Mateus 26 — Interpretação Bíblica

Mateus 26

O plano para matar Jesus 26.1—27.66
Neste dois capítulos, Mateus conta o que aconteceu nos últimos dias que Jesus passou em Jerusalém. A história começa com o plano para matar Jesus (26.1-5), passa pela instituição da Ceia do Senhor (26.26-30), segue com a prisão e o julgamento de Jesus e termina com sua morte e seu sepultamento.
26.1 Jesus acabou de ensinar essas coisas Estas palavras marcam o fim do último discurso de Jesus em Mateus (Mt 24—25; ver Intr. 3; Mt 7.28, n.).
26.2 Festa da Páscoa Êx 12.1-27.
26.3 Caifás, o Grande Sacerdote Caifás teve este cargo de 18 a 36 d.C.
26.5 Não... durante a festa Mt 21.46.
26.6-7 uma mulher Segundo Jo 12.1-8, foi Maria, irmã de Lázaro. Ela quis homenagear Jesus, mas o gesto dela foi além do que ela tinha planejado. Jesus diz que ela perfumou o corpo dele para o sepultamento (v. 12).
26.9 o dinheiro, dado aos pobres Era costume fazer isso durante a Páscoa (Jo 13.29).
26.11 os pobres estarão sempre com vocês Jesus não está dizendo que Deus quer que sempre existam pobres no mundo ou que Deus quer que os pobres continuem sendo pobres. O que ele diz lembra Dt 15.11, onde se ordena que os israelitas sejam generosos com os pobres e necessitados. Jesus afirma que, naquele momento, a mulher fez a coisa certa com aquele perfume caro, pois, em breve, ele iria morrer.
26.12 perfumar o meu corpo Os judeus, quando preparavam um corpo para ser sepultado, usavam óleos perfumados (Mc 16.1).
trinta moedas de prata Zc 11.12; Mt 27.9-10. Este era o valor de um escravo (Êx 21.32).
26.17 Festa dos Pães sem Fermento Uma festa que durava uma semana e era comemorada de 15 a 21 do mês de nisã (março-abril). Junto com essa festa, no primeiro dia, era celebrada a Páscoa.
26.19 prepararam o jantar da Páscoa As instruções para esses preparativos estão em Êx 12.3-11.
26.23 come no mesmo prato que eu Este era o prato que continha um molho feito à base de frutas, vinagre e temperos, e no qual se molhava o pão antes de comer. As palavras de Jesus lembram Sl 41.9 e eram uma maneira de falar sobre um amigo muito chegado.
26.24 vai morrer da maneira como dizem as Escrituras Sagradas Uma possível referência a Is 52.13—53.12. Outra possibilidade é Zc 13.7, texto citado no v. 31.
26.26 isto é o meu corpo 1Co 10.16b-17.
26.28 o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo A aliança que Deus fez com o povo de Israel junto ao monte Sinai foi garantida pelo sangue de animais (Êx 24.8). Jesus está fazendo uma nova aliança (1Co 11.25; Jr 31.31-34), garantida pelo seu próprio sangue (Hb 9.14-15).
26.30 canções de louvor Provavelmente os Sl 113—118, que eram cantados na Festa da Páscoa.
26.31 “Matarei o pastor...” Zc 13.7. as ovelhas serão espalhadas V. 56; Jo 16.32.
26.32 irei adiante de vocês para a Galiléia Depois da ressurreição, o anjo chama a atenção para esta promessa de Jesus (Mt 28.7,16).
26.36 Getsêmani Um lugar situado no lado oeste do monte das Oliveiras, de frente para a cidade de Jerusalém. Em Jo 18.1 é chamado de jardim. A palavra hebraica “getsêmani” quer dizer “lagar de azeite”, isto é, o tanque em que as azeitonas eram espremidas para fazer azeite de oliva.
26.37 os dois filhos de Zebedeu Tiago e João (Mt 4.21). grande tristeza e aflição Hb 5.7-9.
26.39 cálice de sofrimento Ver Mt 20.22, n. o que tu queres Jo 6.38; Hb 5.8; 10.9.
26.41 para que não sejam tentados As coisas que vão acontecer a Jesus são uma tentação que poderá abalar e até destruir a fé que os discípulos têm nele.
26.49 que a paz esteja com o senhor! Judas deve ter dito “shalom” (“paz!”), que era a saudação normal dos judeus. o beijou Um discípulo saudava o seu mestre com um beijo no rosto.
26.50 o que você vai fazer faça agora O texto original também pode ser traduzido assim: “por que você veio até aqui?”
26.51 um dos que estavam ali com Jesus Jo 18.10 diz que foi Simão Pedro.
26.53 anjos Mt 4.6,11.
26.55 todos os dias ensinando no pátio do Templo Lc 19.47; 21.37.
26.57 Caifás Ver Mt 26.3, n.
26.59 Conselho Superior Este Conselho tratava de assuntos religiosos e civis do povo judeu. Não tinha autoridade para aplicar a pena de morte, pois isso somente as autoridades romanas podiam fazer (Jo 18.31).
26.60 dois homens São as duas testemunhas exigidas pela Lei de Moisés (Nm 35.30; Dt 19.15).
26.61 Eu posso destruir o Templo Jo 2.19; Mt 27.40; At 6.14.
26.64 vocês verão o Filho do Homem Dn 7.13; Mt 24.30. sentado do lado direito O lugar de honra e autoridade (Sl 110.1).
26.65 rasgou as suas próprias roupas Trata-se de um gesto simbólico para indicar horror e espanto, em que somente um pequeno pedaço da roupa era rasgado. blasfemou Jo 10.33; 19.7.
26.66 culpado A Lei de Moisés (Lv 24.15-16) mandava que fosse morto quem blasfemasse contra Deus (v. 65).
26.67 cuspiram... deram bofetadas nele Is 50.6.
26.70 diante de todos Diante dos guardas (v. 58) e das outras pessoas que estavam ali.
26.73 O seu modo de falar O sotaque galileu de Pedro. Todos sabiam que Jesus era de Nazaré, na Galiléia (v. 71).
26.75 Jesus lhe tinha dito Mt 26.34.