Significado de Zacarias 12

Zacarias 12

Em Zacarias 12, o profeta recebe uma visão profética que se concentra na futura restauração de Jerusalém e do povo de Israel. O capítulo começa com uma declaração de que Jerusalém se tornará um “cálice de tremor” e uma “pedra pesada” para as nações ao seu redor. Isso significa o conflito e os desafios que Jerusalém enfrentará, tornando-se um ponto focal de atenção internacional.

Deus promete proteger Jerusalém e lutar contra aqueles que procuram prejudicá-la. O povo de Jerusalém reconhecerá a intervenção de Deus e lamentará sua rejeição a Ele no passado. Eles se voltarão para Deus em arrependimento, e Deus os purificará do pecado e da impureza.

O capítulo termina com uma visão de um dia futuro em que a casa de Davi e os habitantes de Jerusalém serão cheios de um espírito de graça e súplica. Isso reflete uma transformação do coração das pessoas e um relacionamento renovado com Deus. Zacarias 12 enfatiza os temas de proteção divina, restauração e arrependimento. Aponta para um futuro em que Deus reunirá o Seu povo e estabelecerá a Sua presença em Jerusalém, promovendo uma profunda ligação espiritual e reconciliação entre Deus e o Seu povo.

Significado

12.1-9 Zacarias prevê o dia futuro em que Israel será liberto de seus inimigos, quando as nações gentias ímpias serão então destruídas. O profeta está sugerindo que o estabelecimento final do Reino de Deus deverá ser precedido de uma oposição concentrada, mas sem sucesso, contra o povo de Deus.

12.1 Como em Zacarias 9.1, o peso, aqui, é um juízo pesado, do qual o profeta tem de desfazer- se Três expressões descrevem a grandeza de Deus como o Criador do céu, da terra e do espírito do homem.

12.2 Jerusalém é representada como um copo de vinho, ou uma bebida forte, que causa tremor. O copo, ou cálice, é muito usado nas Escrituras como metáfora da ira de Deus (Is 5 1.17; Jr 25.15; Ez 23.33; Ap 14.10; 16.19). O cerco na guerra significava rodear a cidade para impedir que seus habitantes fugissem e, ao mesmo tempo, recebessem suprimento de água e comida, forçando-os a render-se.

12.3 Jerusalém é comparada a uma pedra pesada que ferirá todos os que tentem removê-la.

12.4 Deus confundirá tanto cavalos quanto cavaleiros do exército inimigo. O juízo triplo — espanto, loucura e cegueira — é citado nas maldições do pacto de Deus (Dt 28.28).

12.5 Os chefes ou líderes de Judá reconheceriam o poder de Deus para livrar Seu povo. A força do povo estava no Senhor (Fp 4.13).

12.6 Judá é comparado a uma brasa ardente colocada em meio à lenha para atear uma fogueira e a um facho entre as gavelas (uma tocha entre feixes de galhos secos), podendo incendiar rapidamente um campo ou uma floresta.

12.7 As tendas de Judá é uma alusão aos judeus que viviam fora de Jerusalém, nas áreas rurais. A casa de Davi se refere à sua descendência.

12.8 Usando de ousada analogia, Zacarias compara os descendentes de Davi com Deus. O anjo do SENHOR aqui é o próprio Ser de Deus (Êx 23.20; Nm 22.22; Jz 2.1; 13.15-22).

12.9 Todas as nações que atacarem Israel (v. 2) serão julgadas e destruídas (Mt 25.31-46).

12.10-13.6 Zacarias continua descrevendo o futuro livramento do povo de Deus mediante arrependimento e renovação espiritual. Os eventos descritos aqui terão sua ocorrência, de natureza escatológica, durante a segunda vinda do Messias.

12.10 Derramarei. Esta metáfora é certamente tirada das abundantes chuvas do inverno naquela região, significando provisão abundante (Jó 36.28; Is 44.3; Lm 2.19). Espírito de graça diz respeito à ação graciosa do Espírito Santo, que leva à confissão e ao arrependimento (Jo 16.8-11).

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