Mateus 7 — Interpretação Bíblica

Mateus 7

7:1–2 Não julgue. O ponto deste versículo é que um cristão não deve julgar ou criticar de uma forma que eles mesmos não gostariam de ser julgados ou criticados. Todo julgamento que uma pessoa faz se torna uma base para seu próprio julgamento (Tg 3:1-2).

Ensinamentos Celestiais

Mateus 6–7

Motivos secretos da vida (6:1-18). Ver Lucas 12:1–12. Aqui ilustradas em três áreas específicas estão as ações que levam ao crescimento e maturidade espiritual:

1. Dar aos necessitados (6.2-4). Dê como se você desse a Deus; não faça um show disso. (Veja Mt 23.)
2. Oração (6:5-15). Veja Lucas 11 e 18 .
3. Jejum (6:16-18). Ver Marcos 2:18–22.

Tesouros no céu (6:19-34). Ver Lucas 12:13–34.

Não julgue os outros (7:1-5). Ver Lucas 6:39–45.

Não jogue pérolas aos porcos (7:6). Isso significa que devemos usar o bom senso e o tato ao falar sobre nossa religião – caso contrário, podemos fazer mais mal do que bem.

Oração persistente (7:7-11). Ver Lucas 18:1–8.

A Regra de Ouro (7:12). Ver Lucas 6:27–38.

A estrada estreita (7:13-14). Muitos serão perdidos, poucos serão salvos - poucos, isto é, em comparação com o número de perdidos. Mas no final, os salvos serão “uma grande multidão que ninguém poderia contar” (Ap 7:9).

Falsos profetas (7:15–23). Jesus advertiu sobre falsos profetas e falsos mestres (Mt 24:11,24), assim como os escritores do Novo Testamento, repetidas vezes. O obstáculo mais devastador para o progresso do cristianismo tem sido sua corrupção nas mãos daqueles que afirmam ter sido enviados por Deus, mas que ensinam falsamente. Eles podem ser reconhecidos porque não dão bons frutos.

Construindo sobre a rocha (7:24-27). Uma declaração muito clara de que é inútil nos chamarmos de cristãos a menos que pratiquemos as coisas que Jesus ensinou neste Sermão da Montanha.

7:6 cães. . . porcos. Esses termos insultuosos referem-se a pessoas que são inimigas do evangelho, em oposição àqueles que são meramente incrédulos.

7:15 Cuidado com os falsos profetas. Deuteronômio 13:1–11 e 18:20–22 fornecem informações sobre como discernir e responder a falsos profetas. A maneira de distinguir um falso mestre de um mestre da verdade é pelos seus frutos. O fruto não se refere apenas às ações, mas também à doutrina (16:12; 1Jo 4:1-3).

Fonte: NIV Halley’s Study Bible, 2020 by Zondervan.

Notas Adicionais:

7.1-6 Este trecho fala sobre o relacionamento entre os seguidores de Jesus. Os vs. 1-2 advertem contra o costume de julgar os outros com rigor e falta de consideração (Mc 4.24; Rm 2.1; 14.10). Antes de julgarmos os outros, devemos nos julgar a nós mesmos (vs. 3-5).

7.6 cachorros... porcos: Naquele tempo, entre os judeus, cachorros não eram animais de estimação, e porcos eram considerados impuros (Lv 11.7; Dt 14.8). Esta é uma maneira de falar sobre pessoas que não podem ou não querem valorizar as verdades espirituais (Mt 13.10-17).

7.7-12 Jesus ensina que os seus seguidores devem orar sempre, sem desanimar (vs. 7-8). Ele não está dizendo que Deus vai nos dar tudo o que pedimos. Acima de tudo, a verdadeira oração procura descobrir qual é a vontade de Deus para nós (Jo 15.7; 1Jo 3.22; 5.14-15).

7.12 Façam aos outros...: Jesus resume o que as Escrituras hebraicas ensinam a respeito de como se deve tratar os outros (Lc 6.31). a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas: Ver Mt 5.17, n.

7.13-14 O tema dos dois caminhos já aparece no AT (Dt 30.15,19; Jr 21.8; Pv 12.28). O “caminho difícil” é este que Jesus apresenta no Sermão do Monte (Mt 5—7).

7.15-23 Jesus adverte contra os falsos profetas, que serão conhecidos pelas coisas que fazem (v. 20). Também lembra que não basta ser seguidor de Jesus apenas da boca para fora; o importante é fazer a vontade de Deus (v. 21; 1Jo 1.6; 2.4).

7.23 Eu nunca conheci vocês! Jesus conhece os segredos do coração de todos (Jo 2.25; 2Tm 2.19). Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal! Sl 6.8; Mt 25.12.

7.24-27 Assim como existem dois caminhos (vs. 13-14), também existem dois alicerces, duas maneiras de “construir” a própria vida. Assim como não basta ser servo de Deus apenas da boca para fora, sem fazer a vontade de Deus (vs. 21-23), também não basta ouvir os ensinamentos de Jesus, sem viver de acordo com eles (v. 26; Tg 1.22-25; 2.14-20).

7.25 chuva... enchentes... vento: São figuras do juízo de Deus (Is 28.17; 30.30; Ez 13.11-14; 38.22; Na 1.3).

7.28-29 Com este destaque para a autoridade de Jesus que leva as multidões a ficarem admiradas (Jo 7.46), termina o primeiro discurso de Jesus no Evangelho de Mateus (caps. 5—7).

7.28 Quando Jesus acabou...: Os cinco discursos de Jesus no Evangelho de Mateus terminam com palavras parecidas com estas (Mt 11.1; 13.53; 19.1; 26.1).

7.29 Ele não era como os mestres da Lei. Para fundamentar o que diziam, os mestres da Lei citavam as Escrituras e os ensinamentos dos grandes mestres judaicos do passado. A autoridade de Jesus é dele mesmo e vem do relacionamento que ele tem com o seu Pai (Mt 9.6; 21.23; 28.18; Mc 1.22; Lc 4.32; ver Mt 5.21-48, n.).

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