Significado de 2 Tessalonicenses 1

2 Tessalonicenses 1

1:1 Paulo, Silvano e Timóteo também foram os autores e editores de 1 Tessalonicenses. Silvano (termo latino para Silas) foi companheiro de viagem de Paulo desde o início da segunda viagem missionária. Participou da fundação da Igreja em Tessalônica (At 17.1-4). Timóteo também estava acompanhando Paulo em sua segunda viagem missionária. Seu relato acerca da igreja tessalonicense foi a razão de 1 Tessalonicenses ter sido escrito (1 Ts 3.6-8). A igreja. A palavra grega ekklesia significa ajuntamento ou assembleia. Embora os tessalonicenses estivessem sofrendo perseguição, e falsos mestres estivessem se infiltrando entre eles, Paulo ainda se dirige a eles como uma assembleia em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo. As circunstâncias conturbadas que eles estavam passando não mudavam sua posição diante de Deus.

1:2 A saudação de Paulo é similar àquelas em outras cartas antigas (G1 1:3; Cl 1:2; 1 Ts 1:2), mas sua expressão está cheia de significado espiritual. Graça é o favor imerecido que Deus concede aos cristãos por meio de Jesus Cristo. Paz refere-se ao fim da inimizade entre Deus e as pessoas. Os tessalonicenses podiam sentir paz com Deus mesmo durante a terrível perseguição.

1:3-12 Paulo agradece a Deus pelo progresso dos cristãos tessalonicenses, especialmente por resistirem à perseguição (v. 3, 4). Ele os incentiva ao revelar como aqueles que são perseguidos agora serão glorificados na volta de Cristo (v. 5-10). O apóstolo ora para que continuem em santidade e, consequentemente, estejam prontos quando o Senhor vier (v. 11, 12).

1:3 A fidelidade da igreja tessalonicense na perseguição deu a Paulo razão para louvar a Deus. Satanás persegue os cristãos para desanimá-los e derrotá-los. Estes cristãos haviam sofrido perseguição, mas continuaram a crescer em Cristo, de acordo com a primeira oração do apóstolo em sua primeira carta dirigida a eles (1 Ts 3.10; 4.9, 10). Aqui o apóstolo louva a Deus porque a fé dos tessalonicenses está crescendo muitíssimo. O crescimento deles vai além de todas as expectativas naturais. Aumenta descreve um crescimento expansivo similar ao aumento repentino das águas de uma enchente. A firmeza da fé dos tessalonicenses não somente os fortalecia para resistir a situações difíceis, mas também os motivava a expressar o amor genuíno pelos outros. A fé do cristão em Cristo deve sempre culminar no verdadeiro amor pelos outros (leia o mandamento de Cristo em Jo 13.34, 35).

1:4 A perseguição não somente prova a fé, mas a revela e a faz crescer. Fé contínua e perseverança durante as perseguições dão testemunho de Cristo, do qual Paulo estava se orgulhando para as outras igrejas.

1:5-10 Paulo incentiva os tessalonicenses a perseverarem diante do juízo iminente na volta de Cristo. O artigo definido junto com o uso do singular não deixa dúvida de que ele está se referindo a um evento no futuro em que o justo Juiz corrigirá as terríveis disparidades que existem agora.

1:5, 6 Embora os tessalonicenses estivessem resistindo à perseguição (At 17.5-9; 1 Ts 2.14), Paulo explica que os perseguidores deles receberiam o troco de Deus. O justo juízo de Deus requer que os injustos sejam castigados por perseguirem os justos (Sl 9; 10; 17; 137; Ap 6.9, 10). Além disso, se souberem lidar com suas perseguições, os cristãos serão considerados dignos da grande recompensa no reino vindouro de Deus (Mt 5.12; 1 Pe 2.19, 20). Os cristãos são chamados a resistir ao sofrimento neste mundo, pois receberão uma recompensa muito maior no mundo que há de vir (2 Tm 2.12).

1:7-9 Descanso é estar livre da aflição que virá na volta de Cristo (Ap 6.11). A luta dos cristãos nesta terra necessariamente inclui tensão. Na vinda de Cristo, nós nos sentiremos livres dessa tensão para sempre, mesmo permanecendo ativos em Seu serviço. Esta promessa de descanso eterno no futuro ajuda o cristão que sofre a resistir às provações do presente (v. 4) Quando se manifestar o Senhor Jesus. Neste momento, o Senhor Jesus está entronizado na glória, à destra do Pai (Jo 17.5). Estêvão viu essa glória antes de ser martirizado (At 7.55, 56), mas, um dia, e talvez seja logo, todo olho o verá (Ap 1:7). Observe a descrição em três partes da aparição de Jesus: desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo. Embora outras passagens retratem Sua vinda nas nuvens, segundo a descrição dessa passagem Jesus está cercado de chamas flamejantes, vingando-se daqueles que o rejeitaram. João Batista profetizou acerca desse batismo com fogo (Mt 3.11, 12; Lc 3.16, 17).

Neste exato momento, Cristo batiza com o Espírito Santo aqueles que vêm a Ele; mas, quando vier para julgar, Ele batizará com fogo. Hoje é o dia de salvação, mas aquele será o dia de vingança contra os que não conhecem a Deus (gentios que não creram; Ef 2.11, 12) e os que não obedecem ao evangelho (judeus incrédulos que conheciam Deus, mas que rejeitaram Seu Filho; Rm 10.1, 16). Havia tanto judeus como gentios convertidos na igreja tessalonicense (At 17.1-5). Portanto, os cristãos tessalonicenses perseguidos poderiam ser encorajados pelo fato de que, quando Jesus for revelado no céu com Seus anjos, Ele trará labareda de fogo e eterna perdição sobre os inimigos de Deus, os que perseguiram os cristãos (Ap 19.12, 17-19; 20.10-15). A palavra perdição não significa aniquilação; refere-se ao terrível destino daqueles que rejeitam a Jesus, a separação eterna de Deus (Mt 25.42-46).

1:10-12 Em contraste com a destruição dos ímpios, Cristo será glorificado nos seus santos. Cristo será glorificado não somente entre os santos, mas também neles, pois os cristãos refletem Sua glória. Paulo continuou a orar para que os cristãos tessalonicenses vivessem de modo digno para com Deus, de um modo que glorificasse a Cristo (1 Ts 2.12). Os cristãos estão determinando hoje, pelo que fazem com a graça que lhes foi dada, até que ponto serão dignos de glorificar a Cristo no Reino que há de vir (2 Tm 2.12).

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