Teriam de conservar uma fé operante no Jeová dos exércitos, que comprovou-se um Deus Todo-suficiente. José O conhecia e descansava nEle em cada emergência. Dão amargura, atiram contra ele e o aborrecem traduzem três palavras hebraicas. Meirar, na forma piel, significa “provocar”, “amargurar”, “molestar”. O uso desta forma piel, mais a palavra reibab acrescenta intensidade à ação e fala de sua ocorrência repetida. A terceira palavra, seitam, dá a ideia de ódio profundamente enraizado, ao lado de ativa perseguição.

49:24, 25. O seu arco, porém, permanece firme. Nas vitórias de José houve evidências da firmeza desse arco e da agilidade de suas mãos, do poder especial concedido pelo Senhor. Jacó predisse que esta mesma ajuda sobrenatural poderia ser esperada nas colinas da Palestina. A palavra traduzida para firme, ou firmado na força, poderia ser traduzido para impassível, permanente, ou sempre abundante. Jacó usou os títulos, o Poderoso de Jacó... Deus de teu pai ... Todo-poderoso ('El Shadday), para descrever o braço que seria tão poderoso, tão digno de confiança, tão rápido e ágil, que nenhum inimigo lhe poderia resistir. Com fé simples ele entregou a tribo de José nas mãos divinas, e com fé confiante predisse certas vitórias sobre os inimigos que o aguardavam. Além dos poderes especiais para lidar com os inimigos, os descendentes de José receberam a promessa de bênçãos abundantes. De cima, eles teriam chuva e orvalho abundante. De baixo, o solo seria suprido com os ingredientes que produziriam o alimento e as colheitas. Por dom divino especial, a fertilidade entre os homens e os animais garantiria a fertilidade sem limites da família.

49:26 Resumindo, José seria sempre considerado um príncipe entre seus irmãos (distinguido entre seus irmãos). O hebraico nezir indica “alguém separado”, ou “alguém que é separado ou consagrado para importantes obrigações”. O nazireu era um homem que havia sido oferecido a Deus e, através de voto especial, ficava-Lhe irrevogavelmente entregue. Efraim, seu filho, teria as qualidades necessárias para a santa dedicação e realizaria o propósito divino de alguém que foi escolhido para pôr em ação os princípios tão lindamente exemplificados por José. Ele foi o príncipe entre as tribos de Israel.

49:27 Benjamim, o filho mais moço de Raquel, caracterizava-se como um lobo feroz e perigoso que faria grandes estragos. O lobo é alerta e furtivo em seus movimentos. De noite ele entra sorrateiramente entre as ovelhas e foge com a sua presa. O hebraico teiraf significa rasgar em tiras. Fala de crueldade selvagem. Os lobos do início da noite podem ser tão selvagens e destruidores como aqueles da madrugada. Em qualquer momento estão prontos para os ferozes negócios do comportamento desumano. Eúde, Saul e Jônatas estão entre os descendentes de Benjamim, os quais evidenciaram seus poderes guerreiros. Os homens desta tribo tornaram-se famosos pelos seus arqueiros e seus lanceiros (cons. Jz. 5:14; 20:16).

49:28-33 Quando Jacó terminou seu discurso de bênção, censuras e maldições, falou a seus filhos sobre a sua morte iminente. Em suas instruções finais, orientou seus filhos a levarem o seu corpo a Canaã para o sepultamento. Sepultai-me com meus pais, na caverna, ele disse, que está no campo de Efrom (v. 29). Ele os lembrou de que o sepulcro da família já continha os restos mortais de Abraão, Sara, Isaque, Rebeca e Lia. Raquel fora sepultada em uma sepultura peno de Belém (cons. 35: 19, 20). Logo que Jacó terminou de dar suas instruções, recolheu os pés na cama e, sem luta, expirou (ruah) comparecendo diante daqueles que já tinham passado para o outro mundo (Sheol). Os Santos do V.T. estavam longe de terem o conceito neotestamentário de vida após morte, mas mesmo naquele tempo já tinham consciência de alguma coisa diferente, quando estavam diante dos membros mortos da família. Sheol era a região sombria onde as almas que abandonavam seus corpos mortais continuavam a existir.

Notas Adicionais:

49:2–27 Frequentemente chamado de “Bênção de Jacó”, este é o poema mais longo de Gênesis. Suas várias bênçãos destinavam-se não apenas aos 12 filhos de Jacó, mas também às tribos descendentes deles (v. 28). Para outras bênçãos poéticas em Gênesis, veja 9:26–27; 14:19–20; 27:27–29; 27:39–40; 48:15–16; 48:20.

49:4 Turbulento. Os descendentes de Rúben foram caracterizados pela indecisão (Jz 5:15-16). você não será mais excelente, pois você subiu na cama de seu pai. Veja 35:22 e observe; veja também notas em 37:21; 48:5.

49:5 Simeão e Levi são irmãos. Eles compartilhavam as características de violência, raiva e crueldade (ver vv. 6-7; ver também nota em 34:25).

49:7 Eu os espalharei. Cumprido quando os descendentes de Simeão foram absorvidos pelo território de Judá (ver Jos 19:1, 9 e nota em 19:1) e quando os descendentes de Levi foram dispersos por toda a terra, vivendo em 48 cidades e pastagens circundantes (ver nota em 48:6; veja também Núm 35:2, 7; Jos 14:4; 21:41).

