Significado de Salmos 97

Salmos 97

O Salmo 97 é um hino de louvor a Deus, enfatizando sua soberania e a alegria que advém de reconhecê-lo como Senhor de todos. O salmo começa com uma declaração do reino de Deus, proclamando que “o Senhor reina” e que a terra e seus habitantes devem se alegrar. O salmo então descreve a natureza do reinado de Deus, enfatizando sua retidão e justiça, bem como seu poder e força. O salmista reconhece que até os céus e a terra proclamam a glória de Deus e que todas as pessoas são chamadas a honrá-lo e adorá-lo.

Na segunda metade do salmo, o foco muda para a resposta do povo de Deus ao seu reinado. O salmista convida o povo a se alegrar no Senhor e a lhe dar graças por sua bondade e misericórdia. O salmo também enfatiza a importância da obediência aos mandamentos de Deus, observando que quem ama o Senhor odeia o mal e procura fazer o que é certo. O salmo conclui com um chamado à adoração, exortando o povo a se curvar diante do Senhor e a reconhecer sua grandeza e santidade.

Resumo de Salmos 97

Em resumo, o Salmo 97 enfatiza a majestade e a soberania de Deus e convida seu povo a reconhecer seu reinado e responder com alegre adoração e obediência. O salmo destaca a centralidade da retidão e justiça de Deus, observando que seu governo é caracterizado pela justiça e equidade. Ao mesmo tempo, o salmo enfatiza a bondade e a misericórdia de Deus, convidando seu povo a dar graças e louvor por suas muitas bênçãos. O salmo é um lembrete poderoso da grandeza de Deus e da alegria que vem de reconhecê-lo como Senhor de todos.

Significado de Salmos 97

O Salmo 97, pertencente à série de salmos reais (93-99), possui um tom particularmente apocalíptico em sua descrição do juízo final sobre os ímpios antes que Deus estabeleça em definitivo Seu glorioso reino. A sequência do poema é: (1) convocação para louvar ao Senhor Deus (v. 1); (2) visão do juízo que recairá sobre os ímpios (v. 2-6); (3) declaração profética sobre o fim da idolatria (v. 7-9); (4) promessa de grande alegria para os justos (v. 10, 11); (5) nova convocação para louvar ao Senhor (v. 12).

Comentário ao Salmos 97

Salmos 97:1 O Senhor reina. Mais uma vez, início com a expressão principal dos salmos reais (Sl 93.1). A terra inteira, bem como suas menores frações as ilhas, regozija-se pela possibilidade de estabelecimento do reinado de Deus sobre a terra.

Salmos 97:2 Nuvens e obscuridade pode ser reformulado para nuvens impenetráveis. E uma indicação do tremendo juízo final que se aproxima e do incrível poder de Deus (J1 2.2; Sf 1.15). Justiça e juízo pode ser reformulado para retidão absoluta. Os fundamentos do juízo vindouro de Deus serão Sua integridade; absolutamente corretas serão Suas sentenças.

Salmos 97:3-6 Fogo. O salmista emprega certas imagens do falso deus da tempestade, Baal, para descrever o juízo do verdadeiro Deus. Esta linguagem poética procura prever um juízo final na terra antes de Deus estabelecer em definitivo o Seu reino.

Salmos 97:7, 8 A prática contínua da idolatria pelos séculos é grave ofensa ao Senhor. Esta conduta há de se encerrar, no final dos tempos, com todos confundidos e aterrorizados (Sl 14.5). Prostrai-vos. Tudo o que serve como objeto de idolatria há de, um dia, render louvores ao verdadeiro Deus (Sl 115.4-10).

Salmos 97:9-11 Aborrecei significa rejeitai; amai significa escolhei. A Bíblia dá estas ordens tanto para amar como para aborrecer, sendo ambas as atitudes expressões da vontade pessoal, não simples emoção. A luz semeia-se. Imagem de um semeador cuja semente é luz e alegria. E uma referência à restauração da terra (Sl 110).

Salmos 97:12 Alegrai-vos. O salmo começa e termina com uma nota de júbilo.

Salmos 97:1-5 (Devocional)

O SENHOR reina

No Salmo 97, o último versículo do salmo anterior é discutido longamente, apontando para a vinda do Messias (Salmo 96:13). No salmo que agora temos diante de nós, o Messias aparece. Este evento e suas consequências são cantadas aqui. A mensagem a Maria sobre o reino do Filho que ela receberá é apresentada profeticamente (Lc 1,32).

Isaías exclama: “Quão amáveis são sobre as montanhas os pés daquele que traz boas novas … [e] “diz a Sião: “Seu Deus reina!”“ [ou: “Seu Deus é Rei”] (Isaías 52:7; cf. Sl 93:1). Já no Salmo 96, esta mensagem foi transmitida por Sião ao mundo: “O SENHOR é Rei” (Salmo 96:10). Isso é agora mais explorado no Salmo 97 e no Salmo 99. Assim, ambos os salmos começam com a exclamação: “O SENHOR [Yahweh] reina [ou: é Rei]” (Salmos 97:1; Salmos 99:1; cf. Ap 19:6; Ap 11:15-17).

