Gênesis 19 — Comentário de Matthew Henry

Gênesis 19 — Comentário de Matthew Henry

Comentário de Gênesis 19



Gênesis 19

Versículos 1-29: A destruição de Sodoma e a libertação de Ló; 30­ 38: O pecado e a desgraça de Ló.

Vv. 1-29. Ló era bom; porém, não havia qualquer outra pessoa na cidade que tivesse o mesmo caráter que ele. Todo o povo de Sodoma era mau e vil. Portanto, foi tomado o cuidado de salvar Ló e a sua família.

Ló se demorou, agiu de frivolamente. Assim, pois, muitos que estão convictos de seu estado espiritual e da necessidade de uma mudança, retardam esta obra tão necessária. A salvação dos homens mais justos ocorre por misericórdia de Deus, e não pelos méritos deles. Somos salvos pela graça. O poder de Deus deve também ser reconhecido, quando Ele retira almas de um estado de pecado. Se Deus não tivesse sido misericordioso para conosco, a nossa demora teria sido a nossa ruína.

Nesta passagem, Ló deve correr por sua vida. Ele não deve ter qualquer anelo por Sodoma. Ordens como estas são dadas àqueles que, por meio da graça, são libertos de um estado e condição de pecado. Não vos volteis ao pecado e nem a Satanás. Não descanseis no vosso ego, e nem no mundo. Acudi a Cristo e ao céu, pois isto é o que significa escapar em direção à montanha, não devendo deter-se antes de chegar.

Quanto a esta destruição, observe que se trata de uma revelação da ira de Deus contra o pecado, e contra os pecadores de todas as idades. Aprendemos aqui quão mal é pecar, e a sua natureza danosa; o pecado conduz à ruína.

Vv. 30-38. Nesta passagem deve ser observado o perigo da segurança. Ló, que se manteve casto em Sodoma, que se lamentava da maldade do lugar, e que era uma testemunha contra ela, quando estava a sós na montanha e, segundo acreditava, livre de qualquer tentação, é vergonhosamente vencido. Aquele que pensa que está alto e firme, cuide para que não caia.

Observe o perigo da embriaguez; ela não é somente um pecado em si mesma, mas também conduz a muitos pecados, os quais produzem feridas e desonras duradouros. Muitos homens quando estão ébrios fazem aquilo que, quando estão sóbrios, não poderiam sequer pensar, pois ficariam horrorizados. Observemos também o perigo da tentação, mesmo por parte de parentes e amigos, a quem amamos e estimamos, e de cuja parte esperamos a bondade.

Devemos temer as armadilhas onde quer que estejamos, e estar sempre em guarda. Não podem haver escusas nem para as filhas, e nem para Ló. É difícil atribuir um motivo para o ocorrido, exceto este: o coração é mais enganoso do que todas as coisas, e é perverso: Quem o conhece? Pelo silêncio das Escrituras em relação a Ló deste ponto em diante, devemos aprender que a embriaguez, assim como tornar os homens esquecidos, faz com que estes também sejam esquecidos.

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