Jó 40 — Comentário de Matthew Henry

Jó 40 — Comentário de Matthew Henry


Jó 40 — Comentário de Matthew Henry


Jó 40

Versículos 1-5: Jó humilha-se diante de Deus; 6-14: O Senhor argumenta com Jó para mostrar a sua justiça, poder e sabedoria; 15-24: O poder de Deus no Beemote.

Vv. 1-5. A comunhão com o Senhor convence e humilha efetivamente o santo, e o alegra por afastar-se de seus pecados mais apreciados. É necessário estar totalmente convencido e humilhado como preparação para libertações notáveis. Depois de Deus ter mostrado a Jó o quão incapaz ele era de julgar os métodos e desígnios da providência, por sua manifesta ignorância sobre as obras da natureza, faz-lhe uma pergunta convincente: O que contende com o Todo-poderoso vai dar-lhe instruções? Agora Jó começa a derreter-se em santo pesar; não se rendeu quando os seus amigos argumentaram com ele; porém, a voz do Senhor é poderosa, e quando o Espírito da verdade chega, Ele convence. Jó se rende à graça de Deus, humilha-se perante Ele e nada tem a dizer para justificar-se, pois agora entende que é pecador.

O arrependimento muda a opinião que os homens têm sobre si mesmos. Agora, Jó está convencido de seu erro. Os que são verdadeiramente sensíveis à sua pecaminosidade e vileza, não se atrevem a justificar-se diante de Deus. Ele percebeu que era uma pobre criatura pecadora, néscia e má, que não deveria ter dito uma só palavra contra a conduta divina.

Um olhar à santa natureza de Deus é capaz de aniquilar o rebelde mais contumaz. Então, como poderia o homem mal ver a sua glória no dia do juízo? Quando virmos esta glória revelada em Jesus Cristo, seremos humilhados sem ser aterrorizados; a humilhação de si mesmo está de acordo com o amor de filho.

Vv. 6-14. Os que tiram proveito do que têm aprendido sobre Deus, ouvirão mais dEle. Os que estão verdadeiramente convencidos do pecado, necessitam, não obstante, ser mais plenamente convencidos e humilhados. sem dúvida, Deus, e somente Ele, tem poder para humilhar e abater os soberbos; Ele tem sabedoria para conhecer quando e como fazê-lo, e não precisa que o ensinemos a maneira pela qual deva governar o mundo. As nossas mãos não podem nos salvar e recomendar-nos à graça de Deus, e muito menos podem nos resgatar da sua justiça. como consequência, devemos encomendar-nos às suas mãos. A renovação do crente realiza-se através do mesmo caminho de convicção, humilhação e vigilância contra o pecado que resta, como na conversão ao princípio. Quando nos convencemos de muitos males em nossa conduta, ainda necessitamos ser convencidos de muito mais.

Vv. 15-24. Para demonstrar o seu poder com novas provas, Deus descreve dois enormes animais, que superam em muito o homem em tamanho e força. Beemote significa besta. A maioria o identifica com um animal conhecido no Egito, o hipopótamo, o cavalo do rio.

Este enorme animal é apresentado como argumento para nos humilharmos diante de Deus; foi Ele quem criou este enorme animal, tão temível e feito em forma maravilhosa. Toda a fortaleza deste e de outros animais é proveniente de Deus. AquEle que criou a alma dos homens conhece todos os caminhos que conduzem a ela, e pode fazer com que a espada da justiça, a sua ira, dela se aproxime e a toque. Todo o homem piedoso possui armas espirituais, toda a armadura de Deus para resistir e vencer o tentador, para que a sua alma imortal esteja a salvo, sem se importar o que chegue a ser de sua frágil carne e de seu corpo mortal.

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