O salmista exclama que “o SENHOR reina” [literalmente, “Yahweh é Rei”] (Sl 97:1). Ele se senta no trono. O universo não é governado por leis naturais ou pela autoridade de um poder maligno. Existe um Governante soberano, que é sábio, santo, justo e sensato. Portanto: “Alegre-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas.” Para fazer isso, eles são chamados. As muitas ilhas são mencionadas separadamente porque estão longe (Jr 31:10). Mas eles também podem se alegrar, pois a bênção do reinado do Messias também chega a eles. O SENHOR não é apenas Rei sobre Israel, Ele é o Rei dos reis, Ele governa toda a terra.

O SENHOR, isto é, o Messias, envolve-se em “nuvens e densas trevas” (Sl 97:2). Essas características indicam que o que Ele faz não pode ser seguido por humanos. Como homens mortais poderiam entendê-Lo em Seus inimitáveis atos judiciais? Eles os reconhecerão, sem perceber sua profundidade. Isso não significa que Nele haja trevas. Deus é luz e Nele não há treva alguma (1Jo 1:5; Sl 104:2; 1Tm 6:16). As criaturas não podem compreender essa luz. Para nós humanos, portanto, Ele está rodeado de nuvens escuras.

Ele governa em “retidão e justiça”. Seu governo é perfeito. Não ocorre um erro judicial, muito menos uma torção da lei. “O fundamento do seu trono” consiste precisamente no exercício da justiça absoluta. Seu governo será salutar depois de todos os governos corruptos dos quais o mundo esteve cheio antes de Sua vinda. Seu reino não se baseia na arbitrariedade, como é frequentemente o caso dos governos de hoje, mas na retidão e na justiça. Portanto, Seu reinado dura para sempre (Pv 16:12; Pv 25:5).

Ele não apenas pronuncia julgamentos justos, mas também os executa. Vemos isso no “fogo” que “vai adiante dele” (Sl 97:3). O fogo aqui representa o julgamento consumidor do pecado (cf. Lv 10:1-2). Deus é um fogo consumidor, tanto no Antigo Testamento (Dt 4:24) como no Novo Testamento (Hb 12:29). Sua santidade não tolera o pecado em Sua presença (cf. 1Pe 1:16). Isso é o que “seus adversários” experimentarão quando ele “arder ao redor” (cf. 2Ts 1,7-8; Sl 68,2).

Além da chama ao seu redor que consome tudo o que não se submete à Sua santidade, existem “Seus relâmpagos” (Sl 97:4). Os relâmpagos também causam uma impressão profunda. Eles iluminaram o mundo e revelaram tudo nele. Eles são os libertadores repentinos e inimitáveis dos julgamentos de Deus. “A terra viu e estremeceu”, pois são terríveis e irresistíveis. Tal derramamento de poder que a terra nunca viu.

“Os montes”, símbolos de estabilidade e imobilidade, “derretem-se como cera na presença do Senhor” (Sl 97,5; cf. Mq 1,4). Esse consumo é a Sua aparência. Nada permanecerá quando Ele aparecer e julgar. Este julgamento pertence a Ele porque Ele é “o Senhor de toda a terra”. Ele é Adonai, o Soberano Governante do universo que mostra Sua presença à terra.

Salmos 97:6-7 (Devocional)

Todos os Deuses O adoram

Quando o SENHOR aparece, Ele vem do céu, onde tudo está de acordo com “Sua justiça” (Sl 97:6). Ele mesmo é a declaração do céu. “Todos os povos” na terra verão “Sua glória” quando Ele aparecer. Quando o SENHOR aparecer, Ele virá como “Deus justo e Salvador” [ou “Redentor”, tradução literal] (Is 45:21). Isso significa que a justiça ou retidão de Deus será vista em Seus atos de redenção.

Sua aparição também inclui julgamento sobre aqueles “que servem a imagens esculpidas” e “se gabam de ídolos” (Sl 97:7). Isso os envergonhará. Eles, em sua tolice, se rebaixaram à idolatria e se gabaram de seus ídolos feitos por eles mesmos. Isso os ajudaria, eles pensaram.

Ao fazer isso, eles desafiaram a Deus e O negaram. Quando eles se deparam com o verdadeiro Deus, nada resta de sua confiança sem sentido em seus ídolos (Is 2:20). “Todos os deuses” a quem eles adoraram devem adorar o SENHOR. “Deuses” são todos os tipos de figuras de autoridade, no mundo visível e no mundo invisível (cf. Dan 10:13; Dan 10:20-21). Aqui os anjos são mencionados em primeiro lugar, como é evidente pela citação desta frase na carta aos Hebreus (Hb 1:6).

