Salmos 101 — Comentário de Matthew Henry

Salmos 101 — Comentário de Matthew Henry
Comentário de Salmos 101

O voto de Davi e a sua profissão de santidade.

Neste salmo, temos a declaração de Davi de como procurou colocar em ordem a sua casa e governar o seu reino, para deter a maldade e incentivar a piedade. Ele é também aplicável, particularmente, a cada família, bem como a cada governante. A todos os que estão investidos em autoridade, seja muito ou pouca, ensina a utilizá-la para terror dos malfeitores e louvor a todos os que praticam o bem.

O tema escolhido para este salmo é a misericórdia e o juízo de Deus. As providências do Senhor para com o seu povo são geralmente uma mistura de misericórdia e juízo. Deus coloca um em contraste com o outro, ambos para fazer o bem, como a chuva e o sol. Quando providencialmente nos exercita com esta mistura de misericórdia e juízo, devemos reconhecer a ambos adequadamente. As misericórdias mostradas para com a família, bem como as aflições que ela enfrenta, são úteis para que tenha cuidado com a religião.

Os que ocupam cargos públicos não estão dispensados da responsabilidade de governar a sua própria família. Eles devem ser os mais interessados em dar o exemplo do bom governo que desempenham em seus lares. Quando o homem tem o seu lar, deve buscar que Deus habite com ele; e os que andam com um coração perfeito e em um caminho reto podem esperar ter a sua presença.

Davi decide não praticar o mal. Além do mais, decide não manter os servos maus, nem empregar os que forem maus. Não os admitirá em sua família, para que não disseminem a infecção do pecado. Um coração mau, que se compraz em irar-se e ser perverso, não é apto para a sociedade cujo vínculo é o amor cristão. Tampouco tolerará os caluniadores, os que se comprazem em ferir a reputação de seu próximo. Deus resiste aos soberbos, aos falsos e enganosos, que não têm escrúpulos para mentir ou cometer fraudes. cada um seja zeloso e diligente para reformar o seu coração e os seus caminhos, e que faça isto logo; leve em consideração que esta futura manhã será muito surpreendente, pois nela o Rei de justiça negará a todos os malfeitores o acesso à Jerusalém celestial.