Salmos 28 — Comentário de Matthew Henry

Salmos 28 — Comentário de Matthew Henry
Comentário de Salmos 28

Versículos 1-5: Uma oração em meio à angústia; 6-9: Ação de graças pela libertação.

Salmos [28]:1-5. Davi era muito fervoroso para orar. Observe a fé que possuía na oração. Deus era a Rocha sobre a qual Davi edificava a sua esperança. Os crentes não devem descansar até que tenham recebido algum sinal de que as suas orações foram ouvidas. Ele pediu para ser salvo, não ser contado com os ímpios e não se enredou nas armadilhas que foram preparadas para ele. Desejou ser salvo dos pecados de seus inimigos, e de fazer o mesmo que faziam. Davi pediu ao Senhor que jamais permitisse que ele utilizasse para a sua segurança pessoal os ardis de engano e traição que os seus inimigos utilizavam para a sua destruição. Os crentes temem andar no caminho dos pecadores, e devem ser sensíveis ao perigo que correm de se desviarem. Todos nós devemos orar fervorosamente a Deus, para que, por intermédio de sua graça, sejamos resguardados. Os que não tomam parte com os pecadores têm motivos para esperar não receberem as suas pragas.

O salmista fala dos justos juízos do Senhor sobre os que praticam a perversidade (v. 4). Esta linguagem não é de paixão nem de vingança. É uma profecia sobre a chegada do dia em que Deus castigará todo o homem que persiste nas más obras que pratica. Os pecadores serão responsáveis não somente pelo mal que têm feito, mas também pelo mal que conceberam, e por tudo o que fizeram para concretizá-lo. O desprezo pelas obras do Senhor é a causa do pecado dos pecadores, e chega a ser a causa de sua ruína.

Salmos [28]:6-9. Deus ouviu as nossas súplicas? Então bendigamos o seu nome. O Senhor é a minha fortaleza, sustenta-me, e conduz-me através de todos os meus trabalhos e sofrimentos. O coração que verdadeiramente crê, em seu devido tempo se regozijará grandemente; temos que esperar gozo e paz quando cremos. Deus terá as ações de graças por isto. Assim devemos expressar a nossa gratidão.

Os santos regozijam-se no consolo dos demais, como em seu próprio. Não aproveitamos menos a claridade do sol e a luz do rosto de Deus pelo fato dos demais também participarem delas.

O salmista conclui com uma breve oração; porém, de grande alcance. O povo de Deus é a sua herança, e pede que Deus os salve e abençoe com todos os bens, especialmente com a abundância de suas ordenanças, que são alimento para a alma. E que dirija as suas ações e governe os seus assuntos para sempre. Também que os levante para sempre; não somente os que viviam naquela ocasião, mas ao seu povo de todos os tempos vindouros. Que os levante tão alto como o céu. Ali, e somente ali, os santos serão elevados para sempre, para que não voltem jamais a abater-se ou a deprimir-se.

Salve-nos, Senhor Jesus, dos nossos pecados; abençoe-nos, tu, filho de Abraão, com a bênção da justiça; alimente-nos, tu, Bom Pastor das ovelhas, e eleve-nos para sempre do pó, tu, que és a ressurreição e a vida.