Marcos 7 — Comentário de Matthew Henry

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Marcos 7

Versículos 1-13: As tradições dos anciãos; 14-23: Aquilo que contamina o homem; 24-30: A cura da mulher cananéia; 31-3 7. O Senhor Jesus Cristo restaura a audição e a fala de um homem.

Vv. 1-13. Um grande objetivo da vinda de Cristo era colocar de lado a lei cerimonial; para dar lugar a isto, reprova as cerimônias que os homens acrescentam à lei de Deus. As mãos limpas e o coração puro que Cristo concede aos seus discípulos, e requer deles, são muito diferentes das formalidades exteriores e supersticiosas dos fariseus de todas as épocas.

Jesus os reprova por terem rejeitado o mandamento de Deus. Fica claro que é dever dos filhos, se os seus pais forem pobres, aliviá-los o tanto quanto possível. E se os filhos que amaldiçoam os seus pais merecem morrer, muito mais aqueles que os deixam passar fome. Porém, se um homem se conformasse com as tradições dos fariseus, eles encontrariam uma maneira de liberá-lo do cumprimento deste dever.

Vv. 14-23. Os nossos maus pensamentos e afetos, palavras e atitudes, nos contaminam, e é somente isto que nos contamina. Assim como um manancial podre surge de águas podres, assim é o coração corrupto que produz argumentos corruptos, apetites e paixões corruptas, e todas as más obras e ações que deles surgem. o entendimento espiritual da lei de Deus, e a consciência do mal causado pelo pecado, farão com que o homem busque a graça do Espírito Santo, para suprimir os maus pensamentos e afetos que trabalham em seu interior.

Vv. 24-30. O Senhor Jesus Cristo jamais rejeitou qualquer um daqueles que caíram aos seus pés, coisa que uma pobre alma temerosa pode fazer de modo confiante. Como esta era uma boa mulher, era também uma boa mãe. Isto fez com que ela fosse a Cristo. O fato de mencionar que os filhos deveriam ser saciados primeiramente, mostra que havia misericórdia para os gentios, e que esta não estava distante. Ela falou, não como se considerasse a misericórdia de modo precipitado, mas sim magnificando a abundância das curas milagrosas feitas em favor dos judeus, que em contraste com apenas uma única cura, era senão uma migalha. Assim, pois, enquanto os orgulhosos fariseus são abandonados pelo Salvador, Ele manifesta a sua compaixão pelos pobres pecadores humildes, que olham para Ele no aguardo do pão que concede aos filhos. o Senhor Jesus Cristo ainda continua buscando e salvando aquele que havia se perdido.

Vv. 31-37. Nesta passagem temos a cura de um homem surdo e gago. Aqueles que trouxeram este pobre homem ao Senhor Jesus Cristo, suplicaram-lhe que examinasse o caso e que colocasse o seu poder em ação. o nosso Senhor utilizou mais atos externos do que de costume no caso desta cura. Estes eram sinais exclusivos do poder de Cristo para curar o homem, para exortar a sua fé, e a fé daqueles que o trouxeram. Ainda que encontremos uma grande diversidade nos casos e modos de aliviar aqueles que recorreram a Cristo, todos, contudo, tiveram o alívio que buscaram. Assim, continuam sendo a grande preocupação de nossas almas.