Jó 11 — Comentário de Matthew Henry


Jó 11 — Comentário de Matthew Henry

Jó 11 — Comentário de Matthew Henry



Jó 11

Versículos 1-6: Zofar reprova a Jó; 7-12: As perfeições de Deus e sua onipotência; 13-20: Zofar assegura bênçãos a Jó, após seu arrependimento.

Vv. 1-6. Zofar ataca Jó com muita veemência, apresentando-o como alguém apreciado ao falar, ainda que não possa dizer algo sobre o tema em discussão, e como quem mantém falsidades. Desejava que Deus mostrasse a Jó que a ele era infligido menos castigo do que o merecido. Estamos prontos com muita segurança para pedir a Deus que atue em nossas disputas, e para pensar que se tão-somente falasse, Ele estaria a nosso favor. Devemos deixar todas as disputas a critério do juízo de Deus, que é segundo a verdade; porém, nem sempre os que são mais inclinados a apelar à justiça divina são os que têm mais razão.

Vv. 7-12. Zofar fala bem a respeito de Deus, sua grandeza e sua glória; e no tocante ao homem, fala o quão vãos e néscios costumam ser. Assim Deus vê ao homem vão: que se considera sábio ainda que nasça como um indomável filhote de jumento selvagem, não domesticável. O homem é uma criatura vã; vazia, esta é a qualificação correta. Não obstante é uma criatura orgulhosa que se engana a si mesma. Pensa que é sábio, ainda que não se submeta às leis da sabedoria. Ele seria sábio se seguisse a sabedoria proibida e, como os seus primeiros pais, tendendo a ser mais sábio do que aquilo que está escrito, perde a árvore da vida por causa da árvore do conhecimento. Uma criatura nesta condição é apta para contender com Deus?

Vv. 13-20. Zofar exorta a Jó a que se arrependa e lhe dá ânimo, ainda que misturados com pensamentos maus sobre Jó. Ele pensava que a prosperidade terrena sempre era a sorte do justo, e que Jó estava condenado a ser hipócrita, a menos que sua prosperidade fosse restaurada. "Então o teu rosto levantarás sem mácula", isto é, poderás ir diretamente ao trono da graça, e não com terror e o assombro expressos no cap. 9.34. Se formos vistos no rosto do Ungido, nossos rostos antes deprimidos poderão ser levantados; ainda que corruptos, agora lavados com o precioso sangue do Senhor Jesus Cristo, podem ser levantados sem manchas. Poderemos nos aproximar com plena segurança de fé, quando formos purificados da má consciência (Hb 10.22).