Salmos 131 — Comentário de Matthew Henry

Salmos 131 — Comentário de Matthew Henry
Comentário de Salmos 131
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A humildade do salmista; os crentes são exortados a confiar em Deus.

O salmista não apontava algo que fosse demasiadamente alto ou grande, senão a estar contente em toda a condição que fosse disposta por Deus. Os santos humildes não podem pensar bem de si mesmos, como fazem os demais. O amor de Deus, que reina no coração, submeterá o amor próprio. Onde quer que haja um coração orgulhoso, é comum que existam olhares altivos. O conhecimento de Deus e de nosso dever é para nó suficientemente elevado. É nossa sabedoria não nos envolvermos com o que nada tem a ver conosco.

O salmista estava muito reconciliado com toda a condição em que o Senhor o colocara. Fora humilde como uma criancinha na idade de ser desmamada, e colocou-se completamente à disposição de Deus, assim como a criança está à disposição de sua mãe ou de sua babá.

Devemos chegar a ser como as crianças (Mt 18.3). O nosso coração deseja as coisas do mundo, clama por elas e dedica-lhes afeto, mas pela graça de Deus, a alma santificada já foi desmamada destas coisas. A criança irrita-se e teme enquanto atravessa a fase em que é desmamada; porém, em um ou dois dias já não se interessa mais por leite, e pode suportar alimento mais sólido. Assim, a alma convertida aplaca-se e submete-se a perder o que amava, desengana-se em relação ao que esperava, e estará tranquila, aconteça o que acontecer. Quando a nossa condição não está de acordo com o nosso propósito, devemos rever a nossa situação.

Assim estaremos tranquilos conosco mesmos, e com tudo o que estiver à nossa volta. Nesta ocasião, a nossa alma estará como uma criança desmamada. Deste modo, o salmista recomenda a todo o Israel de Deus, por experiência própria, que confie nEle. Bom é que tenhamos esperança e que aguardemos em silêncio a salvação do Senhor em cada prova.