Gênesis 8 — Estudo Bíblico

Gênesis 8

Gênesis 8 continua a história do Dilúvio, narrando o término das chuvas e o momento em que as águas começaram a diminuir, permitindo que a arca de Noé repousasse sobre as montanhas de Ararate. Este capítulo é crucial na narrativa, pois marca o início da restauração do mundo após o dilúvio catastrófico.

Após quarenta dias e noites de chuva incessante, Deus lembrou-se de Noé e dos seres vivos na arca, e fez um vento passar sobre a terra, fazendo com que as águas começassem a retroceder. As águas gradualmente diminuíram durante cento e cinquenta dias até que a arca repousasse sobre as montanhas.

Esse período de espera não apenas testou a paciência e a fé de Noé, mas também representa um tempo de reflexão sobre a destruição que varreu a terra e a necessidade de renovação e recomeço.

Depois de algum tempo, Noé enviou um corvo e, mais tarde, uma pomba, para verificar se as águas haviam recuado da terra. A pomba retornou, incapaz de encontrar um local para pousar devido à água ainda presente. No entanto, na segunda tentativa, a pomba voltou com um ramo de oliveira no bico, indicando que as águas haviam baixado o suficiente para que a vegetação começasse a se recuperar.

Finalmente, após mais sete dias, Noé soltou a pomba novamente, e desta vez ela não retornou, sinalizando que a terra estava seca o bastante para o reinício da vida fora da arca.

Deus então ordenou a Noé e sua família que saíssem da arca, libertando-os após mais de um ano de confinamento. Ao saírem, Noé construiu um altar e ofereceu sacrifícios a Deus, um ato de gratidão pela preservação e um reconhecimento da aliança entre Deus e a humanidade.

Deus, por Sua vez, fez uma promessa, estabelecendo uma aliança com Noé, sua família e todos os seres vivos na terra. Ele prometeu nunca mais destruir toda a vida por meio de um dilúvio, simbolizando essa promessa com o arco-íris, uma garantia visual de Sua fidelidade.

Lições de Gênesis 8

O capítulo 8 de Gênesis é uma continuação da história de sobrevivência e renovação após a catástrofe global. Ele nos ensina sobre a importância da paciência, da fidelidade e do cumprimento das promessas de Deus. Além disso, destaca a necessidade de agradecer e oferecer sacrifícios de gratidão por Sua misericórdia e proteção, mesmo em meio a circunstâncias difíceis.

A história de Noé e a arca nos lembra da capacidade de Deus de restaurar e renovar, mesmo após os momentos mais sombrios, trazendo esperança e a promessa de um recomeço para aqueles que permanecem fiéis a Ele.

Notas de Estudo:

8:1, 2 Deus, em Sua grande misericórdia, lembrou -se de Noé. Deus amou fielmente o povo com quem fez aliança.

8:3 cento e cinquenta dias: Observe a simetria do tempo. Levou o mesmo tempo para que as águas baixassem e para que se enfurecessem sobre a terra (7:24).

8:4, 5 cumes das montanhas: A agitação das águas foi tão grande que as montanhas foram submersas (7:19, 20).

8:6 Novamente, observe a simetria dos números neste relato. As chuvas chegaram por quarenta dias (7:12); agora a arca estava afundando por quarenta dias.

8:7 O vôo do corvo foi observado da arca; esse pássaro resistente continuou voando até conseguir localizar a terra.

8:8, 9 A ave mais mansa, a pomba, buscou terra; não encontrando nada, este pássaro voltou para a arca.

8:10, 11 A folha de oliveira é um poderoso símbolo de paz e restauração.

8:12 que não voltou: Isso provou a Noé que a terra havia se tornado novamente um ambiente habitável.

8:13, 14 Depois de mais de um ano, as águas voltaram ao seu lugar (7:11). Como no princípio (1:9-13), Deus novamente trouxe as águas da terra para o seu lugar, e Ele secou a terra. O Dilúvio começou no ano 600 de Noé, mês 2, dia 17 (7:11) e terminou no ano 601 de Noé, mês 2, dia 27 (8:14).

8:15 O fato de que Deus falou com Noé é outra marca da grande graça de Deus para com Noé e de quanto Ele o valorizou (7:1; para as palavras de Deus a Abrão, leia 12:1).

