Significado de Jó 18

Jó 18

Jó 18 é um capítulo no qual o amigo de Jó, Bildade, continua seu argumento contra Jó, acusando-o de ser tolo e arrogante. Bildade insiste que o sofrimento de Jó é resultado de seu próprio pecado e que ele deveria se arrepender e buscar o perdão de Deus.

As palavras de Bildade no capítulo 18 são um lembrete do perigo de julgar os outros e assumir que seu sofrimento é resultado de seu próprio pecado. O livro de Jó desafia essas visões simplistas do sofrimento, mostrando que mesmo as pessoas mais justas podem experimentar imensa dor e sofrimento sem qualquer causa aparente. A insistência de Bildade na culpa de Jó também é um lembrete da importância da humildade e da compaixão ao lidar com os que sofrem.

Apesar das palavras equivocadas de Bildade, Jó 18 ainda oferece alguns insights importantes sobre a experiência humana do sofrimento. É um lembrete de que nossa compreensão da justiça de Deus e das causas do sofrimento é limitada, e que devemos abordar essas questões com humildade e mente aberta. Também destaca a importância de buscar perdão e arrependimento por nossos próprios pecados, mesmo que eles não sejam a causa direta de nosso sofrimento.

Em última análise, Jó 18 nos desafia a confiar na bondade e na justiça de Deus, mesmo em meio às mais difíceis provações e tribulações.

Comentário de Jó 18

18.1-3 Quando Bildade pergunta por que ele e seus amigos estão sendo tratados como animais, aparentemente demonstra estar ofendido com as palavras pronunciadas pelo amigo em Jó 12.7-9.

18.4 O tu, que despedaças a tua alma na tua ira. Esta frase parece ser a resposta de Bildade à alegação de Jó de que Deus o atingira com as flechas da Sua ira (Jó 16.13).

18.5-10 Quanto às palavras rede e armadilha, há seis palavras diferentes em hebraico para aludir aos vários tipos de redes e armadilhas. Elas ressaltam os diversos perigos iminentes que Deus tem reservado para os perversos, a fim de garantir que serão apanhados em sua perversidade.

18.11-14 Bildade atribui cruelmente a doença de Jó ao primogênito da morte, referência ao demónio das pragas e doenças (Jó 3.8). O rei dos terrores deve ser a morte personificada como um rei. Outros sugerem que possa ser uma referência a Satanás.

18.15-19 Ao descrever as raízes como secas ou murchas, Bildade contraria o argumento anterior quanto à árvore que é decepada, mas brota a partir das raízes (Jó 14-7,8). [Haveria mais esperança para uma árvore do que para um ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus?] Para Bildade, não havia esperança para a descendência de Jó, uma vez que Deus, apagaria a memória dele na terra, tendo dado cabo de seus descendentes. Na Antiguidade, isso era sinal de maldição divina. Mais uma vez Bildade manifesta grande insensibilidade com relação a Jó pelas perdas que este sofreu, especialmente dos filhos (Jó 8.4).

18.20, 21 Neste breve resumo, Bildade usa a palavra perverso, que em hebraico tem o sentido literal de injusto, refutando a alegação de Jó de que Deus os entregou ao ímpio. Bildade cria que as acusações nos versículos 5-20 comprovam a acusação de que Jó é culpado, que age com perversidade.

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