Jó 36 — Comentário de Matthew Henry

Jó 36 — Comentário de Matthew Henry


Jó 36 — Comentário de Matthew Henry


Jó 36

Versículos 1-4: Eliú deseja a atenção de Jó; 5-14: Os métodos através dos quais Deus trata com os homens; 15-23: Eliú aconselha a Jó; 24-33: As maravilhas das obras da criação.

Vv. 1-4. Eliú sustentou que a aflição foi enviada para provar a Jó, e que se prolongava por ele ainda não estar completamente humilhado sob ela. Procura atribuir retidão ao se Criador, para aclarar a verdade de que Deus é justo em todos os seu caminhos. Este conhecimento devia ser aprendido por intermédio da Palavra e do Espírito Santo porque estamos naturalmente afastados dEle. O discurso de Eliú é adequado à disputa de Jó e seus amigos. Ele lhe mostra a verdadeira razão das provas com as quais fora castigado, ensina-lhe que Deus agira com misericórdia para com ele, e mostra o beneficio que receberia. corrige o erro de seus amigos e demonstra que as calamidades de jó foram para o seu bem.

Vv. 5-14. Eliú mostra que Deus age como um rei justo. Sempre está disposto a defender os que são feridos. se os nossos olhos estivessem sempre dirigidos para Deus em nosso dever, os seus olhos estariam sempre sobre nós com misericórdia, e quando estivéssemos mais necessitados, Ele não nos ignoraria. Quando Deus permite que sejamos afligidos, quer também nos revelar pecados passados e trazê-los à nossa memória. Ele dispõe também os nossos corações para que sejam ensinados: a aflição faz com que as pessoas se disponham a aprender por meio da graça de Deus, que opera com ela e por ela. Além do mais, nos dissuade de pecar no futuro. Não ter algo mais a ver com o pecado é um mandamento.

Se servimos fielmente a Deus, temos a promessa da vida que está presente, e suas consolações, enquanto for para a glória de Deus e o nosso bem: e quem os desejaria ainda mais? Temos a possessão de prazeres interiores, a grande paz que possuem os que amam a lei de Deus. se a aflição não fizer a sua obra, os homens devem esperar que o forno seja ainda mais aquecido, até que sejam consumidos. Os que morrem sem conhecimento morrem sem a graça, e estão excluídos dEle para sempre.

Observe a natureza da hipocrisia; ela jaz no coração: e é a favor do mundo e da carne, enquanto exteriormente parece ser a favor de Deus e da fé. O caso dos pecadores é espantoso, não importa se morram jovens ou vivam muito para acumular a ira. As almas dos maus vivem depois da morte; porém, em desgraça eterna.

Vv. 15-23. Eliú mostra que Jó causou a continuidade de seu próprio transtorno. Adverte-lhe a não persistir em sua porfia. Até os homens bons devem ser retidos em seu dever pelo temor à ira de Deus; os mais sábios e os melhores têm em si o suficiente para merecer o seu golpe. Jó não deve continuar em sua injusta discussão com Deus e sua providência. Nunca devemos nos atrever a pensar bem sobre o pecado; não devemos satisfazê-lo, nem nos permitirmos pecar. Eliú pensa que Jó precisava desta advertência por ter preferido gratificar o seu orgulho e humor, ao contender com Deus, mais do que mortificá-los, a fim de submeter-se e aceitar o seu castigo. É absurdo pensarmos em ensinar a quem é a própria Fonte de luz, verdade, conhecimento e instrução. Ele ensina através da Bíblia, que é o melhor dos livros; ensina através de seu Filho, que é o melhor Mestre. É justo em todos os seus procedimentos.

Vv. 24-33. Eliú propõe-se a tornar Jó um homem repleto de pensamentos elevados sobre Deus e, assim, persuadi-lo a submeter-se de boa vontade à sua providência. O homem pode ver as obras de Deus e é capaz de discernir sua mão nelas, coisa que os animais não podem fazer; portanto, ele deve dar a glória a Ele. Enquanto o que comete iniquidade deve tremer, o crente precisa regozijar-se. As crianças devem ouvir com prazer a voz de seu pai, ainda que ele fale sobre o terror aos seus inimigos. Não há luz, mas pode ser que haja uma nuvem interceptando-a. A luz do favor de Deus, de seu bendito rosto, pode ter muitas nuvens. As nuvens de nossos pecados fazem com que o Senhor esconda de nós o seu rosto, e impeça que a luz de sua bondade brilhe sobre as nossas almas.

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