Significado de Neemias 12

Neemias 12

Neemias 12 continua descrevendo a restauração de Jerusalém e a dedicação dos muros reconstruídos, ao mesmo tempo em que destaca o papel dos sacerdotes, levitas e outros líderes na adoração e administração da cidade.

O capítulo começa listando os sacerdotes e levitas que retornaram com Zorobabel e Jesua (Josué) durante a primeira onda de exílio. Ele detalha as divisões entre os sacerdotes e levitas, que serviam em vários cargos dentro do templo. Esta lista reflete a ordem e organização dos serviços religiosos.

O capítulo então relata os eventos que cercam a dedicação do muro reconstruído. Neemias organiza dois grandes coros, liderados por Esdras, o escriba, e um sacerdote chamado Neemias, para marchar no topo das muralhas em uma procissão de ação de graças e celebração. Os coros cantam canções de louvor e ação de graças a Deus enquanto se movem pelas paredes, acompanhados por instrumentos musicais.

Como parte da dedicação, são oferecidos sacrifícios e os levitas recebem tarefas específicas durante a ocasião festiva. O povo oferece abundantes sacrifícios e expressa sua alegria e gratidão pela restauração das defesas da cidade e seu renovado compromisso com a aliança de Deus.

O capítulo também menciona a nomeação de tesoureiros para supervisionar as contribuições e ofertas para o templo e seus serviços. Esses tesoureiros asseguravam que as necessidades dos sacerdotes, levitas e trabalhadores do templo fossem atendidas.

Em um relato detalhado, Neemias registra os nomes dos sacerdotes e levitas que serviram na época de Jesua e Joiaquim, bem como os nomes dos sumos sacerdotes. Esta lista genealógica enfatiza a continuidade da liderança religiosa e o papel integral do sacerdócio na adoração a Deus.

O capítulo termina descrevendo a purificação dos sacerdotes, levitas e do povo de acordo com as exigências da Lei. Este ato de purificação simboliza sua dedicação ao serviço de Deus e seu compromisso de viver em santidade.

Em resumo, Neemias 12 destaca a dedicação dos muros reconstruídos de Jerusalém, enfatizando o papel dos sacerdotes, levitas e líderes na adoração e administração da cidade. O capítulo retrata uma imagem vívida da celebração, música e sacrifícios oferecidos durante a cerimônia de dedicação. Além disso, ressalta a importância dos registros genealógicos e a continuidade da liderança religiosa no culto a Deus.

Significado

12.1-8 O retorno de Zorobabel é registrado em Esdras 1-6. Jesua é o sacerdote Josué. Esdras: esse não é o sacerdote que escreveu o livro homônimo (Ed 7.1).

12.9 Estavam defronte dele nas guardas: o louvor era conduzido com dois coros de pé, de frente um para o outro.

12.10, 11 A listagem dos descendentes de Eliasibe até Jadua pode indicar que alguém que viveu após Esdras e Neemias tenha adicionado alguns desses nomes.

12.12-21 Nos versículos 1-7, são relacionados os nomes de 22 sacerdotes. Aqui, apenas 20 nomes estão registrados. Hatus (v.2) e Maadias (v.5) não são mencionados nessa listagem.

12.22 Dario: Dario II (Nótus), que reinou sobre a Pérsia de 423 a 405 a.C.

12.23-26 O livro das crônicas não é o livro bíblico, mas um registro oficial dos chefes das casas dos pais.

12.27-29 Após o término do muro de Jerusalém (cap. 6) ocorreu um avivamento no meio do povo (cap. 8 —10). Depois desse acontecimento, Neemias tomou providências para repovoar a cidade (7-4,5; 11.1, 2). Estes dois fatores explicam por que a dedicação dos muros foi adiada. A palavra dedicação (hb. hanukkâ) é transliterada em português como hanucá ou chanucá. A Festa de Hanucá foi comemorada a partir da experiência do povo judeu ao dedicar mais uma vez o templo depois de sua profanação pelos sírios e a subsequente revolta dos macabeus no segundo século antes de Cristo. O povo celebrou com alegria, em referência não apenas à festa em si, mas também à adoração a Deus.

O termo louvor, comumente encontrado no livro dos Salmos (Sl 147.7), significa reconhecimento público, declaração em voz alta, em público. Essa palavra — junto com canto, saltérios, alaúdes e harpas — sugere o uso de salmos em arranjos musicais com palavras de louvor e acompanhamento instrumental.

12.30-35 O método de purificação não é determinado, mas a ordem, sim: os sacerdotes e os levitas, seguidos pelo povo, e as portas, e o muro. Aqueles que manuseavam os vasos do Senhor tinham de ser purificados primeiro.

12.36-42 A associação do nome de Davi com instrumentos músicos foi uma referência ao glorioso passado de Israel.

12.43 Os sacrifícios oferecidos na dedicação do muro talvez não fossem holocaustos, mas ofertas de paz, quando o povo compartilhava uma refeição comum. A dedicação foi uma ocasião de grande regozijo, da qual todos, incluindo as esposas e os filhos, participaram.

12.44-47 Após a dedicação do muro, o povo tomou as providências para remunerar os sacerdotes, os levitas, os cantores e os porteiros que serviam no templo. A alegria do Senhor deveria produzir serviço para Deus. Nesse caso, o contentamento que o povo sentiu reverteu-se em provisões para o templo. Homens foram indicados como guardiões das primícias e dos dízimos. Nos dias de Davi e de Asafe. A época da maravilhosa música de Israel nunca foi esquecida; ela servia de modelo para os dias vindouros.

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