49:8 Cfr. 27:29, 40; 37:7, 9. Judá, seus irmãos se curvarão a você. Veja a nota em 43:3. Como aqueles que se tornariam as principais tribos do sul e do norte de Israel, respectivamente, Judá e José receberam as mais longas (vv. 8–12 e vv. 22–26) das bênçãos de Jacó. Judá era o quarto filho de Lia e também o quarto filho de Jacó (29:35), mas Rúben, Simeão e Levi haviam perdido seu direito de liderança. Assim, Jacó atribui a liderança a Judá (filho de Lia), mas uma porção dupla a José (filho de Raquel). Veja também 1Cr 5:2.

49:9 Você é um filhote de leão. Um símbolo de soberania, força e coragem. Judá (ou Israel) é frequentemente retratado como um leão em tempos posteriores (ver Ez 19:2; Mq 5:8 e notas; e especialmente Nm 24:9). O maior descendente de Judá, Jesus Cristo (ver nota em 43:3), é ele mesmo chamado de “o Leão da tribo de Judá” (Ap 5:5; veja nota ali).

49:10 Embora difícil de traduzir (veja a nota do texto da NVI), o versículo tem sido tradicionalmente entendido como messiânico. Foi inicialmente cumprido em Davi e, finalmente, em Cristo. cetro. Veja Números 24:17. até que venha aquele a quem pertence. Repetido quase literalmente em Ezequiel 21:27 (veja a nota lá) em uma seção onde Zedequias, o último rei de Judá, é instruído a “remover a coroa” (Ezequiel 21:26) de sua cabeça porque o domínio sobre Jerusalém será finalmente dado àquele “a quem pertence por direito” (v. 27).

49:11 Os descendentes de Judá um dia desfrutariam de uma vida estável e próspera.

49:13 Embora sem litoral pelas tribos de Aser e Manassés, os descendentes de Zebulom estavam perto o suficiente do Mediterrâneo (dentro de dez milhas) para “banquetear-se com a abundância dos mares” (Dt 33:19).

49:17 Dan será uma cobra. A traição de um grupo de danitas em tempos posteriores é descrita em Jz 18:27. uma víbora que morde os calcanhares do cavalo. Sansão, da tribo de Dã, sozinho manteria os filisteus afastados (Jz 14-16) como uma víbora que detém um cavalo em seu caminho.

49:18 Jacó faz uma pausa no meio de sua série de bênçãos para proferir uma breve oração pela ajuda de Deus.

49:19 Gade será atacado. Localizada a leste do Jordão (Js 13:24-27), os descendentes de Gade eram vulneráveis a ataques dos moabitas ao sul, como a Estela de Mesa (2Rs 3:4) (uma inscrição moabita datada do final do século IX aC) ilustra (ver gráfico).

49:20 A comida de Aser será farta. Terras férteis perto do Mediterrâneo (Js 19:24-30) garantiriam a prosperidade dos descendentes de Aser.

49:21 Naftali é uma corça libertada. Talvez uma referência a um espírito independente fomentado nos descendentes de Naftali por sua localização um tanto isolada na região montanhosa ao norte do mar da Galileia (Js 19:32-38).

49:22 frutífero frutífero. Um trocadilho com o nome Efraim (veja a nota de texto da NVI em 41:52), que Jacó predisse que seria maior do que o filho primogênito de José, Manassés (48:19–20). galhos escalam uma parede. Os descendentes de Efraim tendiam a expandir seu território (Js 17:14-18).

49:24 seu arco permaneceu firme. Os guerreiros efraimitas (Jz 8:1; 12:1) frequentemente se mostravam vitoriosos na batalha (Js 17:18). Poderoso de Jacó. Enfatiza a atividade de Deus em salvar e redimir seu povo (Is 49:26). Pastor. Veja a nota em 48:15. Rocha de Israel. A defesa segura de Israel (Dt 32:4, 15, 18, 30-31) — uma figura frequentemente usada também em Salmos (ver nota em Sl 18:2) e Isaías.

49:25 Todo-Poderoso. Veja a nota em 17:1. bênçãos dos céus das fontes profundas. A fertilidade do solo regado por chuvas de cima e nascentes e riachos de baixo. peito e útero. A fertilidade de pessoas e animais. Para a prosperidade posterior dos descendentes de Efraim, consulte Os 12:8.

49:26 José príncipe entre seus irmãos. Ver notas no v. 8; 48:19. Efraim ganharia supremacia, especialmente sobre as tribos do norte (Js 16:9; Is 7:1-2; Os 13:1).

49:27 Benjamin é um lobo voraz. Veja as façanhas de Eúde (Jz 3:12–30) e Saulo e Jônatas (1Sm 11–15) — todos da tribo de Benjamim. Veja Jz 19–21 para exemplos da selvageria que caracterizou um grupo de descendentes de Benjamim.

49:28 doze tribos de Israel. Veja a nota no vv. 2–27.

49:29 Enterre -me com meus pais. Veja a nota em 25:8. Jacó não esquece que a terra de seus ancestrais é a pátria designada por Deus (ver nota em 23:19).

49:33 foi reunido ao seu povo. Ver nota sobre 25:8.

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