Salmos 47 — Comentário de Matthew Henry

Salmos 47 — Comentário de Matthew Henry
Comentário de Salmos 47

O povo é exortado a louvar ao Senhor.

Salmos [47]:1-4. O Deus com quem nos relacionamos é o Senhor cuja majestade é digna de reverência. A soberania universal e absoluta de Deus seria demasiadamente terrível para que nela pensarmos, se não fosse exercida da maneira feita por seu Filho a partir de um trono de graça; agora, é terrível somente para os que praticam a iniquidade. Enquanto o seu povo expressa confiança e gozo, e anima-se uns aos outros a servi-lo, os pecadores devem se submeter à sua autoridade e aceitar a salvação que Ele lhes oferece.

Jesus Cristo sujeitará os gentios; levá-los-á ao redil como ovelhas, não para matá-las, e sim guardá-las. Dedicará o seu afeto, e fará com que se ofereçam voluntariamente no dia de seu poder. Também diz que lhes dará repouso e satisfação. A aplicação espiritual é esta: o próprio Senhor se propôs a ser a herança de seu povo. Isto mostra a fé e a submissão dos santos. É a linguagem de toda a alma na graça. Jeová escolherá a minha herança; Ele sabe, melhor do que eu mesmo o que é bom para mim.

Salmos [47]:5-9. O louvor é um dever que devemos cumprir frequente e abundantemente. Porém, aqui há uma regra necessária: cantar com inteligência, como os que compreendem o porquê e quais são as razões que possuem para louvarem a Deus, e qual é o significado do culto. O serviço não será aceitável, se não for um culto racional. Jamais devemos nos esquecer qual é o objetivo da exaltação do Messias, porque os profetas continuamente insistem na conversão das nações ao Evangelho de Cristo. Por que imaginarmos de maneira vil que a Ele pertencemos, a menos que o Espírito Santo reine em nossos corações através da fé?

Senhor, não é a tua glória e prazer dar o arrependimento e a remissão dos pecados a Israel, nesta ocasião em que és louvado como Príncipe e Salvador? Estabeleça o teu reino nos nossos corações. Seja todo o pensamento levado cativo à obediência a Cristo, e assim constranja com doçura todos os poderes e faculdades da alma dos teus remidos, em amor, temor, e santa complacência em ti; e que possa brotar para ti, nosso Deus, o louvor inteligente de todo o coração, aqui e para sempre.