Jeremias 31 — Comentário de Matthew Henry

Jeremias 31 — Comentário de Matthew Henry

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Jeremias 31

Versículos 1-9: A restauração de Israel; 10-17: Promessas de direção e felicidade - Raquel se lamenta; 18-20: Efraim lamenta os seus erros; 27-34: O cuidado de Deus por sua igreja; 35-40: Paz e prosperidade nos tempos do Evangelho.

Vv. 1-9. Deus assegura que seu povo entrará novamente em comunhão com eles por meio do pacto. Quando alguém é muito humilhado e passa por dificuldades, é bom se lembrar que o mesmo aconteceu anteriormente com a Igreja, porém, é difícil consolar-se com antigos sorrisos quando se está submetido a uma ira presente. Não obstante, é bom para aqueles que, por graça, estão interessados no amor de Deus, que este seja um amor eterno, desde a eternidade do conselho, até a eternidade da vida no além. Deus atrairá para si, através da influência do Espírito Santo em suas almas, aqueles que ama com este amor. Quando louvamos a Deus pelo que Ele tem feito, devemos invocá-lo para que atenda os favores que a sua Igreja necessita e espera. Quando o Senhor chama, não aleguemos ser impossível ir, porque aquEle que nos chama nos ajudará e fortalecerá. A bondade de Deus os levará ao arrependimento. Eles chorarão por seus pecados com mais tristeza e ternura quando forem libertos do cativeiro, do que quando gemiam estando submetidos a este. se tomarmos a Deus como nosso Pai e ingressarmos na Igreja do Primogênito, nada que seja bom faltará para nós. sem dúvida estas predições também se referem a uma futura reunião dos israelitas, vindos de todas as partes do mundo. Aqui é descrita figuradamente a conversão dos pecadores a Cristo, e o caminho claro e seguro pelo qual são guiados.

Vv. 10-17. AquEle que espalhou o povo de Israel sabe onde encontrá-los. observar a bondade do Senhor nos dons da providência nos traz consolo., porém, as nossas almas nunca serão valiosas como jardins, a menos que sejam regadas com o orvalho do Espírito e com a graça de Deus. segue-se uma promessa preciosa, que só se cumprirá plenamente na Sião celestial. Que eles se satisfaçam com a amorosa bondade de Deus, e não desejem nada mais para ser felizes.

Raquel é apresentada saindo do sepulcro e recusando consolo, considerando que a sua prole foi desarraigada. O assassinato de crianças em Belém, pela mão de Herodes (Mt 2.16-18), cumpriu esta profecia em certa medida, mas não pode ser o seu significado completo.

Se temos certeza de receber a nossa herança eterna ao final, para nós e para os nossos, poderemos suportar todas as aflições presentes, que serão para o nosso bem.

Vv. 18-20. Efraim (as dez tribos) chora desgostoso consigo mesmo por causa do seu pecado, por sua escravidão e por agir de modo néscio. Acha que por sua própria força não pode manter-se próximo de Deus, e muito menos voltar-se a Ele quando se rebela. Portanto, ora do seguinte modo: Converte-me, e serei convertido. sua vontade foi duplicada pela vontade de Deus. Quando o ensino do Espírito de Deus vai unido às correções de sua providência, a obra é realizada, o nosso consolo na aflição é que o Senhor pensa em nós. Deus tem misericórdia reservada, rica, segura e apropriada, para todos aqueles que o buscam com sinceridade.

Vv. 21-26. O caminho da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus é uma grande estrada reta e segura; porém, é provável que ninguém caminha por ali a menos que coloque o seu coração em Deus. Através de uma promessa são estimulados com algo extraordinário, novo, nunca antes ouvido; uma criação, uma obra do Todo-Poderoso; a natureza humana de Cristo, formada e preparada pelo poder do Espírito santo: isto é mencionado aqui como alento para que os judeus retornem à sua terra. É dada a eles a consoladora perspectiva de se estabelecerem felizes nela. Deus tem unido a santidade e a honestidade, de modo que ninguém as separe, ou que uma possa substituir a outra caso venha faltar. o fatigado encontrará repouso no amor e no favor de Deus, e o triste encontrará gozo. E o que podemos ver com mais satisfação do que o bem e a paz de Jerusalém?

Vv. 27-34. O povo de Deus se tornará numeroso e próspero. Em Hebreus 8.8,9, esta passagem é citada como um resumo do pacto de graça feito com os crentes em Jesus Cristo. Deus não lhes deu uma nova lei, porque Cristo não veio abolir a lei, mas cumpri-la, e lei será escrita nos corações dos homens pelo dedo do Espírito santo, como anteriormente havia sido escrita nas tábuas de pedra. O Senhor fará, por sua graça, com que o seu povo seja voluntário no dia de seu poder. Todos conhecerão ao Senhor, todos serão bem vindos ao conhecimento de Deus, e terão os meios para adquirir este conhecimento. Haverá derramamento do Espírito santo no tempo em que o Evangelho for anunciado. Nenhum homem perecerá ao final, a não ser por causa dos seus próprios pecados, ou não esteja disposto a aceitar a salvação de Cristo.

Vv. 35-40. Com a mesma segurança com que os corpos celestes continuarão o seu rumo estabelecido, conforme a vontade do seu Criador até o fim dos tempos, e como o mar bravio lhe obedece, assim os judeus continuarão como povo separado. As palavras apenas podem expressar com mais força a restauração de Israel. A reconstrução de Jerusalém, o seu crescimento e estabelecimento serão primícias das grandes coisas que Deus fará pela sua Igreja. A felicidade pessoal de cada crente e a restauração futura de Israel estão asseguradas por sua promessa, seu pacto e seu voto. Este amor divino sobrepuja o conhecimento, e para os que a recebem, toda a misericórdia presente representa primícias da salvação.

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