Gênesis 7 — Interpretação Bíblica
Gênesis 7
Noé deveria trazer para a arca dois de todas as criaturas vivas para que suas espécies fossem poupadas (6:19). Deus fez uma distinção entre os animais limpos e impuros, no entanto. Dos animais limpos, Noé deveria levar consigo sete pares (7:2-3), em vez de apenas um. Estes eram para Noé e sua família comerem depois de sair da arca e - como veremos no final desta história - para Noé sacrificar a Deus em adoração. Em tudo isso, Noé obedeceu a Deus completamente, fazendo tudo o que o SENHOR lhe ordenara (7:5). A obediência em meio ao mal deve ser o objetivo supremo e o desejo do povo de Deus.
7:9 veio a Noé e entrou na arca. A reunião e cooperação dos animais deve ter sido arranjada por Deus. Parece que depois que Noé e sua esposa e filhos entraram na arca, os animais seguiram por conta própria.
7:11 fontes do grande abismo... comportas dos céus. Até então, nenhuma chuva havia caído sobre a terra, mas era regada por uma névoa (2:5-6). Esta descrição da primeira chuva retrata um evento catastrófico e trovejante, acompanhado por uma violenta agitação da crosta terrestre e gêiseres de água irrompendo das profundezas. A violência e a quantidade de água envolvida são mais do que suficientes para explicar muitas peculiaridades da superfície terrestre, como a formação do Grand Canyon. O dilúvio também explica a enorme quantidade de restos fossilizados de plantas, animais e moluscos que estão enterrados em camadas de rocha por toda a superfície da terra e até mesmo no topo das montanhas.
7:16 trancou-o. O Senhor que os havia atraído agora fechou a porta sobre eles. Aquela porta fechada era um símbolo de fechamento, segurança e libertação de Deus.
7:19 as altas montanhas sob todo o céu foram cobertas. Esta declaração explícita, acompanhada pela afirmação no versículo 21 de que todos os seres vivos morreram, deixa claro que este não foi um evento localizado, mas na verdade um dilúvio catastrófico mundial (veja 8:5). Jesus afirmou a historicidade dos “dias de Noé” quando os comparou com os dias finais (Mt 24:37–38; Lc 17:26–27). Pedro também usou a história de Noé e do dilúvio como padrão para o julgamento final (1Pe 3:20; 2Pe 2:5; 3:5–6).
7:23-24 Só ficou Noé e os que estavam com ele na arca (7:23). No entanto, nem uma gota desse julgamento foi mais extensa do que o necessário. Grande foi o pecado, assim também foi o justo julgamento de Deus. Sentado naquele barco enquanto as águas subiam sobre a terra por 150 dias (7:24), a família de Noé agia como um lembrete vivo de que o Deus que julga ferozmente o pecado é o mesmo que, por meio de nossa fé, misericordiosamente nos livra dele.
Notas Adicionais:
7.1 o Senhor: Ver Gn 2.4b, n.
7.2 sete casais de cada espécie de animal puro: Estes podiam ser comidos e oferecidos em sacrifício a Deus (Gn 8.20); por isso, era preciso mais de um casal. animal impuro: Não podia ser comido nem oferecido em sacrifício a Deus (Lv 11.1-47; Dt 14.3-21).
7.7 ele entrou na barca: Mt 24.38-39; Lc 17.27.
7.11 segundo mês: O mês de zive (1Rs 6.1), que ia de meados de abril a meados de maio. as fontes do grande mar: Gn 1.6-10; Êx 20.4.
7.20 subiu mais sete metros: Assim a barca podia boiar por cima das montanhas mais altas.
7.22 Morreu tudo: A terra voltou a ser o caos que era antes da criação (2Pe 3.6).
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