Significado de Jó 24

Jó 24

Em Jó 24, Jó continua a expressar sua confusão e angústia diante da aparente injustiça do mundo, descrevendo o sofrimento dos pobres e oprimidos e a aparente prosperidade dos ímpios.

As palavras de Jó no capítulo 24 são um poderoso lembrete da importância da compaixão e empatia por aqueles que estão sofrendo. Ele pinta um quadro vívido das dificuldades enfrentadas pelos pobres e marginalizados e desafia as visões simplistas de seus amigos que sugerem que o sofrimento é sempre resultado do pecado. As palavras de Jó também oferecem um alerta contra os perigos da arrogância e da complacência, lembrando-nos da importância de reconhecer nosso próprio privilégio e trabalhar para aliviar o sofrimento dos outros.

No geral, Jó 24 é um capítulo que destaca a complexidade e profundidade do livro de Jó. Mostra as emoções intensas que podem surgir diante do sofrimento, bem como a importância de questionar nossas suposições e crenças. A recusa de Jó em aceitar explicações simplistas para o sofrimento é um poderoso lembrete da importância da empatia e da compreensão diante da dor e das dificuldades humanas.

Comentário de Jó 24

24.1 A oração visto que do Todo-poderoso se não encobriram os tempos também poderia ser traduzida como por que os tempos não estão armazenados pelo Todo-poderoso? O paralelismo da segunda parte pode ser uma indicação de que a palavra tempos faz alusão aos dias estipulados para o julgamento de Deus.

24.2-8 A remoção de limites (sinalizações de caminho) no antigo Oriente Médio equivalia à apropriação indevida de terras. Era um crime sério que sujeitava a pessoa à maldição divina (Dt 27.17).

24.9-11 E irônica a reclamação que Jó faz a Deus por permitir que pessoas arranquem uma criança do peito de sua mãe. Pouco antes, ele havia se queixado de que Deus não o arrancara do peito de sua mãe logo depois de ele haver nascido (Jó 3.12).

24.12, 13 Nesta transição entre listas de pecados sociais e crimes, Jó protesta por Deus ignorar aqueles que clamam por ajuda, já que Deus estaria supostamente ignorando seus próprios clamores.

24.15 Os olhos do adúltero aguardam o crepúsculo é uma boa tradução do texto em hebraico. O significado da palavra luz (v. 16) é exatamente no crepúsculo (contexto dos versículos 14-16), mas também pode denotar ao amanhecer.

24.16 Os ladrões minavam — numa tradução literal, cavavam — as casas à noite. As paredes das casas eram feitas de tijolos de barro, os quais poderiam ser perfurados pelos ladrões. A expressão que de dia assinalaram pode ter outro sentido, o de que se calaram durante o dia.

24.17 As palavras sendo conhecidos, sentem os pavores da sombra da morte também poderiam ser traduzidas como porque têm familiaridade com os terrores da grande escuridão. Sobre as palavras sombra da morte, leia Jó 3.5.

24.18-25 Estes versículos sobre o destino final dos perversos são problemáticos. Soam mais como as palavras dos amigos do que as de Jó (Jó 15.3—21.34). Sendo assim, os críticos geralmente as atribuem a Zofar, que não possui qualquer parte no terceiro ciclo de diálogos, ou a Bildade, cuja última fala é bastante curta (Jó 25.1-6). Porém, devem ser consideradas palavras de Jó, porque é provável que estivesse reproduzindo o ponto de vista de seus amigos para depois contestá-lo.

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