Salmos 97:8-9 (Devocional)

O mais alto

“Sião ouviu” da expulsão dos rebeldes e idólatras pelo Messias “e se alegrou” (Sl 97:8). O mesmo se aplica às “filhas de Judá”, referindo-se às aldeias e cidades de Judá. Os julgamentos do Senhor trazem alegria a todos os que estão associados a Ele. Eles compartilham de Seus sentimentos sobre o mal e se alegram com o julgamento que Ele executa sobre ele (cf. Ap 18:20). Os julgamentos de Deus significam que o remanescente será liberto de seus inimigos; portanto, eles se alegram (Sl 48:11).

Agora está claro para todos Quem é “o Senhor Altíssimo sobre toda a terra” (Sl 97:9). Não é outro senão o “SENHOR”. O nome “Deus Altíssimo” (Gn 14:18-22), El Elyon, é o título de Deus no reino da paz. Aqui vemos que o Senhor, como o Altíssimo, é exaltado muito acima de todos os deuses.

O remanescente e todos os que O reconhecem em Seu domínio dizem a Ele: “Tu és exaltado muito acima de todos os deuses.” Ele não deve ser comparado a ninguém; Ele excede em muito todos os governantes concebíveis. Ele é “o príncipe dos reis da terra” (Ap 1:5), “o Rei dos reis e o Senhor dos senhores” (1 Tm 6:15; Ap 17:14; Ap 19:16; cf. Dt 10 :17). Ele também é superior aos anjos (Hb 1:5-13).

Salmos 97:10-12 (Devocional)

A luz é semeada

Nesses versículos, a palavra é dirigida ao remanescente. Eles são chamados de “vocês que amam o Senhor” (Sl 97:10). Isso os caracteriza. Amar o SENHOR não é apenas uma coisa emocional, é uma escolha do coração. É uma escolha de, com tudo o que há em uma pessoa, amá-lo, ser fiel a ele e confiar em sua aliança. A isso, “odiar o mal” está diretamente ligado. É mentira dizer amar a Deus e não odiar ao mesmo tempo tudo o que é mau (cf. 1Jo 1,6). Amar o SENHOR significa odiar tudo o que Ele odeia (cf. Pv 8,13).

O profeta Amós também apresentou essas duas características (Am 5:14-15). Aqueles que têm essas duas características são “Seus piedosos”. Eles estão em Seu favor porque são fiéis a Ele. Suas almas, suas vidas, Ele preserva. Os piedosos, hebreu chasid, são aqueles que são fiéis à aliança. “Ele os livra das mãos dos ímpios.” Ele os defende e não permitirá que Seus adversários assumam o controle final sobre eles.

A vinda do Messias é como a semeadura da luz (Sl 97:11). Afinal, Ele é chamado de “o sol da justiça” (Ml 4:2). Ele dá a conhecer aos “justos” o caminho para o reino da paz e vai adiante deles nesse caminho. Nunca escurece nesse caminho e no coração deles. Ele irradia dessa forma com Sua luz. Que a luz seja semeada significa também que se destina a produzir fruto, fruto que corresponde à semente. Isso é visto naqueles que andam como filhos da luz (cf. Pro 4:18; Ef 5:7-9).

A semeadura da luz também resulta em alegria. Não há verdadeira alegria sem luz, assim como não há luz que não produza alegria. Sua vinda significa “alegria para os retos de coração”. Todos os que têm o coração nEle são retos de coração. É seu desejo que Ele seja glorificado. Isso também pode ser visto em suas vidas, pois eles fazem a vontade Dele.

O último versículo é um chamado a todos os “justos” para “regozijar-se no SENHOR” (Sl 97:12). Ele transformou tudo maravilhosamente para melhor para eles com Seu poder. Portanto, são chamados a dar graças e a fazê-lo “ao seu santo nome”, literalmente “pela memória da sua santidade”.

O nome SENHOR é uma lembrança da redenção do Egito (Êxodo 3:15). Podemos celebrar a Ceia do Senhor em memória do Senhor Jesus. O remanescente no futuro louvará ao SENHOR em lembrança de Sua santidade. A oração deles no tempo da grande tribulação é: “Santificado seja o teu nome” (Mateus 6:9). A santidade do Nome do SENHOR está ligada ao destino de Seu povo (Ez 36:20-28). O exílio foi para a desonra da santidade do Senhor, enquanto a redenção de Israel, tanto exterior como interiormente, é para a honra da santidade do Seu Nome!

Não é Seu amor e misericórdia para com eles que os levam a louvá-Lo, mas Sua santidade. É precisamente a Sua santidade que prova o Seu completo reconhecimento do pecado, pelo qual qualquer ameaça de perturbação da paz é anulada. Eles podem desfrutar da bênção de Seu reinado sem serem perturbados com louvor, gratidão e alegria.

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