8:16–19 Assim como Deus chamou Noé e sua família para entrar na arca (7:1), agora, com todo o perigo passado, Ele graciosamente os convidou a sair da arca.

8:20 um altar: Esta é a primeira menção de adoração sacrificial desde os dias de Caim e Abel (4:3-5); no entanto, podemos assumir que o princípio da adoração sacrificial foi perpetuado através da linhagem de pessoas fiéis (cap. 5). Em alegre e magnífica devoção ao Senhor, Noé sacrificou animais e pássaros de todos os animais e pássaros limpos que ele havia preservado na arca (7:2).

8:21 um aroma suave: Por estas palavras entendemos que os sacrifícios eram aceitáveis e agradáveis a Deus (4:3; Lev. 1:9). O Senhor recebeu a oferta de Noé como um ato de devoção a Ele (Nm 15:3). Nunca mais amaldiçoarei a terra: A terrível devastação da terra e sua plenitude que o Dilúvio causou nunca mais se repetirá. Também é possível que esta seja uma referência a 3:17. Esta é a boa notícia. A má notícia é que Deus sabia que as condições da humanidade não haviam mudado. a imaginação do coração do homem é má desde a sua juventude: Esta é a mesma acusação contra o homem com a qual começou a história do Dilúvio (6:5). No entanto, a promessa de Deus é que o julgamento esmagador não será repetido - não até o julgamento final (2 Pedro 2:5).

8:22 enquanto a terra permanece: As palavras deste versículo estão em um poema de efeito poderoso (12:1–3). Essas palavras poderiam facilmente ter se tornado um cântico de fé, a resposta do povo de Deus à promessa que Ele fez (v. 21). Mais tarde na história de Israel, os profetas recordaram a grande promessa de Deus a Noé (Is. 54:9, 10).


Notas Adicionais:

A declaração lembrou-se Deus (1) é como um raio de luz em uma cena escura. Violência e corrupção trazem uma colheita de destruição, mas a obediência fiel de uns poucos evoca expressões de bondade do Juiz celestial. O dilúvio não ia durar para sempre, nem aqueles que estavam na arca iam ficar nela como se estivessem numa prisão. Uma vez mais, Deus agiu, fazendo soprar um vento seco por sobre as águas, que continuamente retrocederam do cume das montanhas. Logo, a arca (4) encalhou nos montes de Ararate, uma cadeia de montanhas na Turquia oriental. Lentamente, os cumes dos montes (5) mais baixos foram aparecendo. Quando abriu Noé a janela da arca (6) e enviou a pomba (8), ainda não havia terra seca para ela pousar, por isso voltou... para a arca (9). Uma semana depois, ele enviou novamente a pomba (10), que voltou com uma folha de oliveira no seu bico (11).

Depois de outros sete dias (12), libertou a pomba pela terceira vez. Desta feita, não voltou, instigando Noé a tirar a cobertura da arca (13). Ele não permitiu que ninguém saísse até que a terra estivesse completamente seca, 57 dias depois. Note que no versículo 13, as águas se secaram (harevu), mas no versículo seguinte a terra esta­va seca (yavesah). A mudança do verbo hebraico indica uma seca mais completa que o esgotamento das águas de sobre a terra (13). Em resposta à ordem de Deus, Noé (18) abriu a arca e tudo que havia nela veio para fora da arca (19).

Sacrifício e Promessa (8.20-22). Saindo da arca, Noé dirigiu seus pensamentos e ações primeiramente a Deus. Sacrificou no altar (20) animais e pássaros limpos, dos quais havia número em excesso (7.2,8,9), e Deus respondeu. Aqui, a frase chei­rou o suave cheiro (21) não indica que Deus estava sofregamente faminto, mas que estava ciente do ato de Noé e o aprovava." Deus toma a resolução interior de não usar um dilúvio outra vez como meio de punição. As razões para tal punição ainda permaneciam, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice (21), mas a misericórdia de Deus impediria um dilúvio como punição. Isto não significa que não haveria mais punições. Enquanto o pecado persistir entre os homens, a punição virá, embora por outros meios. Como sinal da sua decisão, Deus estabeleceu uma regularidade de sequências naturais que encorajariam o homem a ter esperança no futuro.

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