Albigenses — Quem Foram Eles?
Os albigenses herdaram
as ideias distorcidas e dualistas dos bogomilos e dos paulicianos. Seu centro era
a cidade de Albi, no suleste da França. Floresceram também no norte da Espanha
e no norte da Itália, durante o século XII. Também eram conhecidos por cátaros
ou patarinos. A dotaram a noção gnóstica de que a matéria encerra o princípio
do mal, e que os mundos materiais foram criados por uma força maligna.
Rejeitavam porções do Antigo Testamento e salientavam o evangelho de João. Formavam
um a com unidade anti-sacerdotal, protestando contra os abusos da Igreja
medieval. Estavam divididos em dois grupos, os perfecti e os credenti. Os discípulos “perfeitos” eram celibatários e
praticavam a comunidade de bens. E os “crentes” ou discípulos podiam casar-se,
ter propriedades e participar dos sacramentos da Igreja de Roma.
A
consolação. Esse era o rito cátaro do batismo espiritual, administrado por imposição de mãos e sem água.
Presumivelmente isso transmitia o consolo do perdão dos pecados, a liberdade do
mundo material, a introdução no reino celestial de Deus. O rito só podia ser
administrado por quem já o tivesse recebido e usualmente só era aplicado
imediatamente antes da morte. Os que o recebiam durante a vida, eram os “perfeitos”.
Consideravam tal rito necessário à salvação. Um a vez que alguém se tornasse
perfeito, tinha que viver no celibato, abstendo-se também de leite, ovos ou
carne, visto que esses alimentos despertam a atividade sexual nos animais. Eram
pacifistas, não podendo ter propriedades. Criam na reencarnação como um meio de
se continuar a busca pela salvação.
Alguns batistas
modernos, ansiosos para encontrarem seitas “batistas” antes da Reforma, apelam ignorantemente
para os albigenses, como um elo histórico com o passado. Mas nada havia de
batista entre os albigenses, exceto que eles também se opunham à Igreja de
Roma.
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